segunda-feira, 31 de maio de 2010

Uma pessoa emocionalmente superficial...

"Uma pessoa emocionalmente superficial precisa de grandes eventos para ter prazer, uma pessoa profunda encontra prazer nas coisas ocultas, nos fenômenos aparentemente imperceptíveis: no movimento das nuvens, no bailar das borboletas, no abraço de um amigo, no beijo de quem ama, num olhar de cumplicidade, no sorriso solidário de um desconhecido.
Felicidade não é obra do acaso, felicidade é um treinamento."

Augusto Cury

A arte de Fernando Botero

Nascido na Colômbia em 1932, Botero, um dos principais nomes da arte contemporânea, tem sua obra marcada por figuras rotundas e por influências da cultura latina. Ele agrega, ainda, características da pintura europeia. Entre seus trabalhos mais conhecidos está a releitura de Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci.
Este mês, ele está expondo suas obras no museu Pera, em Istambul, na Turquia, a maior exposição de obras de Fernando Botero já vista no país. A mostra fica em cartaz até 18 de julho. A exposição conta com 64 obras, divididas de acordo com seis temas diferentes, como circo, vida e povo latino-americano e versões de mestres da história da arte.










As Portas do Coração



Acho que ninguém passa a vida como uma folha em branco, sem escritos, sem rabiscos. Tudo vai sendo escrito na alma, os momentos vão sendo registrados, misturando o que foi com o que deixou de ser, as grandes expectativas com as grandes decepções.

Cada página virada traz as marcas das que passaram e com o tempo vamos aprendendo a prudência nas relações.

Quando somos jovens é diferente, pois a esperança é tão eterna quanto o amor que toma conta da gente. Mas os anos nos trazem a vivência, a desconfiança e a memória das coisas que nos fizeram mal.

Se na juventude nos jogamos de cara a cada nova oportunidade, mais tarde aprendemos a caminhar lentamente, olhar de longe, tentar reconhecer os riscos e buscar garantias. Essas mesmas garantias que só são assinadas depois, bem depois, caso existam.

A vida não nos abandona e as oportunidades vão surgindo. Mas, com elas as feridas que se reabrem, que revivem e fechamos os olhos a, talvez, belos instantes de felicidade plena e eterna.

Não sabemos! Não podemos saber! As pessoas não são iguais, mas tão parecidas! Não queremos sonhar de novo e cair de novo, chorar de novo e parecer tolos aos olhos dos outros... preferimos fechar as portas do coração e olhar pela fresta, imaginar o que teria sido se tivéssemos, pelo menos, tentado...

Queremos sempre o amor, nunca a dor que dele resulta. Queremos o mel, a alegria e até a saudade que pode incomodar o coração, mas dor... dor não!

Não sabemos, talvez, que seja esse o preço e que a alegria de amar um tempo vale mil vezes a dor cravada na alma.

Amar alguém é elevar-se ao ponto nobre da vida. É tocar o céu e ter a terra aos seus pés. E se mais tarde os ventos contrários nos trazem de volta, valeu a viagem, valeram as lembranças que carregamos e que nos sustentam.

E entre os escritos da vida, prevalecem, no fim, o néctar que soubemos tirar das flores, a poesia que tiramos dos amores, mesmo daqueles que tiveram fim...

Letícia Thompson

A vida é uma viagem experimental...


"A vida é uma viagem experimental, feita involuntariamente. É uma viagem do espírito através da matéria, e como é o espírito que viaja, é nele que se vive. Há, por isso, almas contemplativas que têm vivido mais intensa, mais extensa, mais tumultuariamente do que outras que têm vivido externas. O resultado é tudo. O que se sentiu foi o que se viveu. Recolhe-se tão cansado de um sonho como de um trabalho visível. Nunca se viveu tanto como quando se pensou muito."

O Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa

domingo, 30 de maio de 2010

Instantes


"Se eu pudesse novamente viver a minha vida,
na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito,
relaxaria mais, seria mais tolo do que tenho sido.
Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico. Correria mais riscos,
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui,
tomaria mais sorvetes e menos lentilha,
teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata
e profundamente cada minuto de sua vida;
claro que tive momentos de alegria.
Mas se eu pudesse voltar a viver trataria somente
de ter bons momentos.
Porque se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos;
não percam o agora.
Eu era um daqueles que nunca ia
a parte alguma sem um termômetro,
uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas e,
se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera
e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua,
contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e estou morrendo."

Texto de Nadine Stair - Atribuído a Jorge Luís Borges

Amora: amiga do coração


A amora – assim como ameixa, uva, açaí e jabuticaba, entre outras frutinhas agradáveis ao paladar – vem lotada de pigmentos arroxeados conhecidos como antocianinas.

Para se ter ideia, no ano passado, cientistas da Ohio State Comprehensive Cancer Center, nos Estados Unidos, notaram, por meio de testes em ratos, que as antocianinas inibem o crescimento de células tumorais.
Enquanto os estudos ainda avançam, certo é que não dá para ignorar outro valente antioxidante, a vitamina C, presente em boas quantidades nessa fruta originária da Ásia. O nutriente é capaz de proteger elementos indispensáveis para o corpo, como proteínas, gorduras, carboidratos e ácidos nucleicos (RNA e DNA), de danos provocados pelos temidos radicais.

Coração aliviado
As antocianinas também fazem sua parte contra a oxidação do LDL, molécula que transporta colesterol para todos os órgãos. Com isso, evitam formação de placas nos vasos sanguíneos, quadro que pode desencadear derrame e enfarte.
Além disso, a amora vem carregada de um sal mineral importante para o coração: o potássio. “O nutriente facilita a dilatação dos vasos e, com isso, ajuda a controlar a pressão”, garante Suzy Yamaguchi. De lambuja, pode reduzir os efeitos negativos do sal, como a hipertensão, porque induz a eliminação do sódio pelos rins.
Para completar, o sistema cardiovascular se beneficia da pectina, outra maravilha da amora e de outros frutos roxos. “É uma fibra solúvel que pode reduzir os níveis de colesterol no sangue”, aponta a consultora nutricional Vivian Bausas, da Nutri Empresa Saudável, de São Paulo. Segundo a especialista, a amora preta é a espécie que mais carrega esse tipo de fibra.
A amora é cheia de potássio, mineral importante para a saúde do coração.

Livre de infecções

Prevenção de infecções, especialmente no trato urinário, é mais uma vantagem da santa amora. Além da ação diurética (isto é, diminui a retenção de líquidos no corpo), estudos científicos têm comprovado que o suco da fruta é eficaz na destruição de bactérias como a E. coli, responsável por uma vasta lista de infecções no organismo humano.

Tem mais: a amora já mostra seus poderes contra o vírus do herpes tipo 2 (HSV-2, ou herpes simples), responsável por feridas dolorosas nos lábios e nos órgãos genitais – estima-se que o vírus esteja presente em 90% da população, embora se manifeste em cerca de 10% dos brasileiros. Pelo menos é o que algumas pesquisas têm demonstrado.

Cientistas da Universidade de Kaohsiung, em Taiwan, garantem que a amora alpina, encontrada em solo brasileiro, é capaz de suprimir os sintomas do herpes. “A notícia é bem-vinda, mas ainda faltam estudos conclusivos sobre esse efeito”, ressalta Suzy Yamaguchi.

Esqueleto protegido

Certo é que a amora também é frequentemente apontada como importante fonte de cálcio, nutriente fundamental para a formação da massa óssea – sua falta é a principal causa da osteoporose. E não é à toa. “São cerca de 30 miligramas desse mineral em 100 gramas do fruto”, diz a nutricionista do Hospital Sírio-Libanês. A uva, por exemplo, tem apenas 14 miligramas de cálcio, enquanto a ameixa fica na lanterninha, com apenas 6 miligramas.

Eita, preguiça!

Por falar em fadiga, se está faltando pique para enfrentar o dia a dia, aí vai outro motivo para você apostar na amora: ela fornece aproximadamente 10 gramas de carboidrato por porção. A vitamina C, por sua vez, além de espantar os radicais livres, promove a síntese de carnitina, pequena molécula envolvida no transporte de gordura para a célula, que renova as energias.

Estudos científicos têm comprovado que o suco da fruta é eficaz na destruição de bactérias que causam infecções ao organismo.

Dicas de consumo

Para aproveitar as vantagens nutricionais da amora, o ideal é consumi-la in natura, para preservar suas fibras, vitaminas e minerais.

• Confesse: está pensando em se esbaldar em geleia de amora, certo? Errado. Oitenta por cento das propriedades nutricionais da fruta desaparecem no pote do doce – que ainda vem abarrotado de açúcar.
• Que tal chá de folha de amora? As folhas da fruta, especialmente a miúra (uma variedade da amora branca), vêm lotadas de ácido gálico, amido e cálcio, que fortalecem o sistema imunológico, combatem doenças cardiovasculares, previnem diarreias e disenteria, ajudam a cicatrizar machucados e doenças de pele e aliviam feridas na boca e infecções.
• Memorize: amoras frescas contêm maior quantidade de ácido fenólico (ele aumenta a atividade enzimática, favorecendo a absorção de nutrientes), vitamina C e folato, uma das vitaminas do complexo B que ajuda a mandar o mau humor para bem longe.
• Ideal, dizem os especialistas, é consumir 75 gramas de amora por dia – o equivalente a 15 unidades.

Fonte: Vida Natural

Saudade

"A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.”
Rubem Alves

sábado, 29 de maio de 2010

Inocência e Generosidade

Que lindo este comercial!!! Fiquei sem palavras...

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Mulheres são como maçãs...



''As melhores mulheres pertencem aos homens mais atrevidos...
Mulheres são como maçãs em árvores.
As melhores estão no topo
Os homens não querem alcançar, porque têm medo de cair e se machucar...
Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão,
que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir.
Assim, as maçãs do topo pensam que algo está errado com elas,
quando, na verdade, eles estão errados
Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar...
Aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore."

Machado de Assis

Esclerose Múltipla

Esclerose Múltipla atinge até quatro vezes mais as mulheres

A esclerose múltipla atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo de três a quatro vezes mais mulheres.

1) A esclerose múltipla é uma doença inflamatória, degenerativa e sem cura, que compromete áreas do cérebro, nervo óptico ou medula espinhal. Há o aparecimento de diversos pontos de inflamação, que cicatrizam e ficam com consistência endurecida (esclerose = endurecimento), e perda da mielina (revestimento dos neurônios);

2) Os sintomas são variados, o que torna o diagnóstico difícil. Entre eles estão embaçamento da visão com dor ocular, visão dupla, vertigem (tontura giratória), neuralgia do trigêmeo (sensação de choque no rosto), fraqueza ou adormecimento em um ou mais membros, falta de coordenação nos movimentos, fadiga intensa, incontinência urinária, disfunção erétil, raciocínio lento;

3) Na forma mais comum da patologia (cerca de 85% dos casos), a remitente-recorrente, os sintomas neurológicos surgem e desaparecem em dias ou semanas espontaneamente ou com uso de corticoide. Ao longo do tempo, habitualmente após mais de dez anos, muitos pacientes não apresentam melhora completa após um surto, permanecendo com alguma sequela (forma secundariamente progressiva).

4) A enfermidade primariamente progressiva (10% a 15%) consiste em um déficit neurológico lentamente progressivo desde o início, como dificuldade para vagar, sem que haja surto. A manifestação mais rara é a progressiva com surtos. A pessoa tem uma lenta evolução dos problemas e, eventualmente, uma piora rápida ou um novo sintoma, sem recuperação completa do estado clínico anterior;

5) A esclerose múltipla, especialmente nas formas progressivas, evoluem de maneira que a pessoa possa apresentar dificuldade para andar, precisando de apoios (bengala, muletas ou andador). Uma situação de excesso de contração muscular, denominada espasticidade, também prejudica os atos de sair da cama, levantar-se ou caminhar. Alguns casos persistem com alterações da coordenação ou fraqueza, o que dificulta o dia a dia. Parte dos pacientes não consegue esvaziar adequadamente a bexiga, facilitando as infecções urinárias;

6) A ansiedade e a depressão têm sido cada vez mais observadas, não só como efeitos das lesões cerebrais, mas também secundárias à situação vivenciada pelo doente;

7) Ao que tudo indica, a patologia tem causas multifatoriais. Pessoas geneticamente suscetíveis apresentam um desequilíbrio no sistema imunológico, passando a formar anticorpos contra componentes do sistema nervoso central, especialmente a mielina. Vale ressaltar que tendência genética não significa que a doença seja hereditária. São raros os casos de repetição em uma mesma família. A esclerose múltipla é mais observada em alguns grupos (como descendentes europeus) e menos em outros (afro-descendentes);

8) É possível que fatores ambientais influenciem o seu desencadeamento. Sabe-se que crianças com menor exposição solar até os 15 anos mostram maior tendência de desenvolver a esclerose múltipla. Isso está relacionado à maturação do sistema imunológico por meio das radiações solares benéficas (sol do início da manhã ou final da tarde);

9) Outro possível gatilho que tem sido estudado é o contato com alguns vírus, provavelmente ao Epstein-Barr. Alguns autores levantaram a hipótese de que o excesso de limpeza e pouca exposição a antígenos ambientais (parasitas intestinais, por exemplo) também poderia facilitar o surgimento da enfermidade em quem tivesse propensão genética;

10) O diagnóstico é realizado por um neurologista, que procura descartar outras causas para os sintomas. Tem como auxílio exames, tais como de sangue e ressonância magnética do encéfalo e medula;

11) O tratamento dos surtos é normalmente realizado com corticoide intravenoso durante três a cinco dias, que proporciona uma recuperação mais rápida com retorno às atividades cotidianas. Há medicamentos para reduzir a frequência e a intensidade dos surtos, além de retardar a progressão da doença e aliviar incômodos (como fadiga, depressão, alterações urinárias e sexuais). A terapia com células-tronco ainda é experimental. É possível investir em fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional;

12) Não existe cura, mas o acompanhamento adequado faz com que muitos consigam se manter ativos, sem restrições significativas;

13) Raramente, a esclerose múltipla é fatal. O que os médicos observam é que o paciente pode morrer por complicações secundárias (infecção urinária ou respiratória grave);

14) A esclerose múltipla costuma se manifestar dos 15 aos 60 anos. Alguns estudos demonstram que crianças com o problema costumam ter uma evolução mais intensa, por fatores desconhecidos;

15) Atinge três a quatro vezes mais mulheres que homens. Os motivos ainda não foram determinados.

Fonte: Terra Vida e Saúde

O Caminho

Na cidade de Savatthi, no norte da Índia, Buda mantinha um grande centro onde as pessoas vinham meditar e ouvi-lo discorrer sobre Dharma. Todas as noites, um jovem aparecia para ouvir suas palestras. Durante anos ele apareceu para ouvir as pregações de Buda, mas nunca colocou em prático qualquer dos ensinamentos recebidos.
Até que, certa noite, chegando um pouco mais cedo, encontrou Buda sozinho. Aproximando-se, interpelou-o:

- Senhor, tenho uma pergunta que fica surgindo em minha mente e provocando dúvidas.

- Oh? Não deve haver dúvidas no caminho do Dharma. É preciso esclarecê-las. Qual é sua pergunta?

- Senhor, há muitos anos que venho ao seu centro de meditação, e reparei que há um grande número de reclusos ao seu redor, monges e freiras, e um número ainda maior de leigos, homens e mulheres. Alguns deles vêm aqui há anos e posso ver com clareza que alcançaram o estágio final; é bastante óbvio que se encontram plenamente liberados. Posso ver também que outros experimentaram uma certa mudança em suas vidas. Também eles se liberaram. Mas, senhor, também noto que há um grande número de pessoas, dentre as quais eu me incluo, que permanecem como eram, ou estão talvez até piores. Não mudaram em nada, ou não mudaram para melhor. Por que há de ser assim, senhor? As pessoas vêm procurá-lo, um grande homem, plenamente iluminado, um ser poderoso e compassivo. Por que o senhor não usa o seu poder e a sua compaixão para liberá-las todas?

Buda sorriu e perguntou:

Meu jovem, onde você mora? Qual é sua terra natal?

- Moro aqui em Savatthi, senhor, capital do estado de Kosala.

- Sim, mas seus traços mostram que você não é desta parte do país. De onde veio? Onde nasceu?
- Sou da cidade de Rajagaha, senhor, capital do estado de Magadha. Vim pra cá e me estabeleci em Savatthi há alguns anos.

- E rompeu todas as ligações com Rajagaha?

- Não, senhor, ainda tenho parentes lá. E amigos também. Faço negócios em Rajagaha.

- Então com certeza deve ir e vir de Savatthi para Rajagaha com bastante freqüência?

- Ah, sim. Várias vezes por ano eu visito Rajagaha e retorno a Savatthi.

- Tendo ido e voltado tantas vezes, tendo percorrido tantas vezes o caminho daqui a Rajagaha, você conhece bem o percurso.

- Sim, senhor. Conheço a estrada perfeitamente. Diria que até com os olhos vendados eu poderia achar o caminho para Rajagaha, tantas vezes já o percorri.

- Deve acontecer então que as pessoas lhe procuram para que lhes explique como chegar daqui a Rajagaha. Você esconde alguma coisa delas ou explica-lhes o caminho sem evasivas?

- O que haveria para esconder, senhor? Eu explico o mais claramente possível: comece caminhando para o leste e siga em direção a Benares, continue caminhando até chegar a Gaya e em seguida a Rajagaha. Explico-lhes o caminho de maneira a não deixar dúvidas.

- E essas pessoas a quem você dá explicações tão claras, todas elas chegam a Rajagaha?

- Como poderiam, senhor? Somente aquelas que percorrerem todo o caminho até o fim é que chegarão a Rajagaha.

- É isso que eu quero lhe explicar, meu jovem. As pessoas vêm a mim sabendo que sou alguém que já percorreu o caminho daqui até o Nirvana e sabendo que o conhece bem. Elas vêm a mim e perguntam, "Qual é o caminho para o Nirvana e a liberação?" E o que há para esconder? Eu explico claramente: "Este é o caminho". Se alguém apenas abana a cabeça e diz, "Bem dito, muito bem dito, um excelente caminho, mas não vou dar um passo nele; um caminho excelente, mas não vou me dar ao trabalho de percorrê-lo", como essa pessoa poderá atingir o destino final? Eu não carrego ninguém nos ombros até o destino final. Ninguém pode carregar ninguém nos ombros ao destino final. No máximo, com amor e compaixão, é possível dizer, "Bem, este é o caminho e é assim que eu percorro. Se você também trabalhar, se você também caminhar, certamente atingirá o destino final." Mas cada pessoa deve percorrê-lo por si, deve dar cada um dos passos ao longo do caminho por si. Aquele que deu um passo no caminho está um passo mais próximo do destino. Quem deu cem passos, está cem passos mais próximo. Quem deu todos os passos no caminho atingiu o destino final. Mas cada um tem que percorrer o caminho por si mesmo.

Do livro: Histórias da Alma, Histórias do Coração de Christina Feldman e Jack Kornfield

Sossega, coração!



Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!

Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.

Fernando Pessoa

O gênio Leonardo da Vinci













Leonardo da Vinci (1452 - 1519) foi um polímata italiano, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. É ainda conhecido como o precursor da aviação e da balística. É considerado um dos maiores pintores de todos os tempos, e como possivelmente a pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivido. Segundo a historiadora de arte Helen Gardner: - "a profundidade e o alcance de seus interesses não tiveram precedentes e sua mente e personalidade parecem sobre-humanos para nós, e o homem em si nos parece misterioso e distante."
Nascido como filho ilegítimo de um tabelião, Piero da Vinci, e de uma camponesa, Caterina, em Vinci, na região da Florença, Leonardo foi educado no ateliê do renomado pintor florentino, Verrocchio. Passou a maior parte do início de sua vida profissional a serviço de Ludovico Sforza, em Milão; trabalhou posteriormente em Roma, Bolonha e Veneza, e passou seus últimos dias na França, numa casa que lhe foi presenteada pelo rei Francisco I.
Leonardo era, em seu tempo, como até hoje, conhecido principalmente como pintor. Duas de suas obras, a Mona Lisa e A Última Ceia, estão entre as pinturas mais famosas, mais reproduzidas e mais parodiadas de todos os tempos, e sua fama se compara apenas à Criação de Adão, de Michelangelo. Leonardo é reverenciado por sua engenhosidade tecnológica; concebeu ideias muito à frente de seu tempo, como um helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas embarcações, e uma teoria rudimentar das placas tectônicas. Como cientista, foi responsável por grande avanço do conhecimento nos campos da anatomia, da engenharia civil, da óptica e da hidrodinâmica.
A doutora Lillian Schwartz, dos laboratórios Bell, formulou a teoria de que a Mona Lisa teria sido um auto retrato de Leonardo, e conseguiu apoiar sua tese através da digitalização dos dois retratos e superposição das imagens, mostrando claramente que os traços faciais da Mona Lisa se encaixam nos de Leonardo da Vinci.

Frases de Leonardo da Vinci:
- "A sabedoria é filha da experiência."
- "Quem pouco pensa, muito erra."
- "A simplicidade é a máxima sofisticação".
- "O tempo dura muito para aqueles que sabem aproveitá-lo."

Ele faleceu na França no ano de 1519.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Todos nós estamos matriculados...

"Todos estamos matriculados
na escola da vida,
onde o mestre é o tempo."

Cora Coralina

Eu sou o palhaço!


Deixo aqui, um texto do Prof. Sílvio Camerino P. Barreto para reflexão. Um texto antigo, mas que explica muito bem a situação atual do Brasil.

"Conta certa história que numa determinada cidade apareceu um circo. Entre os seus artistas havia um palhaço, com um poder de divertir, sem medida, as pessoas da plateia.
O riso que provocava era tão bom, tão profundo e natural que se tornava terapêutico. Todos os que padeciam de tristezas agudas ou crônicas passaram a ser indicados pelo médico do lugar para que assistissem ao tal artista, que ele mesmo tinha visto atuar e que possuía o dom de fazer reduzir ou até mesmo eliminar angústias.

Um dia, porém, um morador desconhecido, tomado de profunda depressão, procurou o médico. Este então, sem relutar, indicou o circo como o lugar de cura de todos os males daquela natureza, de abrandamento de dores da alma, de iluminação de todos os cantos escuros de um "jeito perdido" de ser, de tristezas com ou sem causa.
O homem nada disse, levantou-se, caminhou em direção à porta e quando já estava saindo, virou-se, olhou o médico nos olhos e sentenciou:
"Não posso procurar o circo... aí está o meu problema: eu sou o palhaço!".
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Como professor vejo que, muitas vezes, sou esse palhaço, alguém que trabalhou para construir os outros e não vê resultado muito claro daquilo que fez e faz.
Tenho a impressão que ensino no vazio (e sei que não estou só nesse sentimento), porque depois de formados, meus ex-alunos parecem se acostumar rapidamente com aquele mundo de iniquidades que combatíamos. Parece que quando meus meninos(as) caem no mercado de trabalho, a única coisa que importa é quanto cada um vai lucrar, não importando quem vai pagar essa conta e nem se alguém vai ser lesado nesse processo. Aprenderam rindo, mas não querem passar o riso à frente e nem se comovem com o choro alheio.

Digo isso, até em tom de desabafo, porque vejo que cada dia mais meus alunos se gabam de desonestidades. Os que passam os outros para trás são heróis e os que protestam são otários, idiotas ou excluídos. É uma total inversão de virtudes, de conceitos...
Vejo, encabulado, que alguns "professores" partilham daquela mesmas ideias "modernas", defendem-nas em sala de aula e na sala de professores e chegam até a se vangloriar disso.
Essa ideia vem me assustando cada vez mais, desde que repreendi, numa conversa com alunos, o comportamento do cantor Zeca Pagodinho, no episódio da guerra das cervejas, e quase todos disseram que o cantor estava certo, tontos foram os que confiaram nele!
"O importante, professor, é que o cara embolsou milhões", disse-me um; outro: "daqui a pouco ninguém lembra mais... no Brasil é assim, e ele vai continuar sendo o Pagodinho, só que um pouco mais rico".
Todos se entreolharam e riram; só eu, bobo que sou, fiquei sem graça. O pior é que a gente se dá conta que no Brasil é assim mesmo, o que vale é a lei de Gérson: "o importante é levar vantagem em tudo".
(Lei de Gérson... dá para rir...)

A pergunta é: É possível, pela lógica, que todo mundo ganhe?
Para alguém ganhar é óbvio que alguém tem de perder?

A "lógica" que rola solta por aí - ao que tudo está a indicar - é guardar o troco a mais recebido no caixa do supermercado; é enrolar a aula fingindo que a matéria está sendo dada; é fingir que a apostila está aberta na matéria dada, mas usá-la como apoio enquanto se joga batalha naval, jogo da velha ou alguma outra coisa; é cortar a fila do cinema ou da entrada do show; é dizer que leu o livro, quando se ficou só no resumo (feito por outrem, geralmente "professor" - melhor chamado hoje de "facilitador") ou na conversa com quem leu; é marcar só o gabarito, copiado do vizinho, na prova em branco, alegando que "fez as contas de cabeça" ou que "tava na ponta da língua"; é comprar na feira uma dúzia de quinze laranjas; é bater num carro parado e sair rápido, antes que alguém perceba; é brigar para baixar o preço mínimo das refeições nos restaurantes universitários, para sobrar mais dinheiro para a cerveja da tarde ou a balada da noite; é arrancar as páginas ou escrever nos livros das bibliotecas públicas; é arrancar placas de trânsito e colocá-las de enfeite no quarto; é trocar o voto por facilidades, empregos ou algo que se traduza em "algum"; é fraudar propaganda política mostrando ser ou ter realizado aquilo que nunca se foi ou que jamais se fez (assim como tantas duplas sertanejas, está, Lula e Duda incluída).

É a lógica da perpetuação da burrice. Quando um país perde, todo mundo perde. E não adianta pensar que logo bateremos no fundo do poço, porque o poço não tem fundo.
Parafraseando Schopenhauer: "Não há nada tão desgraçado na vida da gente que ainda não possa ficar pior".

Se os desonestos brasileiros voassem, nós nunca veríamos o sol. Felizmente há os descontentes, os lutadores, os sonhadores, os que querem manter o sol aceso, brilhando e no alto. A luz é e sempre foi a metáfora da inteligência. No entanto, de nada adianta o conhecimento sem o caráter. Que nas escolas seja tão importante ensinar Literatura, Matemática, História, Biologia e Educação Física quanto decência, senso de coletividade, coleguismo e respeito por si e pelos outros. Acho que o mundo (e, sobretudo, o Brasil) hoje está a precisar mais de gente e de gente honesta do que de literatos, historiadores ou matemáticos.

Ou o Brasil encontra e defende essas dignidades e abomina Zecas, Gérsons, Dirceus, Dudas (e todos os marqueteiros de eterno plantão para se darem bem), esses que chamam desonestidades flagrantes de "espertezas técnicas", ou o Brasil passa de "país do futebol mas de futuro" para "país do futefuro". Zipado e compacto. De um Presidente da República espera-se mais do que choro e condecoração a garis honestos, espera-se honestidade em forma de trabalho e transparência. De professores, espera-se mais que discurso de bons modos, espera-se que mereçam o salário que ganham (pouco ou muito) agindo como quem é honesto. Sobretudo agindo como educadores, vendo no próximo, no jovem à sua frente, alguém como um filho seu que tivesse nascido em outro lar.
A honestidade não precisa de propaganda, nem de homenagens, precisa de exemplos. Quem plantar joio, jamais colherá trigo.

Quando reflexões assim são feitas, cada um de nós se sente o palhaço perdido no palco das ilusões. A gente se sente vendendo o que não pode viver, não porque não mereça, mas porque não há ambiente para isso. Quando seria de se esperar uma vaia coletiva pelo tombo, pelo golpe dado na decência, na coerência, na credibilidade, no senso de respeito, vemos a população em coro delirante gritando "bis" e, como todos sabemos, um bis não se despreza.
Então, uma pirueta, duas piruetas, bravo! bravo!
E vamos todos rindo e afinando o coro do "se eu livrar a minha cara, o resto que se dane”.

Enquanto isso o Brasil de irmã Dulce, de Manuel Bandeira, do Betinho, de Clarice Lispector, de Chiquinha Gonzaga e de muitos outros heróis e heroínas, anônimos que diminuíram a dor desse país com a sua obra, levanta-se, caminha em silêncio até a porta, vira-se e diz: "Esse é o problema... eu sou o palhaço".

Prof. Sílvio Camerino P. Barreto
(Solar Camerino - Recife/Pernambuco)

As Nove Respostas de Um Sábio


Tales de Mileto nasceu em Tebas, no ano 625 a.C. e morreu em Atenas em 547 a.C., aos 78 anos. Foi um filósofo grego, fundador da Escola Jônica, considerado como um dos 7 sábios da Grécia Antiga.
Matemático, astrônomo e um grande pensador, Tales de Mileto viajou ao Egito, onde realizou estudos e entrou em contato com os mistérios da religião egípcia.
É atribuída a ele, a previsão de um eclipse do Sol, no ano de 585 a.C.
Também realizou uma façanha incrível, seu talento matemático era tão pouco comum que conseguiu estabelecer com precisão a altura das pirâmides, apenas medindo a sombra que projetavam.
Alguém disse que foi o primeiro a dar uma explicação lógica, para a ocorrência dos eclipses. Destacou-se principalmente por seus trabalhos em filosofia e matemática. Nesta última ciência, lhe atribuem as primeiras demonstrações de teoremas geométricos, mediante o raciocínio lógico, e foi por estes trabalhos que o consideram o pai da Geometria.
Foi o primeiro a sustentar que a Lua brilhava pelo reflexo do Sol, e por conseguinte determinou o número exato de dias, que contém um ano.
Para provar que seu conhecimento teria utilidade prática, afirmou que em um determinado ano, a colheita de azeitonas seria excepcional.
Então, ele arrendou a maioria das refinarias de azeite de Mileto. Com esta manobra ganhou um bom dinheiro, somente com o propósito de fazer calar os que diziam que a filosofia era um capricho dos ociosos.

As nove respostas de um Sábio
Um sofista se aproximou de Tales de Mileto e tentou confundi-lo com as perguntas mais difíceis. Mas o sábio de Mileto estava à altura da prova, porque respondeu a todas as perguntas sem a menor vacilação, e com a maior exatidão.

1. O que é mais antigo?
– DEUS, porque sempre existiu.

2. O que é mais belo?
– O UNIVERSO, porque é a obra de Deus.

3. Qual é a maior de todas as coisas?
– O ESPAÇO, porque contém tudo do Criador.

4. O que é mais constante?
– A ESPERANÇA, porque permanece no homem, mesmo depois de ter perdido tudo.

5. Qual é a melhor de todas as coisas?
– A VIRTUDE, porque sem ela não existiria nada de bom.

6. Qual é a coisa mais rápida de todas?
– O PENSAMENTO, porque em menos de um minuto, nos permite voar até o final do Universo.

7. Qual é a mais forte de todas as coisas?
– A NECESSIDADE, porque é com ela que o homem enfrenta todos os perigos da vida.

8. O que é o mais fácil de todas as coisas?
– Dar CONSELHOS.

Mas quando chegou a nona pergunta, nosso sábio falou um paradoxo. Deu uma resposta, quiçá não entendida por seu mundano interlocutor.

A pergunta foi esta:

9. O que é o mais difícil?
E o Sábio de Mileto replicou:
“Conhecer-se a si mesmo.”
Dilma sabe que precisa criar um Ministério. Só não lembra qual. Confira:

O amor não acaba, nós é que mudamos...

Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro.
Que fim levou aquele sentimento?
O amor realmente acaba?
O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são subtituídos por outros no decorrer da vida.

As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades.
O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos.

O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.
Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda.
Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas.
O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos.

O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção.
Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.
O amor não acaba.. O amor apenas sai do centro das nossas atenções.
O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar.

Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice.
Paixão termina, amor não.
Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.

Martha Medeiros

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Assuma sua responsabilidade

“As pessoas que fazem amizades facilmente não passam o tempo culpando outras pessoas.
Se eu te convido para jantar fora e passo a noite culpando minha família, meu chefe, a vizinhança – e você – por meu estilo de vida depressivo, você não vai ficar lá muito ansioso pelo próximo convite, vai?
Portanto este é um importante motivo para você evitar viver culpando o mundo: seus amigos se cansam de você! Outro motivo para você assumir a responsabilidade pela própria vida é igualmente importante: nossa vida nunca funciona enquanto continuamos a culpar os outros.
Todas as vezes que você culpa outra pessoa, não aprende nada e as coisas não mudam.
Quantas vezes você não disse ou ouviu frases do tipo: “não é minha culpa!”, “não consigo evitar isso!”, “a culpa é da professora!”, “ninguém me entende!”, “a culpa é do governo que deveria fazer alguma coisa!”, “ninguém liga pra mim!”, e por aí afora.
Isso é conversa de perdedor. A ideia central por trás de tudo isso é: “não tenho culpa por essa situação, portanto não vou corrigi-la”. Infelizmente, porém, enquanto culpamos os outros, o problema nunca se resolve e os “problemáticos” permanecem frustrados e infelizes.
Se você não consertar sua vida, quem o fará? A escolha é exclusivamente sua.
Ninguém pode fazê-lo infeliz sem que você permita isso.
Não importa o que alguém diz ou faz, porque é você quem escolhe como vai reagir. Não culpar os outros também significa assumir a responsabilidade por suas ações. Se você for sincero consigo mesmo, vai escolher onde estar, o que dizer, como reagir. Vai escolher tudo em sua vida: suas companhias, seu emprego, seu par, seus pensamentos.
E quanto mais cedo você admitir que a escolha é sua – que só depende de você – mais cedo vai começar a viver plenamente”.

Andrew Mathews, do livro “Faça Amigos"

Ser da Nova Era

Às vezes, há quem pense que as pessoas da Nova Era são os jovens ou as crianças do mundo, porque supõem que cada nova era produz a sua própria colheita. Mas não é assim. No passado, tivemos pessoas que estavam 3.000 anos à nossa frente em seu modo de pensar. Ser nova era não tem nada a ver com a idade de uma pessoa, mas com as expectativas e a realização. Não é a idade do corpo que significa, mas a consciência.

Se sua consciência age em Harmonia com o Plano; se a sua vida como um todo reflete a sua consciência; se você pensa e age em termos de uma só humanidade, de um só mundo; se sente que não pertence a si mesmo, mas à humanidade; se está desenvolvendo e aperfeiçoando seus poderes intelectuais e também suas qualidades do coração, seu amor e compaixão pela vida como um todo; se está tentando transfigurar sua personalidade através do correto viver, sentir, pensar e intuir; se está economizando o seu tempo, energia e recursos para oferecê-los ao bem estar da humanidade; se está dissolvendo o medo, o ódio, a inveja e o ciúme através de sua própria vida e de seus pensamentos; se está construindo pontes entre uma pessoa e outra, entre uma nação e outrae desejando o bem supremo para a humanidade; se está expandindo o seu horizonte para o Cosmos e aprofundando sua humildade à luz do Cosmos; se é agradecido pela existência como um todo; se é capaz de compreender as flores, as árvores, os pássaros, os animais e os seres humanos em seu amor...
Então você é uma pessoa da Nova Era, uma criança da Nova Era, e está no caminho para o Cosmos. Você é uma tocha ardente, conduzindo a humanidade da escuridão para a Luz, do irreal para o Real, da morte para a Imortalidade, do caos à Beleza. Há uma chamada, uma chamada para mais Luz, mais Amor, mais Beleza. Os que ouvem essa chamada e a ela respondem, entram num caminho de esforço, um caminho de Serviço, um caminho de Alegria."

H. Saraydarian

O Semeador de Estrelas

O Semeador de Estrelas é uma estátua que está em Kaunas, Lituânia.
Se você a olhar assim, durante o dia, não tem nada de especial, é somente uma estátua a mais na zona urbana...
Durante o dia pode até passar despercebida, como mostra a foto.


Mas quando anoitece, a estátua justifica seu título.
Com a escuridão, seu nome passa a fazer sentido.

Fantástico!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Canção do Dia de Sempre...


Tão bom viver dia a dia…
A vida assim, jamais cansa…
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu…
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência… esperança…
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas…

Mario Quintana

Porque a vida só é possível...


“Porque
a vida só é possível
reinventada.”

Cecília Meireles
"Na minha memória, tão congestionada
e no meu coração tão cheio
de marcas e poços você ocupa
um dos lugares mais bonitos".

Caio Fernando Abreu

Descubra seu próprio jardim...


Enfeite-se com margaridas e ternuras,
e escove a alma com flores,
com leves fricções de esperança.
De alma escovada e coração acelerado,
saia do quintal de si mesmo
e descubra o seu próprio jardim...

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O Valor das Pequenas Coisas

Em cada indelicadeza, assassino um pouco aqueles que me amam.
Em cada desatenção, não sou nem educado, nem cristão.
Em cada olhar de desprezo, alguém termina magoado.
Em cada gesto de impaciência, dou uma bofetada invisível nos que convivem comigo.
Em cada perdão que eu negue, vai um pedaço do meu egoísmo.
Em cada ressentimento, revelo meu amor-próprio ferido.
Em cada palavra áspera que digo, perdi alguns pontos no céu.
Em cada omissão que pratico, rasgo uma folha do evangelho.
Em cada esmola que eu nego, um pobre se afasta mais triste.
Em cada oração que não faço, eu peco.
Em cada juízo maldoso, meu lado mesquinho se aflora.
Em cada fofoca que faço, eu peco contra o silêncio.
Em cada pranto que enxugo, eu torno alguém mais feliz.
Em cada ato de fé, eu canto um hino à vida.
Em cada sorriso que espalho, eu planto alguma esperança.
Em cada espinho, que finco, machuco algum coração.
Em cada espinho que arranco, alguém beijará minha mão.
Em cada rosa que oferto, os anjos dizem: Amém!

Roque Scheneider

Dependência do telefone celular...



Dependência do telefone celular pode causar distúrbio
Nova fobia que já atinge 20% da população é mais comum em jovens

Sensações de ansiedade, desamparo, angústia, impotência e até sintomas físicos de pânico, como taquicardia e sudorese. Essas manifestações tão típicas de uma síndrome deflagrada por um hábito extremamente recente: o uso do celular e outros equipamentos tecnológicos que permitem a comunicação. Os sintomas aparecem quando a pessoa não está com os aparelhos ou, por algum outro motivo, está impossibilitada de se comunicar por meio deles. O fenômeno tem sido denominado pelos especialistas de nomofobia, que significa no mobile – ou medo de estar sem “mobilidade”. “Muita gente não consegue se desprender da tecnologia deixa os aparelhos ligados 24 horas por dia, inclusive enquanto dorme”, diz o psicólogo Cristiano Nabuco, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Ele ressalta que a nomofobia diz respeito também a outros equipamentos tecnológicos que deixam as pessoas conectadas, como computadores e notebooks.

Só no Brasil existem hoje mais de 250 milhões de aparelhos de telefonia móvel vendidos. “Esse número é impressionante, principalmente porque é maior que a população. Isso mostra como as pessoas estão cada vez mais dependentes e passaram a usar mais de um telefone”, afirma o psicólogo acrescentando que antigamente as janelas das casas eram grandes, pois era uma forma de se comunicar com o mundo. “Hoje as janelas estão cada vez menores e as TVs maiores, é um novo jeito de se conectar com o mundo”. Obviamente o problema não está no celular (ou nas outras tecnologias), mas na relação de dependência que se estabelece com os objetos, em razão de questões internas não resolvidas.

Segundo Nabuco, os mais suscetíveis a essa manifestação são os jovens. Ele ressalta que existem hábitos que podem alertar para a propensão ao problema, em especial em relação ao telefone móvel, que é de uso mais comum: abandonar tudo o que faz para atender o chamado; nunca deixar o aparelho sem bateria; não carregar o celular na bolsa, bolso ou similares (prefere levá-lo na mão para que possa atender imediatamente); se esquecer o aparelho em casa voltar de onde está para pegá-lo; sentir-se angustiado quando acaba a bateria, quando perde o aparelho ou pensa que perdeu.

Fonte: Mente&Cérebro

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…

Esconderijos do tempo, de Mario Quintana

domingo, 23 de maio de 2010

Professor criativo

Olhem o que um professor é capaz de fazer. O fato narrado abaixo é real e aconteceu em um curso de Engenharia da USJT (Univ. São Judas Tadeu), tornando-se logo uma das "lendas" da faculdade...

Na véspera de uma prova, 4 alunos resolveram chutar o balde: iriam viajar. Faltaram a prova e então resolveram dar um "jeitinho".

Voltaram à USJT na terça, sendo que a prova havia ocorrido na segunda. Então dirigiram-se ao professor:

- Professor, fomos viajar, o pneu furou, não conseguimos consertá-lo, tivemos mil problemas, e por conta disso tudo, nos atrasamos, mas gostaríamos de fazer a prova.

O professor, sempre compreensivo:

- Claro, vocês podem fazer a prova hoje a tarde, após o almoço.

- E assim foi feito. Os rapazes correram para casa e estudaram, na medida do possível. Na hora da prova, o professor colocou cada aluno em uma sala diferente e entregou a prova:

Primeira pergunta, valendo 1 ponto: algo sobre a Lei de Ohm.

Os quatro ficaram contentes pois haviam visto algo sobre o assunto. Pensaram que a prova seria muito fácil e que haviam conseguido se "dar bem".

Segunda pergunta, valendo 9 pontos: "Qual o pneu que furou?"

Os ventos...

Os ventos que às vezes tiram
algo que amamos, são os
mesmos que trazem algo que
aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar
pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi
dado. Pois tudo aquilo que é
realmente nosso, nunca se vai
para sempre...

Bob Marley

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Os dias são feitos...

De que são feitos os dias?
 De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças... 

Cecília Meireles

Crianças Consumistas: Cuidado!

Uma excelente reportagem para os pais...
Seus filhos querem comprar tudo o veem?
O problema com crianças que querem comprar tudo vai além das barreiras financeiras. Muitas vezes a garotada se torna consumistas por culpa dos pais. Nesse caso, o melhor a fazer é entender onde está o erro e corrigi-lo, antes que os intermináveis desejos se transformem em frustração.

As crianças vivem em uma sociedade consumista que as incentiva o tempo todo a comprar. São brinquedos, roupas de marca, guloseimas, acessórios escolares, viagens...Enfim, uma infinidade de produtos colocados diante da garotada diariamente pela televisão, outdoors e, até mesmo pelos colegas de escola.

Cada família tem seus valores. Se a criança vê os pais comprando sem parar, ela acaba ficando da mesma forma. Já se o incentivo ao consumo vem de outros lugares, o papel da família é frear. Os pais podem reforçar ou não a atitude consumista da criança. Se esse comportamento não mudar, a criança pode se tornar um adulto que não sabe receber um “não”.

A mesada pode ajudar no controle

Alguns pais encontram na mesada a saída para lidar com o problema. A criança que recebe dinheiro tem de administrá-lo, mas esta saída só funciona se ela conseguir dar valor ao que ganha da família. Se ela comprar tudo o que vê pela frente não adianta, pois o dinheiro acaba e a tendência é pedir mais.

Os pais devem dar à criança a noção de realidade e de necessidade.Ela deve compreender os limites financeiros da família e se ela realmente precisa daquilo que está pedindo. Tem criança que mesmo com 10 lápis quer mais um porque é diferente, ou porque a colega de escola possui, isso é um absurdo! Os pais têm que impor limites nessas horas.

Utilizar valores de troca com os filhos também não adianta. Prometer brinquedos ou prêmios em troca de a criança fazer alguma coisa é errado. Os pais não têm que negociar valores para conseguir que os filhos façam suas tarefas, eles estão educando a criança na base da chantagem, o que é errado.

Crianças consumistas podem virar adultos sem limites

Quando a família estimula ou ignora o consumismo dos filhos,eles podem se tornar adultos que não conseguem ser contrariados. Isso pode gerar um grande problema, porque quando a criança cresce, a escala de desejos aumenta. Ela se transforma em um adolescente que acha que pode tudo, completamente sem limites. Às vezes até fica agressivo.

Essa frustração e agressividade muitas vezes vão parar no consultório do psicólogo porque foge ao controle dos pais. É necessária uma avaliação para saber as razões do problema e para os jovens aprenderem a lidar com a perda. O consumo excessivo também pode ser uma maneira de chamar a atenção dos pais para outro problema não identificado.

Para evitar futuros transtornos, o pai não deve ceder o tempo todo. Não faz nenhum mal à criança ficar sem o que deseja. Ela precisa saber perder, ter noção de limites e ter consciência do que ela realmente necessita.

Dicas fundamentais para saber como agir:

- Não leve todo dia para casa um presente para seu filho. Ele vai achar que é uma obrigação sua e certamente não vai dar valor ao que ganha.

- Converse com a criança sobre a sua situação financeira. Ela precisa saber dos limites de sua família. Noções de realidade e necessidade são básicas.

- Caso queira dar o que ela pede, mas não tenha dinheiro na hora, não se endivide. Converse com ela e diga que assim que tiver condições de comprar, ela vai ter o que quer. A criança também tem que saber esperar.

- Explique a seu filho que ele não tem que ter por “ter”. Se ele precisar de algo necessário vai receber, mas não apenas por competição com o colega da escola.

- Não estimule seu filho a ter tudo que os amigos têm. Mostre a ele que cada um é de uma maneira e que mesmo assim todos têm seu valor.

- Evite acompanhar todos os modismos com ele. As crianças vão sendo influenciadas por desenhos e programas na tevê e pelo excesso de propaganda que a toda hora estimula ao consumo.

- Por isso mesmo, evite que seu filho passe o dia todo diante da tevê. Proponha a ele outras atividades como brincar com os amigos, ler livrinhos, desenhar, jogar e outras coisas que o tirem da mira do consumo.

Fonte:IgEduca

A dor vai passar...

Sofremos muitas perdas importantes ao longo do caminho, mas podemos extrair aprendizado desses momentos e deixar que a dor, como tudo na vida, venha e vá.

De vez em quando, a vida parece que saiu dos trilhos: um grande amor vai embora, uma pessoa querida morre, um amigo o trai, um filho se muda para outro país, o emprego de anos é perdido inesperadamente. Nesses momentos, fica difícil perceber qualquer coisa além da raiva e da dor e, por mais que muita gente lhe diga que a situação é passageira, a sensação é de que, dessa vez, vai durar para sempre. Acredite: tudo passa e tudo sempre passará, como diz a música Uma Onda, inspirada composição da dupla Lulu Santos e Nelson Motta.

Mas atenção: infelizmente milagres não existem e para sair do buraco você também precisa dar uma força. Afinal, em momentos difíceis, o que mais se ouve é que só o tempo e a paciência são capazes de curar tudo. Antes fosse! Engana- se quem espera que eles, sozinhos, façam alguma espécie de mágica e levem a dor para longe. Basta ver que, muitas vezes, os meses e os anos passam, mas o sofrimento não.

Como encarar a questão não é caminho dos mais fáceis. Algumas pessoas tendem a criar subterfúgios emocionais que dificultam o retorno da vida aos trilhos. Há aquelas tão racionais que só são capazes de entender os fatos por um prisma meramente intelectual e se tornam teóricas da própria dor. Outras se mantêm em uma situação de sofrimento perene, reclamam de todos ao redor, da vida ou do universo e exigem cuidados e atenção constantes. “Algumas pessoas permanecem apegadas a um luto patológico, à melancolia e jogam a responsabilidade sobre o outro”, explica a psicanalista Sylvia Loeb, do Instituto Sedes Sapientiae, de São Paulo. “Elas ficam no papel de vítima a vida inteira para não precisarem sair do lugar, para não assumirem sua responsabilidade na briga, na separação, na perda do emprego, ou seja, diante de sua própria vida.”

Seja como for que você reage à situação, uma coisa é certa: ficar parada na estação é que não pode. É preciso agir sem demora. Uma alternativa para elaborar tantas emoções é falar, simples assim. Nessas horas, terapia pode ajudar muito. Se ao partilhar o problema com um amigo já ficamos aliviadas, imagine com um profissional, capaz de decifrar as entrelinhas do que dizemos. “Se o sentimento não for entendido, digerido e elaborado, pode sobrar tristeza, rancor e até doenças, que às vezes levam à depressão”, explica Sylvia. “Quando se vive um assunto de verdade e se processa aquilo, não é mais preciso falar, porque já passou.”

Foi justamente se expressando que a publicitária paulista Cristiana Guerra, que já fazia terapia havia cinco anos, encontrou forças para continuar a viver e a cuidar de seu bebê. Nesses grandes descarrilamentos da vida, ela ficou viúva no sétimo mês de gestação. Envolvida em uma mistura de sentimentos, Cristiana enfrentou o que chamou de “o pior e o melhor ano”, e precisou lidar com o conflito interno de perder e ganhar ao mesmo tempo. Algumas vezes, se sentiu injustiçada por querer morrer e não ter esse direito, já que ainda carregava seu filho na barriga. Para aliviar a pressão da dor, começou a escrever o blog Para Francisco, em que resolveu transformar todas as suas lembranças sobre o namorado em poemas que o tempo e a memória não poderiam apagar. “Como escrevia para o meu filho, procurava mostrar o lado positivo da vida para que eu também acreditasse que havia um”, conta. Na mesma época, Cristiana percebeu o quanto era amada pelos amigos e aprendeu a dizer “preciso de você”.

“Se o sentimento não for entendido, digerido e elaborado, pode sobrar tristeza, rancor e até doenças, que às vezes levam à depressão.”
Sylvia Loeb, psicanalista

Deixe doer
Além de procurar um ombro amigo, também é essencial aceitar a dor como um componente do processo e não brigar com ela. “Quanto mais ela é combatida, mais dolorosa fica e mais demora a passar”, ensina o psicoterapeuta Fábio Oliveira, de Belo Horizonte. Para ele, o importante é entendermos que todas as situações que aparecem em nossa vida nos trazem um aprendizado e só nos resta procurar perceber o que aquele momento quer nos ensinar sobre nós mesmos.

Ao que acrescenta a monja Cohen, fundadora da comunidade Zen Budista, de São Paulo: “Na dor, seja a dor”, recomenda. Segundo ela, esse sentimento é importante para nos mostrar onde está o problema e nos estimular a perseguir o caminho da cura. “Cada obstáculo, dificuldade ou perda é uma porta, uma entrada, uma possibilidade de mudança, um novo encontro.”

Para a publicitária Marina Durante, nascida em Curitiba, foi exatamente o que aconteceu. Ela se casou com o primeiro namorado, deixou família, emprego e a casa que estava construindo na capital paranaense para acompanhá-lo na mudança para São Paulo. Depois de dois anos de união, meses em crise e diversas ameaças de separação, Marina se deu conta de que ele não a incluía mais em sua vida e estava tendo um caso com outra mulher. Quando Marina resolveu internamente que seu casamento tinha, de fato, acabado e se disponibilizou a experimentar o momento presente, mesmo ainda tendo raiva do ex-marido e medo de se envolver de novo, conheceu Rafael. Em pouco tempo os dois começaram a namorar e ele, que era do Rio de Janeiro, se mudou para São Paulo para ficar mais perto dela. Em seis meses foram morar juntos e, em janeiro deste ano, comemoraram o teste de gravidez positivo.

Cristiana Guerra também colheu frutos positivos de sua história. Em novembro do ano passado, lançou o livro Para Francisco (editora Arx). Nele, reúne os posts do blog e alguns textos inéditos e quer que mais pessoas conheçam sua história e se deliciem com ela. Ao mesmo tempo, a publicitária entende o lançamento como o fechamento de um ciclo. “Não vou ficar falando sobre esse assunto para sempre, agora vou falar de outras coisas.” Com sua atitude, ela seguiu outra regra importante da monja Cohen: tem uma hora que é preciso desapegar da dor, deixar que ela vá embora e voltar a sorrir para a vida.

Amadurecer
A boa notícia é que, à medida que acumulamos experiências, é possível que fique mais fácil lidar com as inevitáveis perdas. Mais do que maturidade, o psicoterapeuta Fábio Oliveira chama isso de “maturescência”, pois enquanto vivermos estaremos numa longa jornada de amadurecimento e transformação, que consiste em aceitar que tudo, absolutamente tudo, tem início, meio e fim. Marina sabe que seu novo casamento pode não durar para sempre, mas diz que, se já superou uma separação antes, não será isso que irá derrubá-la. No momento, ela não está preocupada com esse assunto e, enquanto espera seu bebê, aproveita para dar valor a cada detalhe de um relacionamento, o que antes lhe passava despercebido. O hoje é o importante. Viva os bons momentos, porque eles também vão passar.

Fonte: Bons Fluídos