domingo, 29 de abril de 2012

O homem é um grão na imensidão...


"O homem é um grão na imensidão da Terra e não erra quem diz que a Terra inteira é um grão de poeira no Universo e que meu verso é nada comparado a tais grandezas. Mas digo com certeza, meu verso comparado a vida tem algum valor pois há de ficar quando minha vida se for. Então me respondam por favor: Qual o valor mais alto, o Universo, a Terra, a Vida, ou o Verso?
É verdade que o homem é um grão na imensidão da Terra. Mas é um grão que guarda em si a Vida, o Amor e o Verso. Então, se dá o reverso, o grão de pó ganha grandeza e nós ganhamos a certeza que a poesia indica que as eras do Universo passa e o homem que ama fica!"

Poema de Quirino - Série Hoje é Dia de Maria

Bom descanso a todos! Luz e paz!

sábado, 28 de abril de 2012

Viver em sociedade é um desafio...


Viver em sociedade é um desafio porque às vezes ficamos presos a determinadas normas que nos obrigam a seguir regras limitadoras do nosso ser ou do nosso não-ser...
Quero dizer com isso que nós temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhece; e a subjetiva...Em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que se perguntarmos - Quem somos? Não saberemos dizer ao certo!
Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser...Aqui reside o eterno conflito da aparência x essência. E você...O que pensa disso?
Que desafio, hein?
"... Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la..." (Perto do Coração Selvagem - p.55)

Clarice Lispector


sexta-feira, 27 de abril de 2012

Fé...



Fé é o pássaro que sente a luz e canta quando a madrugada é ainda escura.
  
Rabindranath Tagore

quinta-feira, 26 de abril de 2012

E de repente...


"E de repente a vida te vira do avesso, e você descobre que o avesso é o seu lado certo."

          Caio F. Abreu

quarta-feira, 25 de abril de 2012

As Quatro Leis da Espiritualidade...


As 4 Leis da Espiritualidade ensinadas na Índia...

A primeira diz: “A pessoa que vem é a pessoa certa“.

Ninguém entra em nossas vidas por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo com a gente, têm algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.
 
A segunda lei diz: “Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido“.

Nada, absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum “se eu tivesse feito tal coisa…” ou “aconteceu que um outro…” Não. O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.

A terceira diz: “Toda vez que você iniciar é o momento certo“.

Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecem.

E a quarta e última afirma: “Quando algo termina, ele termina“.

Simplesmente assim. Se algo acabou em nossas vidas é para a nossa evolução. Por isso, é melhor sair, ir em frente e se enriquecer com a experiência. Não é por acaso que estamos lendo este texto agora. Se ele vem à nossa vida hoje, é porque estamos preparados para entender que nenhum floco de neve cai no lugar errado.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Benditas sejam as mãos que amam...


"Benditas sejam as mãos que amam as flores, bendito seja aquele que tem olhos para ver as aves do  céu, para ver os lírios do campo, sem falar no lodo que alimenta esses lírios, mas na beleza que neles resplandecem!"

Bezerra de Menezes

domingo, 22 de abril de 2012

Lá fora está chovendo...


Domingo chuvoso, que delícia! Adoro chuva, vou aproveitar para dormir um pouquinho...

Boa semana a todos! Luz e paz!

sábado, 21 de abril de 2012

O que mata um jardim...


"O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar de quem por ele passa indiferente... E assim é com a vida, você mata os sonhos que finge não ver."

Mario Quintana

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O mar da vida...


O mar da vida é cheio de ondas fortes (que eu chamo de momentos), não devemos afundar, porque quando elas passam, tudo se transforma, tudo se ilumina!

Fatyly

Um bom final de semana a todos, cheio de alegrias! Bjs

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A vida da gente...


''A vida da gente não se mede pela quantidade de anos que se vive.
A vida da gente se mede pela quantidade de alegria que se distribui."

Rubem Alves

O período de maior ganho...


"O período de maior ganho de conhecimento e experiência é o período de maior dificuldade na vida de cada um."

Dalai Lama

terça-feira, 17 de abril de 2012

Senhor, faz de mim um instrumento...


Senhor
faz de mim
um instrumento
da tua música.
Onde há silêncio
que eu leve o si
Onde há dor
que eu leve o dó
Onde há uma lágrima
que eu leve o lá.
E onde há trevas
que eu leve o sol.

Carlos Rodrigues Brandão

Extraído do livro A Maçã e Outros Sabores, de Rubem Alves.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Numa relação é preciso estar inteiro...


Partindo do pressuposto de que amar é uma decisão, uma escolha diária, fica mais possível compreender porque algumas relações se tornam perenes e outras não.
Fica mais fácil entender por que muitas relações, apesar de todos os percalços, perduram, enquanto outras não.
No filme "Noiva em Fuga", o pedido de casamento é o melhor. Veja abaixo o discurso do noivo e depois da noiva:
"Eu garanto que teremos dificuldades. Garanto que, em algum momento, um de nós ou os dois vão querer pular fora, mas também garanto que se não pedir para você ser meu, vou me arrepender pelo resto da vida, porque sei que, no meu coração, você é o único para mim."
Esse é, para mim, um bom complemento do juramento do casamento. Do prometo amá-lo(a), respeitá-lo (a).... todos os dias da minha vida.
A promessa, mesmo que, muitas vezes, feita no ápice da paixão, é pra valer. E, ao longo da união, precisará passar por todos os estágios de amor, até quem sabe chegar num amor amizade. Um amor companheiro. Um amor para sempre.
Não é fácil. É complexo. Mas é possível se conseguirmos nos manter no "ser".
Ao longo da caminhada, muitos de nós nos abandonamos. Deixamos de ser interessantes. Anulamo-nos em função do outro que não sabe o que fazer com tanto foco e luz. De fato, o outro se apaixonou por alguém que já não existe. Então, quando nos abandonamos, a tendência é de que o outro, magoado, enganado, também nos abandone.
A dor de quem fica é imensurável. É uma dor absurda. Primeiro porque já perdeu sua identidade. Agora perdeu seu companheiro... A dor de quem parte é do fracasso, da perda...
O que fazer?
O melhor caminho possível, não é um caminho rápido, tampouco simples. É um caminho longo e sofrido. Demanda olhar para dentro, olhar para trás e resgatar a essência, o âmago do Ser.
Demanda força, coragem para, com humildade e compaixão, revisitar medos, crenças errôneas, modelos mentais que já não contribuem para nosso desenvolvimento. Não nos permitem expandir a consciência. Não nos ajuda na relação a dois. E como vocês sabem, crescer dói. Crescer machuca.
A questão: é necessário. Precisamos resgatar nossa missão, a que viemos, por que viemos. Precisamos resgatar o sonho...Para então, sonhar com o outro.
Isso feito permitirá a você uma possibilidade de resgatar a relação machucada e, ainda, recompor a história do casal. Para isso, não é demais ressaltar, é preciso estar inteiro, íntegro, de bem com a vida. É isso o que conta.
Pense nisso, quando decidir entrar em uma relação. Pense nisso antes do sim e, se conseguir, mantenha-se firme no depois, no durante... Ame-se. Respeite-se. Trate-se muito bem. É você, com seu melhor, que encantou e continuará encantando o outro. E, então, ame o outro, respeite-o, cuide da sua relação como de uma flor frágil e necessitada de um olhar amoroso. Fique com Deus.

Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você — Histórias e Relacionamentos Codependentes, Você Está Disponível? Um Caminho para o Amor Pleno e Coisas do Amor.

Uma semana abençoada para todos! Luz e paz!

sábado, 14 de abril de 2012

Amar é uma grande troca de perdões...


"O que é que todos nós queremos no fim das contas? Alguém que nos ama, nos assuma, nos perdoe. Sim, porque quase sempre amar é uma grande troca de perdões. Quem não sabe perdoar ainda não está pronto para o amor!".

Miguel Falabella

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Pertencer, um texto verossímil de Clarice...


Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança quer: nela o ser humano, no berço mesmo, já começou.
Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça.
Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus.
Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso.
Com o tempo, sobretudo os últimos anos, perdi o jeito de ser gente. Não sei mais como se é. E uma espécie toda nova de "solidão de não pertencer" começou a me invadir como heras num muro.
Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de associações? Porque não é isso que eu chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos.
Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa.
Quase consigo me visualizar no berço, quase consigo reproduzir em mim a vaga e no entanto premente sensação de precisar pertencer. Por motivos que nem minha mãe nem meu pai podiam controlar, eu nasci e fiquei apenas: nascida.
No entanto fui preparada para ser dada à luz de um modo tão bonito. Minha mãe já estava doente, e, por uma superstição bastante espalhada, acreditava-se que ter um filho curava uma mulher de uma doença. Então fui deliberadamente criada: com amor e esperança. Só que não curei minha mãe. E sinto até hoje essa carga de culpa: fizeram-me para uma missão determinada e eu falhei. Como se contassem comigo nas trincheiras de uma guerra e eu tivesse desertado. Sei que meus pais me perdoaram por eu ter nascido em vão e tê-los traído na grande esperança.
Mas eu, eu não me perdoo. Quereria que simplesmente se tivesse feito um milagre: eu nascer e curar minha mãe. Então, sim: eu teria pertencido a meu pai e a minha mãe. Eu nem podia confiar a alguém essa espécie de solidão de não pertencer porque, como desertor, eu tinha o segredo da fuga que por vergonha não podia ser conhecido.
A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está no deserto e bebe sôfrego os últimos goles de água de um cantil. E depois a sede volta e é no deserto mesmo que caminho!

Clarice Lispector

Ah Clarice! Sempre nos enriquecendo com sua obra literária  profunda e sincera.

Sábias palavras Clarice...


"O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo."

Clarice Lispector

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Amar é uma decisão, para refletirmos...


"O sábio recebeu a visita de um homem que dizia
que já não sabia mais amar sua esposa...
O sábio ouviu...

Olhou-o nos olhos, disse apenas
uma palavra,
e calou-se:

- Mas Ame de Novo...recomece...

- Mas eu já disse:
Não sinto mais Amor
não sei mais Amar ninguém...!

- Simplesmente Ame..!

Amor é doação...

- disse novamente o sábio.

E percebendo o desconforto do homem,
depois de um breve silêncio,

o Sábio explicou:
- Amar é uma decisão,
não um sentimento;

Amar é dedicação e entrega.

Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor.

- O amor é um exercício de jardinagem:
arranque o que faz mal, prepare o terreno,
semeie, seja paciente,
regue e cuide.

- Esteja preparado porque haverá pragas,
secas ou excesso de chuvas
mas nem por isso abandone o seu jardim.
Ame o seu par, ou seja, aceite-o, valorize-o,
respeite-o, dê-lhe afeto e ternura,
admire-o e compreenda-o.
Isso é tudo.
Ame!

"A inteligência sem amor, faz-te perverso.
A justiça sem amor, faz-te implacável.
A diplomacia sem amor,
faz-te hipócrita.
O êxito sem amor, faz-te arrogante.
A riqueza sem amor, faz-te avaro.
A docilidade sem amor faz-te servil.
A pobreza sem amor, faz-te orgulhoso.
A beleza sem amor, faz-te ridículo.
A autoridade sem amor, faz-te tirano.
O trabalho sem amor, faz-te escravo.
A simplicidade sem amor, deprecia-te.
A oração sem amor, faz-te introvertido.
A lei sem amor, escraviza-te.
A política sem amor, deixa-te egoísta.
A fé sem amor deixa-te fanático.
A cruz sem amor
converte-se em tortura.

A vida sem amor...
não tem
sentido..."

 Desconheço o autor


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Minimamente Feliz... um belo texto...


A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida. Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.
Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-do-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir.
São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias. Eu contabilizo tudo de bom que me aparece, sou adepta da felicidade homeopática. Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.
Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular: 'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'. Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'.

Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'. Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.

Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam.

Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.


Texto da jornalista Leila Ferreira

terça-feira, 10 de abril de 2012

A morte não é o fim... é um recomeço


A vida precisa ser renovada. A morte é a mudança que estabelece a renovação. Quando alguém parte, muitas coisas se modificam na estrutura dos que ficam e, sendo uma lei natural, ela é sempre um bem, muito embora as pessoas não queiram aceitar isso. Nada é mais inútil e machuca mais do que a revolta. Lembre-se de que nós não temos nenhum poder sobre a vida ou a morte. Ela é irremediável.
O inconformismo, a lamentação, a evocação reiterada de quem se foi, a tristeza e a dor podem alcançar a alma de quem partiu e dificultar-lhe a adaptação na nova vida. Ele também sente a sensação da perda, a necessidade de seguir adiante, mas não consegue devido aos pensamentos dos que ficaram, a sua tristeza e a sua dor.
Se ele não consegue vencer esse momento difícil, volta ao lar que deixou e fica ali, misturando as lágrimas, sem forças para seguir adiante, numa simbiose que aumenta a infelicidade de todos.
Pense nisso. Por mais que esteja sofrendo a separação, se alguém que você ama já partiu, libere-o agora. Recolha-se a um lugar tranquilo, visualize essa pessoa em sua frente, abrace-a, diga-lhe tudo que seu coração sente. Fale do quanto a ama e do bem que lhe deseja. Despeça-se dela com alegria, e quando recordá-la, veja-a feliz e refeita.
A morte não é o fim. A separação é temporária. Deixe-a seguir adiante e permita-se viver em paz.

"A morte é só uma mudança de estado.
Depois dela, passamos a viver em outra dimensão."

Zíbia Gasparetto

Ayahuasca, o chá das visões...


A bebida ayahuasca, desenvolvida por indígenas amazônicos e incas, é usada até hoje em rituais religiosos e ativa áreas do cérebro relacionadas à memória e à vontade.

Ayahuasca, hoasca, iagé, mariri e caapi designam um chá ancestralmente usado por indígenas amazônicos e incas para fins rituais. Atualmente, a infusão constitui o pilar de religiões de matriz brasileira, como o Santo Daime, a União do Vegetal e a Barquinha. Um dos mais notáveis efeitos de sua ingestão é a “miração” – há relatos de imaginações visuais tão vívidas quanto a realidade, mesmo de olhos fechados. Para entender as bases neurais desse fenômeno, o neurocientista Dráulio de Araújo articulou e liderou uma equipe de físicos, biólogos e médicos da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, do Instituto do Cérebro e do Hospital Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e do Centro J.B. Watson, nos Estados Unidos. Investigamos registros de ressonância magnética funcional feitos em membros da Igreja do Santo Daime durante uma tarefa imagética de olhos fechados, antes e depois de beberem ayahuasca. Em artigo para a revista Human Brain Mapping, relatamos que o chá produz um grande aumento na ativação de diversas áreas do córtex cerebral. Os resultados sugerem que as mirações são causadas pela potenciação de uma extensa rede cortical que envolve visão, memória e vontade.

Na área visual primária o nível de ativação durante a imaginação é comparável aos níveis de quem observa de olhos abertos uma imagem bem iluminada. A ingestão da bebida ritual intensifica a ação de áreas corticais relacionadas à memória episódica e a associações contextuais e também potencia regiões envolvidas com a imaginação prospectiva intencional, com a memória de trabalho e com o processamento de informações internas.

Em termos neuroquímicos, a ayahuasca afeta neurônios que utilizam serotonina, mas também, em menor grau, noradrenalina e dopamina. De que forma a modificação desses sistemas neurotransmissores aumenta a ativação cerebral e a vividez da imaginação é uma ótima questão científica em aberto. Seja como for, é compreensível que os xamãs da floresta tenham selecionado a ayahuasca culturalmente ao longo dos séculos para facilitar revelações místicas de natureza visual. Ao elevar a intensidade das imagens mentais ao nível das imagens percebidas de olhos abertos, a infusão confere status de realidade às vivências interiores.

A interpretação do fenômeno depende do ponto de vista. Para os místicos em busca da transcendência, a ayahuasca abre as portas da percepção para espíritos e mundos extracorpóreos. Para os materialistas, ela permite acessar, animar e navegar o vasto oceano do inconsciente, essa coleção absolutamente individual de memórias adquiridas durante a vida e de todas as suas combinações possíveis. Psiconauta ácido e cético ou sacerdote divinamente conectado, o fato é que o bebedor do chá empreende uma travessia corajosa para dentro de si. Para ver além, fecha os olhos...e vê.

Sidarta Ribeiro é neurobiólogo, diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e professor titular da UFRN.


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Linda frase...


"Toda alma é uma música que toca."

Rubem Alves

A Raça dos Desassossegados...


''À raça dos desassossegados pertencemos todos, negros e brancos, ricos e pobres, jovens e velhos, desde que tenhamos como característica desta raça comum, a inquietação que nos torna insuportavelmente exigentes com a gente mesmo e a ambição de vencer não os jogos, mas o tempo, este adversário implacável.

Desassossegados do mundo correm atrás da felicidade possível, e uma vez alcançado seu quinhão, não sossegam: saem atrás da felicidade improvável, aquela que se promete constante, aquela que ninguém nunca viu, e por isso sua raridade.

Desassossegados amam com atropelo, cultivam fantasias irreais de amores sublimes, fartos e eternos, são sabidamente apressados, cheios de ânsias e desejos, amam muito mais do que necessitam e recebem menos amor do que planejavam.

Desassossegados pensam acordados e dormindo, pensam falando e escutando, pensam ao concordar e, quando discordam, pensam que pensam melhor, e pensam com clareza uns dias e com a mente turva em outros, e pensam tanto que pensam que descansam.
 

Desassossegados não podem mais ver o telejornal que choram, não podem sair mais às ruas que temem, não podem aceitar tanta gente crua habitando os topos das pirâmides e tanta gente cozida em filas, em madrugadas e no silêncio dos bueiros.

...Desassossegados desconfiam de si mesmos, se acusam e se defendem, contradizem-se, são fáceis e difíceis, acatam e desrespeitam as leis e seus próprios conceitos, tumultuados e irresistíveis seres que latejam.

Desassossegados têm insônia e são gentis, lhes incomodam as verdades imutáveis, riem quando bebem, não enjoam, mas ficam tontos com tanta ideia solta, com tamanha esquizofrenia, não se acomodam em rede, leito, lamentam a falta que faz uma paz inconsciente.
Desta raça somos todos, eu sou, só sossego quando me aceito."


Martha Medeiros


Desejo a todos uma linda semana, cheia de alegria! Bjs


sexta-feira, 6 de abril de 2012

Gita...


Eu sou a luz das estrelas;
Eu sou a cor do luar;
Eu sou as coisas da vida...

Eu sou, eu fui, eu vou...

...Eu!
Mas eu sou o amargo da língua,
A mãe, o pai e o avô;
O filho que ainda não veio;
O início, o fim e o meio...


"Gita" é uma linda canção composta pelo saudoso cantor e compositor  Raul Seixas e pelo escritor Paulo Coelho lançada originalmente em 1974.
Seu título faz alusão a um dos textos sagrados do hinduísmo, o Bhagavad-Gitā.

O que conta é a luz de cada um...


"Ninguém quer saber o que fomos, o que possuíamos, que cargo ocupávamos no mundo; o que conta é a luz que cada um já tenha conseguido fazer brilhar em si mesmo."

Chico Xavier

terça-feira, 3 de abril de 2012

Filme: O Circo Borboleta

Hoje termino o dia com um filme muito bom que dispensa qualquer comentário.
São só vinte minutinhos, vale a pena assistir!

Parte I


Parte II


Temos muito mais força do que aquela que pensamos ter.
Obs: Para você ter uma melhor imagem, assista pelo http://www.youtube.com.br

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Quanto você vale? Para refletirmos...

 

Peça para um publicitário descrever um botão de camisa, você ficará deslumbrado com tantas funcionalidades que ele vai achar para o botão e vai até mudar o seu conceito sobre o “pobre” botãozinho.


Peça para uma pessoa apaixonada descrever a pessoa amada, aquela pessoa bem “feiazinha” que você conhece desde a infância e vai até pensar que ele está falando de outra pessoa.

O apaixonado enche a descrição de delicadezas, doçura e gentilezas, transformando a fera em bela em instantes.

Peça para o poeta descrever o sol e a lua, e você vai se encantar pelos poderes apaixonantes da lua, pela beleza do sol que irradia seus raios

como se fossem gotas do milagre divino no arrebalde da tarde quente onde o amor convida os apaixonados para viver a vida intensamente…

Peça para um economista falar da economia mundial e tome uma lição de números e mercados, bolsas e câmbios oscilantes, inflação e mercados emergentes, e se não sair de perto, vai acreditar que em breve teremos a maior recessão da história e que a China é o melhor lugar do mundo para se viver.

Agora, peça para uma pessoa desanimada ou depressiva falar da vida, do sol, da lua, dos botões, das rosas e do amor para você ver.

Pegue um banquinho e um lenço e sente-se para chorar. É só reclamação, frustração, dores, misérias e desconfiança geral.

Você sente a energia te contaminando, vai fazendo mal, vai te deixando sem forças, porque os desanimados, os reclamões e depressivos tem o poder “vampiresco” de sugar energias do bem e transformar em medo, e o medo paralisa as pessoas de tal forma que fica difícil até o mais simples pensar.

E você?

Como é que você descreve a sua vida?

Quem é você para você mesmo?

Como seria um comercial da sua vida?

Como você venderia o produto “você”?

Você é barato, tem custo acessível ou é daquelas figuras caras,daquelas que não tem tempo para perder com a tristeza e com o passado?

Você tem 1001 utilidades?

Alias, você vive em que século mesmo?

São os teus olhos que refletem o que vai na sua alma, e o que vai na sua alma se reflete na qualidade de vida que você leva.

É o seu trabalho que representa o seu talento, ou não.

Por isso, não tem outro jeito, seja o melhor divulgador de você mesmo,

valorize-se, esteja sempre pronto para dar o seu melhor, com seu melhor sorriso, com sua melhor roupa, com seu melhor sentimento, com suas melhores intenções, com sua gentileza sempre pronta para entrar em ação.

Seja OMO, BRASTEMP, Lux de Luxo, e se for chocolate, que seja logo Godiva, belga e caro, porque gente especial igual a você não existe em nenhum mercado, e tem que valer sempre mais.

V A L O R I Z E – S E! Não importa o que você faz, importa sim como você faz, isso sim, faz toda a diferença.


Paulo Roberto Gaefke


Uma ótima semana a todos, cheia de luz e paz!