Olá meus amores, tudo bem com vocês? Eu espero que sim.
Gente quando pensamos em sofrimento, qual é a situação que vem na cabeça? Geralmente, algum acontecimento que desencadeou aquilo. E a base estrutural para você passar por isso de forma leve ou intensa, vai depender da sua autoestima, da sua autonomia emocional, da sua autenticidade, e como são seus relacionamentos em termos de apegos - vínculos afetivos. Por isso, que eu ando trazendo esses temas bem relevantes para você ter clareza e poder fazer uma análise sobre seus comportamentos, emoções e sentimentos. Na sua visão, há ciclos que se repetem na sua vida? Se sim, chegou a hora de refletir sobre esses assuntos. Muitos traumas levam a procrastinação, autossabotagem, invalidação, sentimentos de insegurança, medo, tristeza, vergonha, culpa, angústia e ansiedade. E esse papo não é para você se sentir culpado ou com raiva de alguém, aconteceu tudo o que poderia ter acontecido, pela sua forma de pensar ou agir ou enxergar a situação daquela forma. Nada de se autopunir ou tentar achar culpados para o seu trauma… combinado? Chegou o momento de tirar o poder das mãos de outras pessoas, pois se você se sente a vítima ou o agressor dessa situação, você não está sendo humano consigo mesmo, então, saia desses extremos e fique na posição de que você não tinha a visão, nem a maturidade e nem a consciência que você tem hoje, por isso cometeu erros. Simples assim.
Agora olhe para frente, tente melhorar e ir em busca da sua própria cura emocional e mental. Quer um conselho sincero? Perdoe-se e perdoe os outros também. Quando falo de perdão não significa voltar a conviver com a pessoa. Não, pois dependendo de alguns casos, isso seria humanamente impossível. O perdão é uma das experiências mais profundas e libertadoras que existem, mas também uma das mais mal compreendidas. Perdoar não é esquecer, nem aprovar, nem voltar a confiar. Perdoar é soltar o peso que está te ferindo por dentro.
Muitos podem até questionar: “Cristiane, porque perdoar é tão difícil?” Porque há feridas. E feridas exigem acolhimento antes de poderem ser soltas. Muitas vezes, você ainda precisa: reconhecer a dor sem minimizar (“foi grave, sim”). Sentir a raiva, a mágoa ou a tristeza com segurança e se permitir chorar pelo o que aconteceu. E muitas vezes restaurar a própria dignidade e o senso de valor, antes de poder abrir mão do ressentimento.
Por onde eu posso começar? Aceitando a dor, não reprimindo e muito menos resistindo ou negando. Aceite que dói… Acolha a sua dor, antes de tentar soltar… Você não precisa perdoar de imediato.
Primeiro, valide o que sentiu: “Foi injusto.” “Doeu.” “Eu não merecia aquilo”. “O que fizeram comigo, eu não teria coragem de fazer com ninguém.”
Vai entrando em contato com os seus sentimentos… às vezes dói muito mesmo. Mas isso também não significa que o sentimento de amor não exista mais, às vezes está lá, soterrado ainda em algum escombro, isso acontece em casos de traição. A pessoa foi traída, mas segue amando ainda, por que o amor verdadeiro e incondicional que muitos sentem não é definido por trocas ou conveniências, ou comportamentos aceitáveis, ele perpassa essas condições… não há nada que o outro faça de errado, mesmo assim, o amor continua lá… intacto. Deixaram de confiar e provavelmente, nunca mais serão as mesmas pessoas de antes, mas o amor continua, mas o relacionamento acabou. Isso é mais comum, do que se possa imaginar. Porque perdoar não é retomar laços com quem te feriu. Você pode perdoar sem manter contato, sem reaproximar, sem esquecer. “Eu te perdoo, mas me afasto para me proteger.” Também, é perdão. E se a pessoa deu outras chances e tudo voltou a se repetir…
Pratique o perdão interno, inclusive a si mesma. Às vezes, o que você mais precisa é se perdoar por ter tolerado, aceitado, se calado ou ficado mais uma vez. “Eu fiz o melhor que podia com o que sabia.” “Agora, eu escolho me tratar com gentileza.”
Não há nada de errado perdoar e querer dar mais uma chance. O problema é quando você já deu várias chances, e a pessoa repete os mesmos argumentos e comportamentos inapropriados. Então, eu tenho que te dizer, o problema deixa de ser o outro, e passa a ser você, que é tolerante demais. Tudo nessa vida tem um limite.
Perdoar é um processo, não acontece de um dia para o outro, e tudo bem. É como ir soltando, camada por camada, a dor que ficou presa em você. Nunca invalide a sua dor e aprenda a dar nome aos seus sentimentos para você ter mais autoconsciência do que está sentindo, pois muitos, nem sabem o que sentem… por exemplo: mágoa, raiva, tristeza, dor, culpa, vergonha, decepção… Nomeie o seu sentimento.
Entenda o que o outro não pôde te dar. Isso não justifica o que fizeram, mas te ajuda a sair do papel de vítima. Muitas vezes, o outro não soube amar, cuidar, ser honesto ou respeitar, e isso tem a ver com as limitações dele(a), não com o seu valor. Entenda que: o que ele(a) fez fala sobre ele(a). O que eu faço com isso agora, fala sobre mim. E está tudo bem, não vamos julgar.
O perdão é uma escolha, às vezes diária. Você pode começar dizendo:“Hoje, eu dou um passo para soltar essa dor. Eu estou pronta para deixar isso ir, devagar, no meu tempo.”
Se perdoe também! Você pode ter se calado, tolerado demais, acreditado em promessas que nunca aconteceram e ter se decepcionado profundamente. E as mágoas ainda continuam lá. Solta vai!
E para finalizar…
Aqui está um texto acolhedor sobre o perdão…
Para seu amor… o próprio! ❤️
Eu posso perdoar e, ao mesmo tempo, me afastar para me proteger. Isso chama-se autocuidado.
Se estiver muito difícil para você perdoar… busque ajuda especializada, ou grupos de apoio, meditação, faça algo para se sentir bem. Eu sei que você vai conseguir! ❣️Acredite!
A escrita terapêutica, também pode te ajudar, é uma das ferramentas mais poderosas para curar feridas emocionais, entender seus sentimentos e transformar o que está preso dentro de você em consciência e liberdade. Ela não exige talento. Só verdade. Só presença. Só você.
Vou ficando por aqui meus amores! Gratidão! Fiquem com Deus! Uma abençoada tarde para todos! 🫶🏻