“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana.” (Jung) “Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas.” (Goethe) “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém.” (Paulo de Tarso) Aqui você encontrará textos de Psicologia, Autoconhecimento, Reflexões, Poesias, Espiritualidade, Músicas, Filmes, Livros e muito mais... Seja bem-vindo(a)! ♥
domingo, 31 de março de 2013
sábado, 30 de março de 2013
sexta-feira, 29 de março de 2013
quinta-feira, 28 de março de 2013
As escolhas...
"Mesmo fazendo escolhas aparentemente definitivas, ainda assim podemos excursionar por dentro de nós mesmos e descobrir lugares desabitados em que nunca colocamos os pés, nem mesmo em imaginação."
Martha Medeiros
quarta-feira, 27 de março de 2013
''Perdidos, perderam-se, perdeu-se - e foi pelos viadutos que se perdeu. Um livro nas mãos, debatendo-se para não ser afogado, indeciso entre voltar e seguir em frente, porque havia fogueiras pela noite, embora ainda não soubesse delas...''
Do livro: Os dragões não conhecem o paraíso, de Caio F. Abreu
terça-feira, 26 de março de 2013
Interrompendo as buscas...
Assistindo ao ótimo "Closer - Perto demais", me veio à lembrança um poema chamado "Salvação", de Nei Duclós, que tem um verso bonito que diz: "Nenhuma pessoa é lugar de repouso". Volta e meia este verso me persegue, e ele caiu como uma luva para a história que eu acompanhava dentro do cinema, em que quatro pessoas relacionam-se entre si e nunca se dão por satisfeitas, seguindo sempre em busca de algo que não sabem exatamente o que é.
Não há interação com outros personagens ou com as questões banais da vida. É uma egotrip que não permite avanço, que não encontra uma saída - o que é irônico, pois o maior medo dos quatro é justamente a paralisia, precisam estar sempre em movimento. Eles certamente assinariam embaixo: nenhuma pessoa é lugar de repouso.
Apesar dos diálogos divertidos, é um filme triste. Seco. Uma mirada microscópica sobre o que o terceiro milênio tem a nos oferecer: um amplo leque de opções sexuais e descompromisso total com a eternidade - nada foi feito pra durar. Quem não estiver feliz, é só fazer a mala e bater a porta. Relações mais honestas, mais práticas e mais excitantes. Deveria parecer o paraíso, mas o fato é que saímos do cinema com um gosto amargo na boca.
Com o tempo, nos tornamos pessoas maduras, aprendemos a lidar com as nossas perdas e já não temos tantas ilusões. Sabemos que não iremos encontrar uma pessoa que, sozinha, conseguirá corresponder 100% a todas as nossas expectativas sexuais, afetivas e intelectuais. Os que não se conformam com isso adotam o rodízio e aproveitam a vida. Que bom, que maravilha, então deveriam sofrer menos, não? O problema é que ninguém é tão maduro a ponto de abrir mão do que lhe restou de inocência. Ainda dói trocar o romantismo pelo ceticismo, ainda guardamos resquícios dos contos de fada. Mesmo a vida lá fora flertando descaradamente conosco, nos seduzindo com propostas tipo "leve dois, pague um", também nos parece tentadora a ideia de contrariar o verso de Duclós e encontrar alguém que acalme nossa histeria e nos faça interromper as buscas.
Não há nada de errado em curtir a mansidão de um relacionamento que já não é apaixonante, mas que oferece em troca a benção da intimidade e do silêncio compartilhado, sem ninguém mais precisar se preocupar em mentir ou dizer a verdade. Quando se está há muitos anos com a mesma pessoa, há grande chance de ela conhecer bem você, já não é preciso ficar explicando a todo instante suas contradições, seus motivos, seus desejos. Economiza-se muito em palavras, os gestos falam por si. Quer coisa melhor do que poder ficar quieto ao lado de alguém, sem que nenhum dos dois se atrapalhe com isso? Longas relações conseguem atravessar a fronteira do estranhamento, um vira pátria do outro. Amizade com sexo também é um jeito legítimo de se relacionar, mesmo não sendo bem encarado pelos caçadores de emoções. Não é pela ansiedade que se mede a grandeza de um sentimento. Sentar, ambos, de frente pra lua, havendo lua, ou de frente pra chuva, havendo chuva, e juntos fazerem um brinde com as taças, contenham elas vinho ou café, a isso chama-se trégua. Uma relação calma entre duas pessoas que, sem se preocuparem em ser modernos ou eternos, fizeram um do outro seu lugar de repouso. Preguiça de voltar à ativa? Muitas vezes, é. Mas também, vá saber, pode ser amor.
Martha Medeiros
segunda-feira, 25 de março de 2013
Papo Dispersivo sobre a Paixão...

As pessoas amam muito mais a expectativa do amor possível que o amor propriamente dito. Daí a intensidade dos impulsos bloqueados, impedidos de expansão e movimento na direção do objeto amado.
Os ‘‘grandes amores’’ da literatura são grandes não por serem amores, mas por serem impossíveis.
Os grandes amores da vida real só quem sente é que sabe. A impossibilidade de dimensionar um impulso afetivo carrega de energia a fantasia. E essa se encarrega de dar dimensão ao que o exercício da relação talvez tirasse.
Na paixão impossível só estão as projeções do que idealizamos, pretendemos ou não conseguimos viver em nosso cotidiano. Daí ser fácil entender sua força, sua obsessiva presença na cabeça dos enamorados. É por isso, aliás, que só é musa quem é inatingível.
Case-se com a sua musa e acordará com uma jararaca... Case-se com quem ama e será feliz.
Quer se ver livre de uma paixão colossal? Vá viver com a pessoa objeto da paixão (observem, por favor, que não estou usando a palavra amor). Aliás já está nos clássicos e mesmo antes deles, nos antigos, quando diziam que ‘‘A conquista enobrece e a posse avilta’’.
Ou como dizia Goethe: ‘‘Nas batalhas da paixão ganha aquele que foge’’.
Quantas vezes as relações humanas terminam ou se interrompem sem terem esgotado o potencial de possibilidades adivinhadas, intuídas, sentidas? Aí, o que não se esgotou clama por vir à tona e muitas vezes ameaça ocupar (e às vezes ocupa, efetivamente) todo o ‘ego’.
Não é por outra razão que o apaixonado é o maior dos egoístas. Ao dedicar tudo ao objeto da paixão, está é alimentando a própria necessidade seja de sofrimento, de idealização, de felicidade ou de fantasia.
Entupido de impossibilidade, ele clama. E a isso muitos chamam de amor.
Mas amor é coisa muito diversa.
Amor não clama nem reclama: amor dá.
Arthur da Távola
Arthur da Távola
domingo, 24 de março de 2013
Em que você está pensando?
A criação está sempre acontecendo. Toda vez que alguém tem um pensamento, ou uma forma intensa e prolongada de pensar, ele está no processo de criação. Algo se manifestará a partir desses pensamentos. O que você está pensando agora está criando sua vida futura. Você cria sua vida com seus pensamentos. Porque está sempre pensando, está sempre criando. Aquilo em que você mais pensa ou em que mais se concentra é o que vai se manifestar como sua vida. Como em todas as leis da natureza, nessa também a perfeição é absoluta. Você cria sua vida. Você colherá tudo o que semear! Seus pensamentos são sementes, e sua colheita dependerá do que plantar.
Se você se queixar, a lei da atração trará para sua vida mais situações sobre as quais se queixar. Se você ouve a queixa de outra pessoa e se concentra naquilo, se solidariza com a pessoa, concorda com ela, naquele momento você está atraindo para si mais situações sobre as quais se queixar.
Michael Bernard Beckwith, do livro ''O Segredo''
Um bom domingo a todos, cheio de pensamentos edificantes!
sábado, 23 de março de 2013
quinta-feira, 21 de março de 2013
quarta-feira, 20 de março de 2013
E amar, e mais amar...
''É preciso sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais amar, depois de ter amado...''
Guimarães Rosa
terça-feira, 19 de março de 2013
segunda-feira, 18 de março de 2013
A Prática de Gratidão...
Um belo artigo para pensar...
Talvez o exercício mais profundo no Budismo seja a prática de Gratidão. Imagine passar um dia inteiro agradecendo cada pessoa que encontra e cada acontecimento! Obrigada, obrigada, obrigada. Saio da cama e vejo que está chovendo lá fora – obrigada. Encontro o meu marido, sonolento, com a barba por fazer – obrigada. Preparo o café da manhã – obrigada. Como o pão de cada dia – obrigada. Entro no carro e dou partida no motor – obrigada. Um motorista apressado me fecha no trânsito – obrigada.
O quê? Vou agradecer o cara que me fecha no trânsito, quase causando um acidente? Sim! Vou agradecer! Talvez na hora nem consiga imaginar um motivo para ter gratidão – simplesmente vou fazer a minha prática de agradecer todas as pessoas e todos os acontecimentos.
Lembro me de quando iniciei a prática de Aikidô. No final das aulas, havia um exercício chamado “jiu-waza”, onde, um por um, os alunos tentam atacar o mestre e recebem as técnicas de defesa. O nosso professor honrava até os mais novos principiantes com a oportunidade de passar por este treinamento. No meu primeiro dia de aula, confesso que fiquei paralisada. Faltou coragem e não fui. No segundo dia, jurei para mim mesma que iria, custasse o que custasse – e fui. No final do exercício, tinha que fazer uma reverência e agradecer – em japonês – “arigatô gozaimashita”. Gente, que prática maravilhosa!
Entortava a língua com aquelas palavras estranhas que mal conseguia lembrar. E, de tanto medo que tive – medo de me entregar, de aceitar que alguém me jogasse ao chão, que me aremessasse para longe – gente, alguém vai achar que, no início, eu encontrava qualquer espírito de gratidão? É claro que não! Mas, o exercício era justamente isto – fazer uma reverência e agradecer. Dentes cerrados, entortava a língua e forçava aquelas palavras a saírem da minha boca. E aí que começou a operar-se um milagre!
Mesmo forçando o agradecimento, o simples ato de agradecer abria o meu coração, pouco-a-pouco. Até o meu subconsciente começou a ficar curioso para entender o que havia lá para agradecer, pois, inicialmente, só percebia o medo de ser machucado. Esta curiosidade me ajudou a observar melhor os outros colegas, quando iam para o “jiu-waza” – e perceber o prazer deles. Aos poucos, agradecendo cada exercício, comecei a perceber que o agradecimento vinha menos forçado. Começou a sair com facilidade. O “jiu-waza” em si começou a se tornar divertido! Aos poucos, o agradecimento começou a ser a partir do coração. Tinha descoberto o que havia ali para agradecer – e agradecia mesmo, do fundo do coração! Até hoje, sinto uma profunda gratidão por tudo que aprendi do meu mestre de Aikidô, tudo que aprendi com a prática de Aikidô.
Então, se, inicialmente, alguns de nossos agradecimentos possam sair forçados, a contra-gosto, mesmo assim, a Prática de Gratidão vai operar os seus milagres. Agradecendo, começamos a perceber mais e mais coisas a agradecer. Agradecendo, o coração se abre. Agradecendo, começamos a perceber o quanto temos para agradecer. Começamos a descobrir que até as situações difíceis têm um lado positivo a ser agradecido.
O motorista que me dá uma fechada no trânsito me dá uma oportunidade de treinar os meus reflexos e habilidade como motorista, também me dá uma oportunidade de treinar a minha compaixão com o exercício de me identificar com ele e com a pressa que o levou a me fechar. Oferece uma oportunidade de agradecer o Universo, o Sagrado, por ter me protegido, pelo fato de que houve um canto para eu encostar para escapar da fechada. Uma oportunidade de agradecer pelo fato que não aconteceu nada grave, de agradecer pela vida que tenho. De agradecer que tudo correu de tal forma que eu pudesse praticar a Generosidade e dar espaço para uma pessoa que, por algum motivo, estava com muito mais pressa do que eu.
A Prática de Gratidão faz parte da abertura do Coração de Compaixão. Mas, não é por isso que vamos nos fazer de capacho e deixar um agressor impune. É uma diferença de atitude, de postura interna que estamos desenvolvendo, mesmo que, às vezes, ações firmes se tornem necessárias. Mas podemos ter gratidão e compaixão até por um agressor – mesmo mandando ele preso, por exemplo – pois temos a oportunidade de nos fortalecer, enfrentando dificuldades. Lembro dos relatos dos monges tibetanos, exercitando o seu poder de compaixão enquanto passavam por torturas nas mãos dos chineses.
Não temos como negar que as pessoas que cultivam o Coração de Compaixão e a Gratidão são as pessoas mais felizes no mundo. Essa sabedoria milenar finalmente vem sendo provada cientificamente.
Como diz o Dhammapada: “Ódios nunca cessam pelo ódio nesse mundo; através somente do não-ódio eles cessam. Essa é uma lei eterna.”
Não é pela raiva que cessa a raiva – é somente pela não-raiva que a raiva cessa. E a Gratidão é um grande remédio para a “raiva” e “ódio” – uma grande parte da prática da “não-raiva”, do “não-ódio”.
Imagine passar não somente um dia inteiro agradecendo todas as pessoas e acontecimentos – imagine passar uma vida inteira agradecendo – banhando-se constantemente da energia da Gratidão e da Alegria de Viver! Um dia atrás de outro. Convido você a experimentar isto!
Que os méritos de nossa prática se estendam a todos os seres e que possamos todos nos tornar o caminho iluminado.
Gassho
Monja Isshin
Uma linda semana para você, cheia de gratidão e boas energias!
domingo, 17 de março de 2013
O que é sagrado?
''Há apenas quatro questões na vida. O que é sagrado? De que é feita a alma? O que vale a pena ser vivido e qual é o motivo pelo qual vale a pena morrer? A resposta é a mesma para todas: apenas o amor.''
Do filme: Don Juan de Marco
Bom domingo pessoal!
sábado, 16 de março de 2013
Para reflexão...
''Nós não vemos as coisas como elas são, as vemos como nós somos...''
Anaïs Nin
Bom sábado pessoal cheio de momentos agradáveis!
Bom sábado pessoal cheio de momentos agradáveis!
sexta-feira, 15 de março de 2013
quinta-feira, 14 de março de 2013
Entre a "dor" e o "nada", o que você prefere?
Não quero defender as relações falidas e que só fazem mal, nem estou sugerindo que as pessoas insistam em sentimentos que não são correspondidos, em relacionamentos que não são recíprocos, mas quero reafirmar a minha crença sobre o quanto considero válida a coragem de recomeçar, ainda que seja a mesma relação; a coragem de continuar acreditando, sobretudo porque a dor faz parte do amor, da vida, de qualquer processo de crescimento e evolução.
Pelas queixas que tenho ouvido, pelas atitudes que tenho visto, pela quantidade de pessoas depressivas que perambulam ocas pelo mundo, parece que temos escolhido muito mais vezes o “nada” do que a “dor”.
Quando você se perguntar “do que adianta amar, tentar, entregar-se, dar o melhor de mim, se depois vem a dor da separação, do abandono, da ingratidão?”, pense nisso: então você prefere a segurança fria e vazia das relações rasas? Então você prefere a vida sem intensidade, os passos sem a busca, os dias sem um desejo de amor? Você prefere o nada, simplesmente para não doer?
Não quero dizer que a dor seja fácil, mas pelo amor de Deus, que me venha a dor impagável do aprendizado que é viver. Que me venha a dor inevitável à qual as tentativas nos remetem. Que me venha logo, sempre e intensa, a dor do amor...
Prefiro o escuro da noite a nunca ter me extasiado com o brilho da Lua...
Prefiro o frio da chuva a nunca ter sentido o cheiro de terra molhada...
Prefiro o recolhimento cinza e solitário do inverno a nunca ter me sentido inebriada pela magia acolhedora do outono, encantada pela alegria colorida da primavera e seduzida pelo calor provocante do verão...
E nesta exata medida, prefiro a tristeza da partida a nunca ter me esparramado num abraço...
Prefiro o amargo sabor do “não” a nunca ter tido coragem de sair da dúvida...
Prefiro o eco ensurdecedor da saudade a nunca ter provado o impacto de um beijo forte e apaixonado... daqueles que recolocam todos os nossos hormônios no lugar!
Prefiro a angústia do erro a nunca ter arriscado...
Prefiro a decepção da ingratidão a nunca ter aberto meu coração...
Prefiro o medo de não ter meu amor correspondido a nunca ter amado ensandecidamente.
Prefiro a certeza desesperadora da morte a nunca ter tido a audácia de viver com toda a minha alma, com todo o meu coração, com tudo o que me for possível...
Enfim, prefiro a dor, mil vezes a dor, do que o nada...
Não há – de fato – algo mais terrível e verdadeiramente doloroso do que a negação de todas as possibilidades que antecedem o “nada”.
E já que a dor é o preço que se paga pela chance espetacular de existir, desejo que você ouse, que você pare de se defender o tempo todo e ame, dê o seu melhor, faça tudo o que estiver ao seu alcance, e quando achar que não dá mais, que não pode mais, respire fundo e comece tudo outra vez...
Porque você pode desistir de um caminho que não seja bom, mas nunca de caminhar...
Pode desistir de uma maneira equivocada de agir, mas nunca de ser você mesmo...
Pode desistir de um jeito falido de se relacionar, mas nunca de abrir seu coração...
Portanto, que venha o silêncio visceral que deixa cicatrizes em meu peito depois das desilusões e dos desencontros...Mas que eu nunca, jamais deixe de acreditar que daqui a pouco, depois de refeita e ainda mais predisposta a acertar, vou viver de novo, vou doer de novo e sobretudo, vou amar mais uma vez...e não somente uma pessoa, mas tudo o que for digno de ser amado!
Rosana Braga
www.rosanabraga.com.br Autora de 5 livros e DVDs de Treinamento, tais como ‘O Poder da Gentileza’, ‘Faça o Amor Valer a Pena’, 'Inteligência Afetiva – 2 volumes', entre outros.
www.rosanabraga.com.br Autora de 5 livros e DVDs de Treinamento, tais como ‘O Poder da Gentileza’, ‘Faça o Amor Valer a Pena’, 'Inteligência Afetiva – 2 volumes', entre outros.
Viva por você...
Não viva de aparências, elas mudam. Não viva de mentiras, elas são descobertas. Não viva pelos outros, viva por você.
Caio F. Abreu
quarta-feira, 13 de março de 2013
Embriague-se de poesia e virtude...
"É preciso estar sempre embriagado. Eis aí tudo: é a única questão. Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo que rompe os vossos ombros e vos inclina para o chão, é preciso embriagar-vos sem trégua.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa maneira. Mas embriagai-vos.
E se, alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre a grama verde de um precipício, na solidão morna do vosso quarto, vós acordardes, a embriaguez já diminuída ou desaparecida, perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que foge, a tudo que geme, a tudo que anda, a tudo que canta, a tudo que fala, perguntai que horas são; e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio, responder-vos-ão: 'É hora de embriagar-vos! Para não serdes os escravos martirizados do Tempo, embriagai-vos: embriagai-vos sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa maneira'."
Charles Baudelaire
Vocação...
Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir.
Clarice Lispector
terça-feira, 12 de março de 2013
Vai ser feliz...
''...Se arrisca mais, por você. Tenha coragem para dizer tudo que tens aí guardado. Seja forte para conseguir se manter calada perante alguns. Muda de rumo. Quando te mandarem ir por lá, vai pelo outro caminho. Ou vai apenas, pelo caminho do teu coração. Se você não aguentar mais fingir…Chore. Depois que você acabar de chorar, vai sentir-se mais leve. E então vai levantar a cabeça, lavar o rosto, pôr uma roupa bonita no corpo, um sorriso escandalosamente lindo no rosto e dizer que chega, que você vai é ser feliz. Eu sei, é assim mesmo. E vai funcionar! Não diga “nunca”, nunca. Irônico, não? Mas não diga. Porque essa vida é incrivelmente engraçada. Mais uma coisa. Você não pode ter medo que as pessoas te machuquem, viu. Porque as pessoas vão te machucar de vez em quando, até mesmo aqueles que você mais confia e admira. Não vão fazer por mal, mas somente porque são humanos. Cometemos erros ridículos com pessoas maravilhosas. Faz parte. Não esquece que cada um é cada um. Somos diferentes. Graças a Deus, somos. Vive um dia por vez, sem pressa e sem querer ser mais rápida que o tempo. E por favor, vai ser feliz, que tu ainda tem muito por viver.''
Do nosso... Caio F. Abreu
Do nosso... Caio F. Abreu
segunda-feira, 11 de março de 2013
domingo, 10 de março de 2013
Saudades...
"Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades. Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei. Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro, do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser. Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro. Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser. Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei! De quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer. Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito! Daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre. Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter. Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram. Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes, de casos, de experiências. Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer. Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar. Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar. Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade. Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que… não sei onde… para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi… Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades em japonês, em russo, em italiano, em inglês… mas que minha saudade, por eu ter nascido no Brasil, só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota. Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria, espontaneamente quando estamos desesperados… para contar dinheiro… fazer amor… declarar sentimentos fortes… seja lá em que lugar do mundo estejamos. Eu acredito que um simples “I miss you” ou seja lá como possamos traduzir saudade em outra língua, nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha. Talvez não exprima corretamente a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas. E é por isso que eu tenho mais saudades. Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes em que sinto este aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso, mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos. Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis. De que amamos muito o que tivemos e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência."
Saudades, de Clarice Lispector... maravilhosa escritora!
Bom domingo pessoal!
sábado, 9 de março de 2013
sexta-feira, 8 de março de 2013
Parabéns a todas as Mulheres!
Deixo aqui em homenagem ao nosso dia...
Mulher
Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher
Que ama incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher que sonha...
Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres que deveriam ser lembradas, amadas, admiradas todos os dias...
Feliz Dia Internacional da Mulher!
quinta-feira, 7 de março de 2013
EFT com Rita Hutchins...
A EFT - Emotional Freedom Techniques (Técnica de Libertação Emocional) – também pode ser chamada de “Acupuntura Emocional sem Agulhas”. A técnica se baseia em descobertas realizadas pelo Dr. Roger Callahan, PhD, psicólogo norte americano que também é estudioso de acupuntura e cinesiologia aplicada.
Uma técnica para liberar a carga negativa emocional escondida no seu subconsciente que impede você de alcançar seus sonhos, projetos e perfeita saúde mental, física e emocional.
Uma técnica para liberar a carga negativa emocional escondida no seu subconsciente que impede você de alcançar seus sonhos, projetos e perfeita saúde mental, física e emocional.
Nada é por acaso..."Quando o aluno está pronto, o professor aparece." - provérbio Budista.
Para mais informações... clique aqui!
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quarta-feira, 6 de março de 2013
Retirada...
Respeite o silêncio
a omissão,
a ausência.
É meu movimento de deserção.
Abandonei o posto,
rompi a corda,
desacreditei de tudo.
Cansei de esperar que finalmente um dia,
minha fotografia
fizesse jus ao seu criado-mudo.
Flora Figueiredo
terça-feira, 5 de março de 2013
Passa-se o tempo, passam-se milênios...
"Eu estava mexendo no violão,
comecei a fazer a melodia,
e a primeira coisa que apareceu foi exatamente cidade submersa,
isolada de tudo...
Porque cantarolando parecia cidade submersa,
parecia que a música queria dizer isso.
E eu tinha que ir atrás depois,
tinha que explicar essa cidade submersa,
tinha que criar uma história.
Aí eu coloquei esses escafandristas e esse amor adiado,
esse amor que fica pra sempre, né?
Essa ideia do amor que existe como algo que pode ser aproveitado mais tarde,
que não desperdiça. Passa-se o tempo, passam-se milênios,
e aquele amor vai ficar até debaixo d’água e vai ser usado por outras pessoas.
Amor que não foi utilizado. Porque não foi correspondido,
ele ficou ímpar,
pairando ali, esperando que alguém o apanhe e complete a sua função de amor."
Chico Buarque
Do livro "Histórias de Canções: Chico Buarque", de Wagner Homem
Ah Chico... encantador!