
Já as pessoas que estão com sobrepeso têm um tecido cerebral 4% menor, o que faz com que seus cérebros envelheçam em 8 anos. O resultado da pesquisa, baseada nas tomografias de 94 pessoas em torno de 70 anos, representa “uma degeneração cerebral severa” em quem tem problemas com o peso, segundo o autor do estudo Paul Thompson, professor de neurologia da UCLA.
“Uma grande perda de tecido cerebral esgota suas reservas cognitivas, o que aumenta muito o risco de adquirir Alzheimer ou outros tipos de demência”, explica Thompson. “Mas é possível diminuir consideravelmente esse risco se as pessoas se alimentarem de forma saudável e mantiverem o peso sob controle”.
A obesidade ainda provoca outros problemas sérios de saúde, como doenças no coração, diabetes tipo 2, hipertensão e alguns tipos de câncer. Alguns estudos ainda ligam a obesidade à redução da atividade sexual.
Mais de 300 milhões de pessoas estão classificadas como obesas em todo o mundo, segundo o mais recente levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS). A perda de tecido cerebral nelas ocorre, sobretudo nos lóbulos frontais e temporais - áreas do cérebro que controlam a memória -, no hipocampo, que controla a memória de longo prazo, no giro do cíngulo, responsável pela atenção, e no gânglio basal, região que controla os movimentos.
A obesidade é medida com base no cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). A conta consiste em dividir seu peso pela sua altura ao quadrado. O resultado ideal está na faixa entre 18,5 e 25. Pessoas acima de 25 são consideradas com sobrepeso e acima de 30, obesas.