sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Carta para Alan. O que dizer a alguém que está com câncer?


Para Alan e para todos aqueles que estão passando por isso. Lembrem-se que tem gente no mundo que, mesmo que você não conheça, está zelando por você com muito amor.


Conversei esses dias com Josie e ela estava triste e preocupada com Alan, um bom amigo dela, que está com câncer. Não conheço esse seu amigo, mas senti a dor de minha amiga como se fosse minha. Quis fazer algo, quis ajudar, mas não sabia como. O que dizer a alguém que não conheço e que passa por um momento tão difícil? O que dizer a alguém que está com câncer? Penso que só posso dizer o mesmo que diria a ele se fôssemos bons amigos.
E assim o digo, ao bom amigo de minha boa amiga, que não conheço pessoalmente, mas que sinto como se conhecesse, na forma desta carta:

Querido Alan,

Imagino que sua vida não é mais a mesma, desde que você recebeu esse diagnóstico. O momento que atravessa com certeza não é fácil. Creio que eu, por estar distante e não lhe conhecer pessoalmente, não posso fazer muito, mas gostaria que soubesse que torço para que supere, o mais rápido possível, essa fase nada agradável de sua vida e gostaria também de partilhar com você essas minhas palavras, na esperança de que elas lhe possam ser úteis de alguma forma.
Peço-lhe que cuide bem de sua alimentação. Seu corpo vai precisar de toda energia disponível e essa energia vem principalmente do que você ingere. Nosso corpo cria novas células constantemente e essas células são praticamente feitas daquilo que comemos e bebemos. Penso que, independentemente do tratamento e do caminho escolhido, uma boa alimentação é a base de tudo. Seu corpo precisa de novas células saudáveis para combater células doentes. Talvez fosse bom você conversar com um(a) nutricionista, que analise seu caso e veja junto com você o que poderia lhe fazer bem e o que deveria evitar.
Outra coisa que eu recomendaria seria buscar um bom profissional na área de fitoterapia. Há muitos remédios naturais, a base de plantas, que podem ajudar, não substituindo, mas auxiliando o tratamento convencional, fortalecendo seu corpo, reequilibrando o organismo. Mas, por favor, nada de curandeiros milagrosos de esquina que prometem cura fácil! Deveria ser alguém que realmente entendesse do assunto e que trabalhasse junto com os médicos e não contra a medicina. Nessa área, a medicina tradicional chinesa é muito boa. Mas há outros profissionais excelentes. Teria que ver se tem algum perto.
Se você achar que esse seria um caminho bom para você, converse com quem está lhe tratando. Seria bom que os médicos soubessem e concordassem com qualquer tratamento paralelo, mas não creio que algum médico teria algo contra uma boa alimentação e fitoterapia por um bom profissional.
Uma coisa que gostaria de lhe pedir ainda é que não se isole, que não tente se mostrar mais forte do que é, que converse sobre seus medos e inseguranças, mas também sobre seus sonhos e esperanças, que se abra com pessoas próximas de você e de confiança. Nunca creia que você tem que enfrentar esta fase de sua vida sozinho.
Não se deixe desanimar. Busque fazer as coisas que lhe fazem bem, sempre dentro do possível, mas também não menos que isso, aproveitando a fundo cada momento bom. Isso ajuda o lado psíquico, pois não tem coisa pior que ficar triste num canto pensando na doença. Não perca o encanto, movimente-se, permaneça no fluxo da vida, pois é nessa direção que devemos ir. Peço-lhe que saia de casa sempre que der, vá se encontrar com pessoas legais, passeie em lugares que gosta, de preferência na natureza. E estar em movimento tem outra vantagem: fortalece seu corpo, o abastece com boas energias.
Pense em você nesta fase difícil de sua vida, seja “egoísta”, concentre-se em seu tratamento e dê prioridade a você mesmo. É um direito seu. “Probleminhas” de outras pessoas podem esperar.
Busque o contato consigo mesmo, com honestidade e abertura, e aproveite esse momento também para entender como tudo aqui é passageiro, como tudo e todos passam, como também nós passamos. Nossa presença aqui, como corpos, é finita e pode acabar a qualquer momento. Digo-lhe isso na esperança de que, apesar do medo e do sofrimento que sente, você consiga enxergar o quão libertador é perceber essa nossa temporariedade neste mundo, já que essa percepção é o antídoto contra o veneno do ego, que nos prende a tanta coisa sem real importância.
Quando olhar para trás, não se concentre no que foi feio, no que fez mal, mas sim nas coisas boas que viveu e conheceu, nas pessoas que lhe fizeram bem e o bem, nos encontros e nas experiências que lhe fizeram crescer, nos momentos em que você sorriu e se sentiu feliz.
Pensar no que foi bom nos enche de um sentimento que também é libertador e só nos faz bem: a gratidão. Quem, ao invés de fixar o olhar no que fez ou faz mal, prefere pensar no que foi ou é bom termina percebendo quanto motivos temos para ser gratos e quem é grato perde amargura e fica mais suave, o que diminui o estresse, o que termina sendo novamente bom também para o corpo.
Quem é grato sofre menos em momentos difíceis, mesmo nos muito difíceis. Se uma pessoa grata percebe que chegou sua hora de ir, ela sofre menos que alguém que não agradece à vida por ter vivido e prefere reclamar, atacar e fazer cobranças à vida por estar morrendo. Alguém que sente gratidão por sua vida irá partir com o sentimento de que valeu a pena. O ingrato irá se lamentando.
E se uma pessoa grata percebe que ainda não chegou sua hora, ela também aqui sofre menos, pois valorizará muito mais cada dia a viver, cuidará mais e melhor de si mesma, daquilo e daqueles que são realmente importantes. Já o ingrato é capaz de voltar para o mesmo ponto que estava antes, reclamando de tudo, sem ter aprendido nada e, assim, sofrendo mais.
Para terminar, gostaria de lhe dizer ainda que não perca nunca a esperança, pois tudo tem um sentido. Acredito que somos guiados (Por quem? Por algo/alguém que tem muitos nomes!) e que, se há um sentido, nada do que você está passando será em vão.
Bom, amigo de minha amiga, era isso que eu queria lhe dizer. Estamos juntos em pensamento. Fico aqui, torcendo por você!
Um forte abraço
Gustl Rosenkranz
Fonte: ContiOutra

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

"Perdoe-se se você errou, mas aprendeu. Se você feriu, mas em ti também doeu. Se você falhou, mas se arrependeu. Perdoe-se. É assim que a gente continua." (Marcel Camargo)


"É tempo de preparar a terra... Tempo de sem medo nem apego deixar que caiam todas as velhas folhas... Tempo de silêncio e trabalho interno e mais minucioso na alma.
Não, não é tempo de forçar o nascimento da flor é momento de dedicação e cuidado com a plantação... Tempo de preparar sem pressa a seiva que alimentará o broto que virá.
Tudo tem sua hora... Este é um tempo sagrado, de eleger as melhores sementes, de renovação da plantação, não de colheita... Esta é a nossa grande oportunidade de recolhimento para o aprimoramento e fortalecimento dos dias que acolherão as bênçãos e alegrias que virão."

Rita Maidana

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

''É preciso manter a alma grande para caber dentro de uma coragem...'' (Priscila Rôde)


“Seja generoso consigo, faça algo que te entusiasme, saia da estagnação que a culpa causa. Sinta gratidão por mais difícil que seja ser grato quando a dor se apresenta, o tédio se instala, a solidão se esparrama. Tudo, absolutamente tudo fará sentido e se resolverá daqui a pouco. Não espere que cuidem de você como gostaria de ser cuidado: dê-se afeto, faça-se um afago. Tantas vezes precisamos apenas de uma pequena mordomia emocional para que lembremos de quão merecedores somos da alegria. Instigue sua sede de vida. Desejo um sol aceso no peito.”

Marla de Queiroz

Trecho do Livro: TEM DIA QUE O CORAÇÃO PRENDE O DEDO NA PORTA
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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Os 21 hábitos das pessoas extremamente felizes...


Martin Seligman, o pai da psicologia positiva, teoriza que apesar de 60% da felicidade ser determinada pela genética e pelo ambiente os 40% restantes cabem a nós. Em sua palestra, Seligman descreveu três tipos de vidas felizes: a vida de prazeres, na qual você enche sua vida com quantos prazeres puder, a vida do envolvimento, em que você encontra a vida no trabalho, em ser pai, no amor e no lazer, e a vida que tem sentido, aquela que “consiste em saber quais são suas maiores forças e, também, em saber usá-las para servir e fazer parte de algo maior que você mesmo”.
Após explorar o que traz a satisfação definitiva, Seligman se disse surpreso. Buscar o prazer, determinaram as pesquisas, não contribui quase nada para a satisfação duradoura. O prazer é o “chantilly e a cereja” que dão um toque adocicado para as vidas baseadas na procura do sentido e do envolvimento.
Por mais que conceitos como sentido e envolvimento possam parecer grandiosos, as pessoas felizes têm hábitos que podem fazer parte do seu dia a dia e que podem compor o quadro total do êxtase. Pessoas felizes têm certas inclinações que ajudam na busca do sentido – e essas inclinações também funcionam como motivação.
1- Elas se cercam de pessoas felizes
A alegria é contagiosa. Os pesquisadores do Estudo do Coração de Framingham, que investigaram a propagação da felicidade ao longo de 20 anos, descobriram que aqueles que estão cercados por pessoas felizes “têm chance maior de felicidade no futuro”. É um motivo mais que suficiente para se livrar dos amigos depressivos e passar mais tempo com gente otimista.
2- Elas não sorriem sem motivo
Mesmo que você não se sinta tão disposto, cultivar pensamentos felizes – e sorrir por causa deles – pode contribuir para sua felicidade e fazer de você uma pessoa mais produtiva, de acordo com um estudo publicado no Academy of Management Journal. É importante sorrir genuinamente: o estudo revelou que fingir um sorriso quando suas emoções, na verdade, são negativas pode piorar seu humor, em vez de melhorá-lo.
3- Elas têm o poder de se recuperar
De acordo com o psicólogo Peter Kramer, o oposto da depressão não é a felicidade, mas sim a resiliência, ou seja, a capacidade de se recuperar. Pessoas felizes sabem se levantar depois de um fracasso. A resiliência é como uma camada de espuma amortecedora para as inevitáveis dificuldades que nós humanos vamos enfrentar. Como diz o provérbio japonês: “Caia sete vezes e levante oito”.
4- Elas tentam ser felizes
Isso mesmo – é simples assim: simplesmente tentar ser feliz pode melhorar seu bem-estar emocional, de acordo com dois estudos recém-publicados no Journal of Positive Psychology. Aqueles que tentam ativamente se sentir felizes relatam os maiores níveis de humor positivo, uma defesa do argumento que diz que você pode ser feliz se tiver pensamentos felizes.
5- Elas estão atentas às coisas boas
É importante comemorar as grandes conquistas, aquelas que exigem muito esforço, mas as pessoas felizes também dão atenção às vitórias menores. “Quando prestamos atenção às coisas que dão certo, temos várias recompensas ao longo do dia”, disse Susan Weinschenk ao Huffington Post. “Isso ajuda a melhorar nosso humor.” E, como explica Frank Ghinassi, estar atento às coisas que dão certo (mesmo que seja simplesmente o fato de terem servido o café como você gosta) ajuda a ter uma sensação de conquista ao longo do dia.
6- Elas apreciam os pequenos prazeres
Um sorvete de casquinha com uma espiral perfeita. Um cachorro feliz da vida. As pessoas felizes conseguem apreciar esse tipo de prazer cotidiano. Encontrar sentido nas pequenas coisas e serem gratos por tudo o que eles de fato têm, por acharem que está associado à ideia geral de felicidade.
7- Elas dedicam parte de seu tempo para doações
Mesmo que o dia tenha só 24 horas, pessoas positivas usam parte desse tempo para fazer bem a outras, o que, em contrapartida, faz bem a elas mesmas. Uma pesquisa de longo prazo chamada American’s Changing Lives encontrou vários benefícios ligados ao altruísmo: “O trabalho voluntário faz bem para a saúde física e mental. Pessoas de todas as idades que fazem trabalho voluntário são mais felizes e têm saúde melhor e menos depressão”, relatou Peggy Thoits, líder de um dos estudos.
Essas pessoas também experimentam o que os pesquisadores chamam de “o barato de ajudar”, um estado eufórico observado nas pessoas envolvidas em atos de caridade. “É um ‘barato’ literal, como aquele induzido por drogas”, escreve Christine L. Carter. “O ato de fazer uma doação financeira ativa o centro de recompensas no nosso cérebro responsável pela euforia mediada pela dopamina.”
8- Elas se permitem perder a noção do tempo (e às vezes sem querer)
Quando você está imerso numa atividade que é ao mesmo tempo desafiadora, revigorante e significativa, você está experimentando um estado mental chamado de “fluidez”. Pessoas felizes buscam esse “entusiasmo” ou “empolgação”, o que diminui a inibição e promove sensações associadas ao sucesso. Como explicado em Pursuit-of-happiness.org, “para que haja ‘fluidez’ é preciso encarar a atividade como voluntária e prazerosa (intrinsicamente motivadora), e ela também tem de exigir habilidade e ser desafiadora (mas não muito), com um objetivo final claro”.
9- Elas trocam o bate-papo por conversas mais profundas
Nada errado com aquele papo de vez em quando, mas sentar para conversar sobre as coisas que importam é importante para curtir a vida. Um estudo publicado na Psychological Science revelou que aqueles que conversam profundamente em vez de ficar batendo papo se sentem mais satisfeitos.
“Queria ter tido a coragem de dizer o que sentia” é um dos cinco principais arrependimento de quem está morrendo – um sentimento que indica que talvez desejemos ter passado menos tempo falando da chuva e mais tempo falando do que realmente nos toca.
10- Elas gastam dinheiro com outras pessoas
Talvez o dinheiro compre felicidade. Um estudo publicado na Science apontou que investir o dinheiro em outras pessoas tem mais impacto na felicidade que gastar consigo mesmo.
11- Elas fazem questão de ouvir
“Ouvir desenvolve a capacidade de absorver conhecimento em vez de bloquear o mundo com suas próprias palavras ou sua mente distraída”, escreve David Mezzapelle, autor de Contagious Optimism (otimismo contagioso, em tradução livre). “Você também demonstra confiança e respeito pelos outros. Conhecimento e confiança são provas de que você é seguro e positivo e, portanto, irradia energia positiva.” Saber ouvir é uma qualidade que reforça os relacionamentos e leva a experiências mais satisfatórias. Um bom ouvinte pode sair de uma conversa sentindo que sua presença serviu para alguma coisa, uma experiência que está relacionada ao bem-estar.
12- Elas preferem conexões pessoais
Mandar um SMS ou uma mensagem de Facebook para seus amigos é rápido e conveniente. Mas gastar dinheiro numa passagem para ver sua pessoa predileta do outro lado do país tem peso quando se trata do seu bem-estar. “Há uma necessidade profunda do senso de ‘participação’ que vem das interações pessoais com amigos”, diz John Cacciopo, diretor do Centro de Neurociência Social e Cognitiva da Universidade de Chicago. As mídias sociais, por mais que nos mantenham em contato, não nos permitem o contato físico, o que ajuda a controlar a ansiedade.
13- Elas olham para o lado bom
O otimismo melhora a sua saúde de várias maneiras, incluindo a redução do estresse, a tolerância à dor e a longevidade para aqueles com problemas de coração. Se você escolher olhar para o lado bom das coisas, também estará escolhendo a saúde e a felicidade.
Seligman resumiu o que talvez seja a principal característica dos otimistas em seu livro mais elogiado, Learned Optimism (aprendendo o otimismo, em tradução livre):
A característica que define os pessimistas é que eles tendem a acreditar que as coisas ruins vão durar muito tempo, vão minar tudo aquilo que eles fazem, e é tudo culpa deles. Os otimistas, quando confrontados com os mesmos problemas, pensam da maneira oposta. Eles tendem a acreditar que a derrota é só um retrocesso temporário e que as causas estão confinadas àquele caso em particular. O otimista acredita que a derrota não é culpa sua: as circunstâncias, o azar ou outras pessoas têm culpa. Essas pessoas não se abalam com derrotas. Confrontadas com problemas, elas os encaram como desafios e tentam de novo, com mais empenho.
14- Elas gostam de uma boa seleção musical
A música tem poder. Tanto que ela pode se comparar às massagens no quesito reduzir ansiedade. Em um período de três meses, o Instituto de Pesquisa de Saúde Grupal descobriu que pacientes que simplesmente ouviam música tinham uma redução nos níveis de ansiedade iguais àqueles que recebiam dez massagens de uma hora. Escolher as músicas certas é um fator importante, entretanto. Músicas tristes ou felizes podem afetar como vemos o mundo. Em um experimento, os participantes tinham de identificar rostos tristes ou felizes enquanto ouviam música, e eram grandes as chances de que eles escolhessem rostos que combinassem com a música.
15- Elas se desplugam
Seja meditando, respirando fundo longe do computador ou deliberadamente se desconectando dos eletrônicos, desligar-se do nosso mundo hiperconectado tem vantagens comprovadas no que diz respeito à felicidade. Falar ao celular pode aumentar sua pressão arterial e seu nível de estresse. Ficar horas a fio diante de uma tela está ligado à depressão e à fadiga. A tecnologia não vai desaparecer, mas uma desintoxicação digital dá ao seu cérebro a oportunidade de se recuperar e se recarregar– e, mais que isso, isso pode aumentar sua resiliência.
16- Elas olham para o lado espiritual
Estudos apontam uma ligação entre práticas religiosas e espirituais e jovialidade. Para começar, hábitos importantes para a felicidade costumam ser valorizados na maior parte das convenções espirituais: expressar gratidão, compaixão e caridade. E fazer as perguntas que importam ajuda a dar contexto e significado para as nossas vidas. Um estudo de 2009 aponta que crianças que achavam que suas vidas tinham um propósito (promovido por conexões espirituais) eram mais felizes.
A espiritualidade oferece aquilo a que o sociólogo Émile Durkheim se referiu como “tempo sagrado”, um ritual de desconexão que leva a momentos de reflexão e calma. Como escreve Ellen L. Idler em The Psychological and Physical Benefits of Spiritual/Religious Practices (os benefícios psicológicos e físicos das práticas espirituais/religiosas, em tradução livre):
O tempo sagrado significa um tempo longe do “tempo profano” no qual levamos a maior parte das nossas vidas. Um período diário de meditação, a prática semanal de acender as velas do shabat, ou ir a cultos ou missas, ou um retiro anual num lugar isolado, quieto e solitário: todos são exemplos de garantir um tempo longe da correria das nossas vidas cotidianas. Períodos de descanso e folga do trabalho e das demandas do dia a dia ajudam a reduzir o estresse, fator primordial nas doenças crônicas que ainda são a principal causa de morte na sociedade ocidental. Experiências transcedentais religiosas e espirituais têm efeito positivo, restaurador e curativo, especialmente se são “embutidas”, por assim dizer, no nosso ciclo de vida diário, semanal, sazonal e anual.
17- Elas priorizam o exercício
Um sábio, mas fictício, estudante da Faculdade de Direito de Harvard disse certa vez: “Exercício gera endorfinas. Endorfinas te fazem feliz.” Já se demonstrou que as endorfinas aliviam sintomas de depressão, ansiedade e estresse, graças aos vários químicos cerebrais que são liberados para amplificar as sensações de felicidade e relaxamento. Além disso, um estudo publicado pelo Journal of Health Psychology indica que o exercício melhora a percepção que as pessoas têm do próprio corpo – mesmo que elas não tenham perdido peso ou tido qualquer tipo de melhora aparente.
18- Elas gostam do ar livre
Quer se sentir vivo? Uma dose de 20 minutos de ar fresco significa uma sensação de vitalidade, segundo vários estudos publicados no Journal of Environmental Psychology. “A natureza é o combustível da alma”, diz Richard Ryan, autor principal de vários dos estudos. “Quando nos sentimos com pouca energia muitas vezes tomamos um café, mas as pesquisas sugerem que o contato com a natureza é muito mais eficaz.” E, mesmo que todo mundo prefira o café quente, é melhor tomar nossa dose de ar livre em temperatura morna: um estudo sobre o clima e a felicidade indicou que a temperatura ótima para a felicidade é 13,8 graus.
19- Elas passam tempo na cama
Acordar com o pé esquerdo não é um mito. Quando faltam horas de sono, provavelmente falta também clareza e sobram bom humor e decisões erradas. “Uma boa noite de sono pode ajudar e muito a reduzir a ansiedade”, disse Raymond Jean, diretor de medicina do sono e diretor-associado de cuidados críticos do hospital St-Luke’s-Roosevelt, ao Health.com. “Um bom sono traz estabilidade emocional.
20- Elas gargalham
Você já ouviu essa: a gargalhada é o melhor remédio. Se você estiver tristonho, pode ser verdade. Uma boa risada libera químicos no cérebro que, além de dar aquele barato, nos preparam melhor para tolerar a dor e o estresse. E você pode até trocar um dia na academia por uma sessão de piadas (talvez). “A resposta do corpo a repetidas risadas é similar à dos exercícios”, diz Lee Berk, líder de um estudo de 2010 focado no efeito das risadas no corpo. O mesmo estudo aponta que certos benefícios dos exercícios, como um sistema imune saudável, apetite controlado e bons índices de colesterol, podem ser alcançados com gargalhadas.
21- Elas dão passadas largas
Acordar com o pé esquerdo não é um mito. Quando faltam horas de sono, provavelmente falta também clareza e sobram bom humor e decisões erradas. “Uma boa noite de sono pode ajudar e muito a reduzir a ansiedade”, disse Raymond Jean, diretor de medicina do sono e diretor-associado de cuidados críticos do hospital St-Luke’s-Roosevelt, ao Health.com. “Um bom sono traz estabilidade emocional.”
Já reparou quando alguns amigos estão andando nas nuvens? Tem tudo a ver com a caminhada, segundo uma pesquisa conduzida por Sara Snodgrass, uma psicóloga da Florida Atlantic University. No experimento, Snodgrass pediu que os participantes do estudo caminhassem por três minutos. Metade deles tinha de dar passadas longas, mexendo os braços e mantendo a cabeça levantada. Eles relataram estar mais felizes depois do passeio que o outro grupo, que deu passadas curtas, olhando para o chão.
Fonte: Kate Bratskeir, via Huffington Post

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Nova semana, novos sonhos, novas metas, velha missão: ser feliz e estar em paz! ♥


A pessoa não se torna iluminada por imaginar figuras de luz, mas por se tornar consciente da própria escuridão." 

Carl Gustav Jung

Parabéns aos colegas de profissão e um feliz Dia do Psicólogo! ♥




domingo, 26 de agosto de 2018

"Tenho de viver já, senão esqueço-me."(Mia Couto) Um feliz domingo!



Tenho pressa. Só consigo prometer o agora. Talvez, amanhã a casa esteja bagunçada. Talvez a cama não esteja arrumada. Talvez chova. Talvez molhe e a gente não suporte a friagem. Talvez amanhã as palavras estejam velhas. Talvez não dê tempo. Talvez não tenhamos sorte amanhã. Hoje não. Hoje, estou preparada. Hoje, tive tempo para organizar os sentimentos aqui dentro. Hoje, conservo as lembranças. Hoje, ainda existe a poesia. Hoje, conservo o frescor dos desejos. Tem que ser hoje, pois ainda somos. 

Ita Portugal

sábado, 25 de agosto de 2018

Viva por aquelas pequenas coisas que te fazem se sentir vivo."


"Viva por aquelas pequenas coisas que te fazem se sentir vivo. Alguém me disse certa vez... Por alvoreceres às 5h da manhã e entardeceres às 5h da tarde. Viva pelo prazer da estrada. Pelos passeios de bicicleta com uma música na cabeça e o vento no rosto. Por tomar banho de chuva. Por suas canções e livros preferidos. Pelos sorrisos sem motivo. Viva por aquelas longas conversas acompanhadas de uma taça de vinho ou uma xícara de chá. Pelos momentos de descanso depois de um dia difícil. Viva pelas aventuras noturnas e pelas estrelas. Ah, as estrelas! Viva pelo primeiro beijo, pelos passeios no fim de tarde, pelos novos amigos. Viva pelos pequenos presentes e por aquele tão esperado “SIM”. Viva por aquelas pequenas coisas que te fazem se sentir vivo."

Via: Incrível

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

"Estou com sede de mudanças, mas não quero arrastar os móveis nem desentortar os quadros. Quero desabitar meus hábitos." (Marla de Queiroz)


"Pelo dia que chega...
Pelas novas oportunidades que virão.
Pela chance de dar e receber amor.
Pelos que chegam sorrindo.
Pelo jeito simples de ver a vida.
Pela leveza na alma.
Pelo poder de escolha.
Pelas lições que auxiliam.
Por todo o bem que me cerca.
Pela proteção do alto.
Gratidão!"
Rita Maidana

terça-feira, 21 de agosto de 2018

O verdadeiro patrimônio: um texto sobre o que realmente importa...

Um jovem advogado foi indicado para inventariar os pertences de um senhor recém falecido. Segundo o relatório do seguro social, o idoso não tinha herdeiros ou parentes vivos. Suas posses eram muito simples. O apartamento alugado, um carro velho, móveis baratos e roupas puídas. “Como alguém passa toda a vida e termina só com isso?”, pensou o advogado. Anotou todos os dados e ia deixando a residência quando notou um porta-retratos sobre um criado mudo.
Na foto estava o velho morto. Ainda era jovem, sorridente, ao fundo um mar muito verde e uma praia repleta de coqueiros. À caneta escrito bem de leve no canto superior da imagem lia-se “sul da Tailândia”. Surpreso, o advogado abriu a gaveta do criado e encontrou um álbum repleto de fotografias. Lá estava o senhor, em diversos momentos da vida, em fotos em todo canto do mundo.
Em um tango na Argentina, na frente do Muro de Berlim, em um tuk tuk no Vietnã, sobre um camelo com as pirâmides ao fundo, tomando vinho em frente ao Coliseu, entre muitas outras. Na última página do álbum um mapa, quase todos os países do planeta marcados com um asterisco vermelho, indicando por onde o velho tinha passado. Escrito à mão no meio do Oceano Pacífico uma pequena poesia:
Não construí nada que me possam roubar.
Não há nada que eu possa perder.
Nada que eu possa tocar,
Nada que se possa vender.
Eu que decidi viajar,
Eu que escolhi conhecer,
Nada tenho a deixar
Porque aprendi a viver.
Abraço!
Pedro Schmaus
Fonte: Sedentário & Hiperativo

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

"Usufruir sempre o presente da maneira mais serena possível: isso é sabedoria de vida." Arthur Schopenhauer


Sabedoria de Vida é Usufruir o Presente...
Não permitir a manifestação de grande júbilo ou grande lamento em relação a qualquer acontecimento, uma vez que a mutabilidade de todas as coisas pode transformá-lo completamente de um instante para o outro; em vez disso, usufruir sempre o presente da maneira mais serena possível: isso é sabedoria de vida. Em geral, porém, fazemos o contrário: planos e preocupações com o futuro ou também a saudade do passado ocupam-nos de modo tão contínuo e duradouro, que o presente quase sempre perde a sua importância e é negligenciado; no entanto, somento o presente é seguro, enquanto o futuro e mesmo o passado quase sempre são diferentes daquilo que pensamos. Sendo assim, iludimo-nos uma vida inteira.
 Onde fica, portanto, o espaço para a nossa felicidade?
Arthur Schopenhauer, in “A Arte de Ser Feliz”

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

“Quando não souber o que fazer, não faça nada: a resposta está na quietude mental”

Buda e seus discípulos empreenderam uma longa jornada durante a qual atravessariam diferentes cidades. Em certo dia muito quente, eles avistaram um lago e pararam, sitiados pela sede. Buda perguntou ao seu discípulo mais jovem, famoso por sua natureza impaciente.
– Tenho sede. Você pode me trazer um pouco de água daquele lago?
O discípulo foi até o lago, mas quando chegou, viu que, naquele momento, um carro de boi passava por ele. Como resultado, a água ficou muito turva. O discípulo pensou: “Não posso dar ao professor essa água barrenta para beber”.
Então ele voltou e disse a Buda:
– A água no lago é muito lamacenta. Eu não acho que possamos beber”.
Depois de meia hora, Buda pediu ao mesmo discípulo para voltar ao lago e trazer água para beber. O discípulo retornou ao lago.
No entanto, para seu espanto, ele descobriu que a água ainda estava suja. Ele retornou e disse a Buda, desta vez com um tom conclusivo:
– A água daquele lago não pode ser bebida, é melhor caminharmos até a vila para que os aldeões possam nos dar uma bebida.
Buda não respondeu, mas ele também não se mexeu. Depois de um tempo, ele pediu novamente ao discípulo que retornasse ao lago e lhe trouxesse água.
O discípulo foi para o lago porque não queria desafiar seu mestre, mas ficou furioso por tê-lo enviado para o lago, quando ele já sabia que a água barrenta não podia ser bebida.
No entanto, quando chegou, a água era cristalina. Então ele pegou um pouco e levou para Buda.
Buda olhou para a água e então disse ao seu discípulo:
– O que você fez para limpar a água?
O discípulo não entendeu a pergunta, ficou evidente que ele não havia feito nada. Buda explicou a ele:
– Espere e deixe tudo tomar o seu devido lugar. Depois de um tempo, a lama se instala sozinha e você tem água limpa. Sua mente também é assim! Quando estiver preocupado, perturbado, você apenas tem que deixar as coisas acontecerem. Dê-lhe algum tempo. Não seja impaciente e você encontrará o equilíbrio por si só. Você não precisa fazer nenhum esforço para acalmá-la. Tudo vai acontecer se você não se apegar.
Mente de macaco: a mente impaciente cercada por preocupações
Os budistas referem-se à nossa mente com a palavra xinyuan, um termo que pode ser traduzido literalmente como ” mente de macaco ” e que significa “não resolvido, inquieto, caprichoso, inconstante, confuso, indeciso ou incontrolável”.
Para o budismo, nossa mente é como um macaco pulando de galho em galho, sempre inquieto e confuso. Nós saltamos continuamente de um pensamento para outro pensamento, da preocupação para a preocupação, até que estamos em um estado de turbulência, confusão e exaustão.
Quando adicionamos emoções a essa mente imbuída de uma atividade frenética, temos todos os ingredientes para formar uma “tempestade perfeita” que nos levará a tomar decisões erradas. Nesses casos, é melhor esperar.
Quando você não sabe o que fazer, quando está confuso demais para tomar uma decisão, o ideal é que você não faça nada, espere e dê tempo ao tempo. Se você se deixar levar pela impaciência, frustração, opressão ou preocupações, é provável que acabe tomando uma decisão ruim da qual se arrependerá mais tarde.
Aquilo que acalma a mente, para o budismo, é equivalente, no campo da psicologia, a um distanciamento emocional do problema que atormenta sua mente. O objetivo é encontrar a serenidade mental essencial para analisar os múltiplos aspectos do problema.
Na prática, em vez de pressa para a ação, ou da inação preocupada, com o pensamento incessante de que “precisamos fazer algo urgentemente,” devemos fazer exatamente o oposto: serenar as água da nossa mente e esperar o tempo que for necessário para que vejamos a solução.
Fonte: Rincon Psicologia