sexta-feira, 27 de maio de 2011

Basta um minuto...


Um minuto serve para você sorrir:
Sorrir para o outro, para você e para a vida.
Um minuto serve para você ver o caminho,
olhar a flor, sentir o cheiro da flor,
sentir a grama molhada,
notar a transparência da água.

Basta um minuto para você avaliar a imensidão
do infinito, mesmo sem poder entendê-lo.
Em um minuto apenas você ouve o som
dos pássaros que não voltam mais.
Um minuto serve para você ouvir o silêncio,
ou começar uma canção.
É num minuto que você dará o sim
que modificará sua vida...e basta.

Basta um minuto para você apertar a mão
de alguém e conquistar um novo amigo.
Em um minuto você pode sentir
a responsabilidade pesar em seus ombros:
a tristeza da derrota,
a amargura da incerteza,
o gelo da solidão,
a ansiedade da espera,
a marca da decepção
e a alegria da vitória...

Quanta vitória se decide num simples momento,
num simples minuto!
Num minuto você pode amar,
buscar, compartilhar, perdoar,
esperar, crer, vencer e ser...
Num simples minuto você pode salvar a sua vida...
Num pequeno minuto você pode incentivar
alguém ou desanimá-lo!

Basta um minuto para você recomeçar
a reconstrução de um lar ou de uma vida.
Basta um minuto de atenção para
você fazer feliz um filho,
um aluno, um professor, um semelhante...
Basta um minuto para você entender
que a eternidade é feita de minutos."

Desconheço o Autor

Um lindo fim de semana para todos! Bjs

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Se conciliar com o passado...


"Quando nos conciliamos com nosso passado,
conseguimos viver o presente e pensar
sobre o futuro sem tanta influência do que já nos aconteceu."

Flávio Gikovate

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Meu verso é água corrente...


 "Nunca escreverei uma palavra para lamentar a vida.
Meu verso é água corrente, é tronco, é fronde.
É folha, é semente, é vida!..."

Cora Coralina

Você tem a mania de arrancar os cabelos? Tome cuidado...


Pessoas com tricotilomania não resistem à compulsão de arrancar os pelos do corpo – tiram não apenas os fios do couro cabeludo, mas também do púbis, das sobrancelhas e dos cílios; em muitos casos, a patologia, que pode começar na infância, aparece com sintomas de depressão e ansiedade

Todo mundo certamente já puxou os cabelos enquanto sonhava acordado ou os enrolou nos dedos enquanto refletia sobre alguma coisa. Principalmente as mulheres arrancam um ou outro por motivos estéticos. No entanto, parece impensável que uma pessoa arranque seus cabelos diariamente, às vezes durante horas, até a cabeça estar repleta de pontos calvos.

Porém, já em 1889 o médico francês François Henri Hallpeau (1842-1919) descreveu um paciente que puxava os cabelos aos tufos. Ele batizou o fenômeno de “tricotilomania” (do grego trico = cabelo, fio; tillo = arrancar). O reconhecimento de que se trata de um quadro patológico específico, no entanto, surgiu apenas no fim do século 20.

A característica básica do distúrbio é o impulso, no mínimo durante alguns períodos, de puxar cabelos ou pelos. Parte das pessoas afetadas por essa compulsão seleciona os fios objetivamente. Por exemplo, os cabelos brancos, os que ficam em pé ou que parecem desarrumados. Outros os puxam de forma inconsciente e automática, e só percebem o gesto mais tarde. Vários nem sentem dor ao arrancá-los. Típico da tricotilomania é também o ato de “brincar” com os cabelos arrancados. Os pacientes os passam sobre os lábios, colocam na boca ou os enlaçam entre os dedos. Frequentemente, várias dessas características se manifestam na mesma pessoa: ela arranca os cabelos automaticamente diante da televisão ou ao ler, enquanto de manhã e de noite puxa especificamente alguns deles diante do espelho do banheiro.

Hoje sabemos que a tricotilomania não é uma doença tão rara. Um estudo realizado em 2009 pelos médicos americanos Danny Duke e seus colegas da Universidade Oregon Health & Science, em Portland, demonstrou que o arrancar de cabelos patológico ocorre em cerca de 1,2% dos americanos. Aproximadamente a metade dessas pessoas preenchia todos os critérios clínicos para o diagnóstico de tricotilomania: imediatamente antes de arrancar os cabelos, estão sob pressão interna e, depois, experimentam grande alívio. Ao mesmo tempo, elas se sentem claramente prejudicadas pelo distúrbio.

Segundo esse e vários outros estudos epidemiológicos, mulheres e homens são afetados com a mesma frequência. Quase sempre o arrancar de cabelos leva à rarefação e ao surgimento de pontos de calvície, que as pessoas tentam encobrir com penteados, perucas ou cosméticos. Mas os pelos existentes em outras partes do corpo também podem ser vítimas do transtorno.

Como em geral elas se envergonham de seu comportamento e temem ser descobertas, muitas não frequentam piscinas ou praias, evitam ir ao cabeleireiro, não praticam esportes em companhia de outras pessoas e temem todo contato social mais próximo. E podem surgir outras psicopatologias associadas à tricotilomania. As mais comuns são depressão, transtornos de ansiedade e abuso do álcool, mas não raramente ocorrem também distúrbios de personalidade. Alguns pacientes engolem os próprios cabelos arrancados, o que pode causar a formação de um novelo de cabelos (tricobezoar) no estômago ou no intestino. Como consequência, podem surgir cólicas ou, mais raramente, obstrução intestinal.

Os pesquisadores concluíram que em pelo menos 6% dos casos os sintomas surgiram ainda na infância, antes dos 6 anos. Na maioria das situa­ções, porém, o arrancar de cabelos patológico se inicia na adolescência, entre os 11 e 15 anos. Mas, ocasionalmente, o distúrbio se manifesta só na idade adulta.

Não existe uma única causa para a tricotilomania. Tanto aspectos psicológicos e sociais quanto neurobiológicos e genéticos são considerados desencadeantes. Quase sempre há uma combinação desses vários fatores. Além disso, o transtorno não se apresenta de forma homogênea, mas pode ser subdividido em três grupos.

O transtorno se inicia, pelo menos em parte dos pacientes, devido a tensões dentro da família, problemas na escola ou dificuldades de relacionamento com outras crianças. Paralelamente, sentimentos depressivos, estresse e problemas para lidar com a raiva também estão em sua base. O arrancar de cabelos é sentido então como uma distração, um consolo capaz de minimizar a tensão, e é justamente esse caráter prazeroso que reforça o comportamento. Nesse sentido, a tricotilomania serve para regular estados emocionais desagradáveis, dos quais os pacientes nem sempre se dão conta claramente. Muitas vezes, brincar com os fios entre os dedos e tocá-los com os lábios remete a uma sensação de aconchego experimentado quando a pessoa ainda era bebê e tocava os cabelos da mãe ao ser amamentada ou apenas aninhada no colo.
Enquanto ainda não há nenhuma prova científica da efetividade de tratamentos alternativos, como dietas ou acupuntura, uma forma específica da psicoterapia tem se revelado eficaz. A terapia comportamental cognitiva é um exemplo disso. Ela deve ser adequada individualmente ao paciente: é importante que o terapeuta considere exatamente quais fatores desempenham um papel no quadro clínico. Se houver, por exemplo, uma associação entre inibições sociais e a tricotilomania, a prioridade é reforçar a autoconfiança e as competências do paciente. Caso o transtorno seja sintoma de experiências traumáticas, estas devem ser primariamente abordadas.

Em alguns casos, é suficiente a redução do ato de arrancar cabelos por meio de técnicas específicas. Para tanto, o chamado treinamento para reversão de hábitos (HRT, sigla em inglês de habit reversal training) é bastante adequado. Originalmente, Nathan H. Azrin e Robert G. Nunn, do Hospital Estadual de Anna, Illinois, desenvolveram esse método para o tratamento de tiques motores, mas obtiveram sucesso também no caso do roer compulsivo de unhas, chupar dedos e tricotilomania.

Fonte:Mente&Cérebro

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Criança que faz xixi na cama não deve ser punida


Sempre fui contra punir uma criança que faz xixi na cama e acho que essa fase passa sem que os pais tenham que se preocupar tanto.  Calma, entendimento e paciência nessa hora é fundamental. Os pais devem agir com naturalidade e bom senso para não piorar o sofrimento da criança.

Veja a pesquisa  que saiu hoje:

Fazer xixi na cama é motivo de constrangimento para qualquer criança.

Para piorar, bronca e impaciência dos pais costumam acompanhar o problema, que é muito comum: cerca de 15% das crianças de até seis anos molham a cama durante a noite.
"Essa é uma questão obscura, as pessoas não falam sobre isso. Sentem vergonha e não procuram ajuda", diz o neurologista Abram Topczewski, diretor da clínica de enurese do Hospital Israelita Albert Einstein.
A enurese é a falta de controle da urina à noite por um período maior do que seis meses. É mais comum em crianças, mas atinge 2% de adolescentes e adultos.
O problema é duas vezes mais comum em meninos, de acordo com uma pesquisa com 6.000 crianças, publicadas no periódico "Journal of Pediatrics".

CASTIGO
Questões psicológicas são a causa do descontrole do xixi em só 10% das crianças. Na maioria dos casos, a origem é orgânica, como a baixa produção de um hormônio antidiurético à noite, segundo o urologista Flávio Trigo, do Hospital Sírio-Libanês.
"A enurese não está ligada a problemas psicológicos, mas atitudes punitivas por parte dos pais podem afetar a autoestima das crianças."
De acordo com um estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, 89% das crianças e dos adolescentes que tiveram o problema sofreram algum tipo de agressão dos pais.
Paradoxalmente, muitos que castigam seus filhos faziam xixi na cama quando eram crianças, segundo Topzcweski.
Quando um dos pais teve enurese, os filhos têm 40% de chance de também ter o problema. Se pai e mãe faziam xixi na cama, a probabilidade sobe para 70%.
Segundo especialistas, é importante deixar isso claro para a criança e diminuir a culpa que ela sente.
"Os pais precisam entender que a criança não faz xixi na cama de propósito. Eles têm que encarar como um problema médico e procurar um especialista", diz Trigo.
O tratamento pode ser feito com remédios, quando a origem é hormonal. Outra opção é um alarme que acorda a criança quando ela começa a fazer xixi.

INCENTIVO
O que também ajuda é ter atitudes construtivas em vez de punir a criança.
Para começar, é bom oferecer menos líquidos à noite. Os pais podem usar um calendário e colar estrelinhas nos dias em que a criança acordar com a cama seca -há quem use adesivos de sol e chuva.
O problema cessa com o passar dos anos. Mas, diz Topzcweski, não dá para saber quando isso acontecerá. Por isso, é melhor tratar de uma vez.
"Muitos pediatras dizem que vai passar mas, enquanto isso, a criança vai crescendo com o problema, não pode dormir na casa dos amigos. Coisas triviais, como ir a um acampamento, acabam virando um transtorno."

Fonte: Folha

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Autocontrole nas crianças...


Autocontrole pode ser mais importante do que inteligência, diz pesquisa:

Estudo que avaliou 1.500 pessoas do nascimento aos 32 anos constatou que aquelas que conseguiram se controlar desde pequenas tiveram menos problemas de saúde e vícios.
Ajudar seu filho a ter autocontrole desde pequeno contribui para que ele tenha uma vida adulta mais saudável e feliz. E , para o bem-estar a longo prazo, essa qualidade pode ser mais importante até mesmo do que a inteligência. É o que mostrou um estudo da Duke University, nos EUA. Os pesquisadores avaliaram 1.500 pessoas desde o nascimento até os 32 anos. E constataram que aquelas que conseguiram se controlar desde a infância tiveram menos doenças (como hipertensão e obesidade), problemas financeiros e dependência a drogas, cigarro e álcool.

Os cientistas levaram em conta características como tolerância aos sentimentos de frustração, persistência para atingir um objetivo, hiperatividade e dificuldade de se manter concentrado em uma mesma tarefa (montar um quebra-cabeça, por exemplo). "Autocontrole é uma qualidade vital para planejar aonde você quer ir, controlar o temperamento quando a vida o frustra, conviver bem com outras pessoas, saber esperar o que é realmente bom em vez de se contentar com seduções imediatas", disse à CRESCER Terrie Moffitt, principal autor do estudo e professor do departamento de psicologia e neurociências da Duke University.
Essa virtude não deve ser confundida com o controle de sentimentos, a ponto de a criança aprender a reprimir o que sente (o que é totalmente contraindicado). “Uma coisa é o filho ficar chateado porque não pode ver TV na hora que quer e aprender a superar esse momento. Outra é proibi-lo de chorar porque está triste”, explica a psicanalista Anne Lise Scappaticci, professora de terapia familiar da Unifesp.
A forma mais comum da falta de controle é a impulsividade: seu filho se frustra ou se cansa e deixa claro sua insatisfação – com um escândalo ou desistindo da atividade. É claro que fazer birra é normal na infância. Os pais só precisam ficar atentos aos exageros. "Se as reações negativas se tornam um hábito e prejudicam a criança nas relações com outras pessoas, há um problema aí", indica Moffitt.
A consultora de Recursos Humanos Angela Camargo, 34, conversa sempre com sua filha, Luisa, de 3 anos, para que ela entenda que as frustrações fazem parte da vida. “Às vezes não é fácil, mas eu não cedo”, diz. “Mas não vivemos num quartel militar: a gente negocia um prazo, algumas trocas.” Afinal de contas, os combinados também são uma maneira de impor limites.
E saiba que o problema pode se manifestar exatamente de maneira oposta. Vítimas constantes de bullying ou crianças que ficam apáticas diante de uma situação difícil também mostram que não têm controle de si.

Dá para ensinar?
Os especialistas concordam que é possível, sim, orientar a criança desde cedo para que ela aprenda a ter autocontrole. A dica básica é ter em mente que o aprendizado tem dois lados, dos pais e da criança, e que uma boa conversa é essencial sempre. Adultos pacientes e equilibrados tendem a ser mais bem-sucedidos ao ajudar o filho a lidar com frustrações e limites.

Fonte: Crescer

Não é saudade...


"Não é saudade, porque para mim a vida é dinâmica e nunca lamento o que se perdeu - mas é sem dúvida uma sensação muito clara de que a vida escorre talvez rápida demais e, a cada momento, tudo se perde."

Caio F. Abreu

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Quem é rico em sonhos não envelhece...


"Quem é rico em sonhos não envelhece nunca.
Pode mesmo ser que morra de repente.
Mas morrerá em pleno voo. O que é muito bonito."

 Rubem Alves

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O contrário do amor...



O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.

Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.

Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.

Martha Medeiros

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Crianças com Down vão bem em escolas regulares...


Estudo reforça importância da inclusão social para estudantes com trissomia do cromossomo 21

DE 15 COMPORTAMENTOS ANALISADOS, as crianças com a síndrome só se diferenciaram em dois: imitaram mais os colegas e tiveram dificuldade para estabelecer contatos iniciais.
O desenvolvimento escolar de crianças com síndrome de Down é muito semelhante ao das que não apresentam prejuízos cognitivo, sensorial ou motor. As conclusões de um estudo realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto (FMRP-USP) reforçam a importância da inclusão social desses alunos e o acesso às escolas regulares.

Resultado da dissertação de mestrado da terapeuta ocupacional Patrícia Páfaro Gomes Anhão, a pesquisa comparou seis crianças, entre 3 e 6 anos, portadoras da síndrome, também conhecida como trissomia do cromossomo 21, com outras seis, da mesma faixa etária, sem nenhum distúrbio, por meio de filmagens em cinco escolas da rede municipal da cidade. Dois tipos de habilidades foram analisados: interpessoal e de autoexpressão. Na primeira, o foco foi a interação com outras crianças e adultos, disputa pela atenção da professora, estabelecimento de contato inicial, ocorrência de brigas e comportamentos de autodefesa.

Nas habilidades de autoexpressão foram incluídos o choro e o riso, como a criança agia ao ficar sozinha, o canto e a imitação dos colegas e da educadora. As filmagens revelaram que as crianças com Down só se diferenciaram das demais em dois dos 15 comportamentos analisados. Elas imitaram os coleguinhas com maior frequência e tiveram mais dificuldade para estabelecer contato no primeiro momento. Para a autora, que trabalha na área de estimulação precoce da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), de Ribeirão Preto, esses resultados devem ajudar os pais a entender que seus filhos precisam do ensino regular e não apenas do especial. A motivação da pesquisa, segundo ela, foi o Plano Social regulamentado pelo Governo Federal em 2007, que prevê a adaptação das escolas públicas com o objetivo de incluir pessoas com deficiência até 2010. Embora a garantia já faça parte da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), esse processo ainda causa medo e angústia nos pais, afirma a pesquisadora. “O estudo também vai contribuir para que surjam novas pesquisas sobre outros aspectos da relação dessas crianças com o meio, na chamada primeira infância, uma vez que a interação social é um dos principais aspectos de seu desenvolvimento”, declarou a autora.


Sabedoria...


Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo.

Confúcio

sábado, 7 de maio de 2011

Feliz Dia das Mães a todas as mamães!!!


Desejo a todas as mães um domingo maravilhoso!!!

''Amar ao pequeno até que cresça,
ao enfermo até que se cure,
ao ausente até que volte,
só a mãe pode amar assim".
(Al - Asbahani)

 Mãe eu te amo e agradeço por tudo que fez e tem feito por mim.
Que Deus te encha de paz, saúde, alegria e luz neste dia tão especial... Bjs

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ler é preciso... Os campeões de vendas nas livrarias...


Ficção:

1- "Caixa Monteiro Lobato Infantil"
2- "Água para Elefantes"
3- "O Guia de Sobrevivência aos Zumbis"
4- "João Cabral de Melo Neto: Poesia Completa e Prosa"
5- "Elite da Tropa" (Edição de Bolso)

Não ficção:

1- "Minha Fama de Mau"
2- "Manual da Redação"
3- "A História Secreta dos Papas"
4- "Triângulo Rosa"
5- "Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil"

Autoajuda:

1- "Curar o Stress, a Ansiedade e a Depressão sem Medicamento Nem Psicanálise"
2- "A Arte da Meditação"
3- "Nietzsche para Estressados"
4- "Ágape"
5- "Deixe os Homens aos Seus Pés"

Após um ano de sucesso ininterrupto na Europa - na França já chega à marca de 480.000 exemplares vendidos, sempre no topo da lista dos best-sellers - lançamento de peso nos Estados Unidos (pela respeitável editora Rodale) e com direitos vendidos para mais de 20 países, chega ao Brasil CURAR... O STRESS, A ANSIEDADE E A DEPRESSÃO SEM MEDICAMENTO NEM PSICANÁLISE, do neuropsiquiatra David Servan-Schreiber. O título reflete a provocação feita pelo autor aos "usuários" - médicos e pacientes - da medicina tradicional para o tratamento das doenças emocionais, tão em voga na era moderna. Em seu livro CURAR..., uma visão holística e integradora da medicina das emoções, David consagra a prática de tratamentos alternativos conhecidos, mas que até agora não tinham o referencial estabelecido pela ciência. Segundo David, o corpo tem um instinto básico que o inclina para a cura, profundamente ligado ao nosso próprio instinto de sobrevivência. Confiar nesse instinto é se conhecer e se ajustar integralmente para ser feliz. Seguindo as teorias do reputado neurologista português Antonio Damásio, Servan-Schreiber divide o cérebro em duas partes: a cognitiva - ligada à linguagem - e a emocional - responsável pelo controle da fisiologia do corpo (ritmo cardíaco, tensão arterial, apetite, sono, libido e sistema imunológico). A partir daí, ele monta suas bases de uma medicina integral (mind and body medicine), composta por sete passos regeneradores: coerência cardíaca, ajuste do relógio biológico, nutrição balanceada, atividade física, relações afetivas, hipnose, com movimento rítmico dos olhos, e acupuntura. São métodos naturais, alguns conhecidos há muito tempo, mas pela primeira vez comprovados em sua eficácia por testes realizados durante cinco anos no Centro de Medicina Complementar da Universidade de Pittsburgh.

Fonte: Jornal da Folha

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Um pouquinho de Machado de Assis...


"A verdade é imortal; o homem é um breve momento."

Machado de Assis

terça-feira, 3 de maio de 2011

Preciso de Você... Excelente texto de Jorge Forbes


Cada pessoa precisa de alguém que o ajude a chamar o seu êxtimo, de meu íntimo
A jornalista me pergunta impressionada a razão de novas pesquisas constatarem que, contrariamente ao que muitos esperavam, o povo da internet cada vez mais associa seus passeios na rede com a necessidade de estar junto. Esse fato relativiza as críticas morais que bradam ameaçadores avisos anunciando que o mundo estaria perdido, pois a www - World Wide Web – seria uma teia perigosíssima que estaria aprisionando nossa pobre juventude, em um isolacionismo narcisista e emburrecedor.
Essa notícia chega ao mesmo tempo em que o Papa se precipita em condenar um aplicativo para smartphones, através do qual o fiel antenado se confessaria on line, sem a necessidade de se ajoelhar na madeira dura de um confessionário escurecido por muitos pecados ali penitenciados. Ao menos dessa vez, ufa!, o Papa mostrou que “tá ligado”, pois a web não substitui a presença física.
Na mesma vertente, podemos falar da repetitiva pergunta se é possível fazer análise por skype, ou serviço semelhante, sem ter que se preocupar com o terrível trânsito das grandes cidades, bem como se garantir em ter seu analista à mão, ou melhor, na tela, entre um mergulho e outro, em uma ilha paradisíaca, do outro lado do mundo.
Não dá. Há um quê na presença física que é insubstituível. E se dizemos “um quê” é exatamente pelo fato de não podermos precisar o que é isso da presença física que não sabemos traduzir em nenhum idioma e por nenhum meio, razão pela qual não a podemos substituir, pois, como celebrou Michel Foucault: “a palavra é a morte da coisa”; se falamos de algo, substituímos o algo pela palavra e não precisamos mais dele.
Em um mundo que quebrou os paradigmas cartesianos de espaço e tempo, jogando-nos no furacão do ilimitado sem fronteiras, não há nada a estranhar na necessidade da presença física do outro, do corpo do outro, do seu enigma, do cheiro, cor, som, movimento, textura, olhar, que não sabemos traduzir em bytes. Esse enigma do outro é o remédio para a angústia tão atual, por nos termos visto transformar em habitantes de lugar nenhum.
Seis mil moças e moços geeks se acotovelaram por uma semana, em São Paulo, em uma festa chamada Campus Party. Seis mil!, em um pavilhão de exposições. É tão importante estarem juntos, que um nipo-brasileiro, morando ao lado do local da festa, trocou o conforto de seu quarto, por uma tendinha de campanha, verdadeiro elogio do desconforto.
A presença do outro nos remete ao mais essencial de nós mesmos. Se fôssemos honestos, parodiando Vinícius, jamais diríamos expressões do gênero: “no meu íntimo”. E isso porque o que nos escapa é exatamente o nosso íntimo. Diríamos, melhor, com Lacan: “no meu êxtimo”, sim, porque o meu íntimo me é tão estranho – quem já passou por uma análise sabe bem o que estou descrevendo – que melhor chamá-lo de êxtimo, clara alusão ao estranho e ao externo de si mesmo, que habita cada um.
Podemos nos livrar de muita coisa na vida, mas não da gente mesmo, em especial desse ponto íntimo desconhecido, promotor de nossas paixões, essa força estranha vivida na sensação do “mais forte que eu”. A presença física do amigo, do amado, do familiar, do próximo, nos reconecta com esse ponto fundamental, âncora de nossas existências, ponto transcendente de nossa imanência, se quisermos nos valer do discurso da Academia.
Nesse mundo de aparente tudo pode, e de em tudo estou, não por isso devemos nos assustar que ao lado do aumento dos acessos aos meios virtuais, vejamos crescer em paralelo os lugares de encontro físico, sejam eles campus parties, igrejas, consultórios, bares, cruzeiros. Os motivos são variados e o que neles se realiza, também, mas a necessidade é uma só: estar junto. Na era da pós-modernidade, onde o laço social das identificações é predominantemente horizontal, nos damos conta que o principal afeto, o mais fundamental afeto, é o da amizade. Cada pessoa precisa de alguém que o ajude a chamar o seu êxtimo, de meu íntimo.

Jorge Forbes é psicanalista

domingo, 1 de maio de 2011

Deus, derrama teu sol mais luminoso...


“Sobre todos aqueles que ainda continuam tentando,
Deus, derrama teu sol mais luminoso...”

Caio F. Abreu

Você sabe o que acontece quando se desmaia?

Popularmente conhecida como “desmaio”, a síncope é a perda súbita da consciência, de curta duração e de recuperação espontânea.
A consciência, ou estado de alerta, é mantida graças ao oxigênio dissolvido no sangue, que nutre áreas do cérebro responsáveis por essa função. Existe um fluxo mínimo de oxigênio, abaixo do qual o cérebro perde seu estado de alerta. A síncope é a consequência da interrupção ou diminuição crítica da oferta de sangue e oxigênio cerebral. Deve ser diferenciada da epilepsia, que também provoca perda de consciência, mas, neste caso, por alterações elétricas primárias das células cerebrais.

A síncope ocorre em três a cada cem adultos e também pode acometer crianças nos primeiros anos de vida. A maior parte dos adultos saudáveis pode apresentar pelo menos um episódio de síncope durante a vida, sem grandes consequências. No entanto, quando esse sintoma se repete, quando ocorre na vigência de doença cardíaca ou quando provoca acidentes, deve ser investigado com rigor, pois estas são consideradas situações de alto risco para o paciente. As principais condições clínicas responsáveis pela ocorrência de síncopes são as doenças cardíacas, as neurovasculares e as disautonomias.

• Síncopes cardíacas – Podem ocorrer devido ao entupimento das válvulas do coração, das artérias coronárias, por doenças do músculo cardíaco ou ainda por alterações no ritmo cardíaco (arritmias).

• Síncopes neurológicas – Obstruções vasculares por aterosclerose (placas de cálcio e gordura que bloqueiam os vasos) ou processos reumáticos da coluna cervical. Acometem mais a população idosa e geralmente provocam síncopes durante mudanças de posição do pescoço.

• Síncopes disautonômicas – São as mais frequentes causas de síncope. O controle do diâmetro dos vasos sanguíneos, da força de contração do coração e da frequência dos batimentos cardíacos é determinado pelo sistema nervoso autônomo (conjunto de células e nervos responsáveis pela conexão entre o cérebro e os demais órgãos do corpo, cujo funcionamento é automático).

As síncopes causadas por disfunções do sistema nervoso autônomo são conhecidas como síncopes “disautonômicas”, “vasovagais” ou ainda “neuromediadas”. São síncopes reflexas, nas quais uma súbita e crítica queda da pressão arterial, com ou sem lentificação dos batimentos cardíacos, diminui bruscamente a oxigenação cerebral e provoca perda de consciência.

Quando a pessoa desmaia e cai, imediatamente esses eventos interrompem-se e a pressão arterial se restabelece. Esse tipo de síncope acomete principalmente adultos jovens e adolescentes e mais raramente crianças e idosos.

Ocorre mais frequentemente durante emoções, em ambientes abafados, multidões, permanência em pé por período prolongado, mudanças bruscas de postura, punção venosa para exames de sangue ou após um esforço físico.

A síncope requer avaliação multiprofissional especializada e geralmente necessita de múltiplos testes diagnósticos, já que muitas são as causas e muitas as possibilidades de tratamento.

O Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês dispõe de uma Unidade de Arritmia e Síncope para auxiliar o corpo clínico na investigação diagnóstica e tratamento deste sintoma, contando com ampla e moderna metodologia diagnóstica e terapêutica.

Por Denise Hachul, médica do Centro de Cardiologia do HSL