"É que tem dias que eu não quero muita coisa. Quero o silêncio da minha mente... Quero desaprender a ter pressa. Quero aprender o som do sossego. Quero existir, mas sem elaborar muito. Deixar a essência florescer. Quero caminhar com o tempo e não vencê-lo. Quero andar com o mar. Quero mergulhar sem me afogar... Quero viver a cidade. Quero entender a saudade... Quero existir, conduzir quem eu sou e aprender comigo mesma. Quero os cacos como aprendizados, mas nunca carregá-los. Quero o abraço, o contato, a palavra. Quero o que fica depois de um conselho. Quero um fone pra dois em uma estrada sem rumo. Quero a surpresa da chegada e a incerteza das despedidas. Quero a minha cara retratada ao perceber que tudo que eu desejo, em parte, já está em mim. Quero o amanhã sem esquecer o hoje...''