''Eu estava mexendo no violão, começando a fazer a melodia, e a primeira imagem que apareceu foi exatamente esta: uma cidade submersa, isolada de tudo. Porque, cantarolando, parecia que a música queria dizer isso. Eu tinha que ir atrás da explicação dessa cidade submersa. Aí eu coloquei os escafandristas, e surgiu a história de um amor adiado, um amor que fica para sempre. Essa ideia do amor como algo que pode ser aproveitado mais tarde, que não se desperdiça. Passa-se o tempo, passam-se milênios, e aquele amor ficará até debaixo d’água. Um amor que vai ser usado por outras pessoas, um amor que não foi utilizado porque não foi correspondido, e então ele fica ímpar, pairando…Esperando que alguém o apanhe e complete a sua função de amor.'' (Chico Buarque)
Ele diferencia o amor da paixão no momento em que diz ”não se afobe não que nada é pra já”, se há amor, esse é verdadeiro, incondicional, imutável e até mesmo transcendental, ele não tem pressa, pode esperar anos pra acontecer porque sendo amor não se acaba nem definha! A função do amor, é amar, não importa onde ele esteja, ele será amor em qualquer lugar. A música relata a história de dois amantes, dois namorados, que por algum motivo terminaram o relacionamento, mas o amor, continuou. Chico trata de dar características humanas a esse sentimento, dizendo que o amor não tem necessidades imediatas, não tem pressa e pode muito bem esperar. Ele é tão grande, tão verdadeiro, que consegue ficar calado dentro do peito, dentro do armário, esperando em silêncio nas cartas que ainda não foram entregues, para cumprir a sua função de amar. E mesmo mudo, ele permanece presente e no ar, mostrando que embora calado, ainda existe. Mesmo que o tempo passe, que a cidade onde esses amantes se conheceram se torne uma cidade submersa, uma cidade perdida, o amor permanecerá lá, firme e intocável e se por acaso, alguém que não ama tentar entender este sentimento, tentar transpô-lo em palavras, não irá conseguir. Nem os sábios, vão saber decifrar o eco daquele sentimento, porque é preciso amor para sentir as cartas, os retratos, os poemas. Quando amamos algumas vezes contamos mentiras e Chico trata de dizer, que apenas os apaixonados, os amantes, conseguirão entender tais mentiras, sem paixão, fica impossível. Na última estrofe e a minha preferida, fica claro o quanto o amor verdadeiro não muda com o passar dos anos. Ao dizer que “amores serão sempre amáveis”. Chico dá um tapa de sentimento e poesia, porque de uma maneira sensacional, ele consegue nos dizer que não importa o que aconteceu, o que separou, o que levou ao fim o relacionamento, aquela pessoa que amamos, sempre nos trará sensações amáveis, mesmo com o fim de um relacionamento, aquele amor verdadeiro, sempre será bonito. Como se já não fosse suficientemente lindo e poético, nosso mestre entra em efervescência e conclui: “Futuros amantes, quiçá se amarão sem saber, com o amor que eu um dia deixei pra você.”, e podemos entender facilmente que Chico expõe a função do amor. Mesmo depois de anos, de milênios, de silêncio, aqueles amantes que terminaram, mas que houve um sentimento verdadeiro podem ficar tranquilos, pois o amor que viveu nos dois, irá encontrar outros amantes para cumprir a sua função de amar.
Ele diferencia o amor da paixão no momento em que diz ”não se afobe não que nada é pra já”, se há amor, esse é verdadeiro, incondicional, imutável e até mesmo transcendental, ele não tem pressa, pode esperar anos pra acontecer porque sendo amor não se acaba nem definha! A função do amor, é amar, não importa onde ele esteja, ele será amor em qualquer lugar. A música relata a história de dois amantes, dois namorados, que por algum motivo terminaram o relacionamento, mas o amor, continuou. Chico trata de dar características humanas a esse sentimento, dizendo que o amor não tem necessidades imediatas, não tem pressa e pode muito bem esperar. Ele é tão grande, tão verdadeiro, que consegue ficar calado dentro do peito, dentro do armário, esperando em silêncio nas cartas que ainda não foram entregues, para cumprir a sua função de amar. E mesmo mudo, ele permanece presente e no ar, mostrando que embora calado, ainda existe. Mesmo que o tempo passe, que a cidade onde esses amantes se conheceram se torne uma cidade submersa, uma cidade perdida, o amor permanecerá lá, firme e intocável e se por acaso, alguém que não ama tentar entender este sentimento, tentar transpô-lo em palavras, não irá conseguir. Nem os sábios, vão saber decifrar o eco daquele sentimento, porque é preciso amor para sentir as cartas, os retratos, os poemas. Quando amamos algumas vezes contamos mentiras e Chico trata de dizer, que apenas os apaixonados, os amantes, conseguirão entender tais mentiras, sem paixão, fica impossível. Na última estrofe e a minha preferida, fica claro o quanto o amor verdadeiro não muda com o passar dos anos. Ao dizer que “amores serão sempre amáveis”. Chico dá um tapa de sentimento e poesia, porque de uma maneira sensacional, ele consegue nos dizer que não importa o que aconteceu, o que separou, o que levou ao fim o relacionamento, aquela pessoa que amamos, sempre nos trará sensações amáveis, mesmo com o fim de um relacionamento, aquele amor verdadeiro, sempre será bonito. Como se já não fosse suficientemente lindo e poético, nosso mestre entra em efervescência e conclui: “Futuros amantes, quiçá se amarão sem saber, com o amor que eu um dia deixei pra você.”, e podemos entender facilmente que Chico expõe a função do amor. Mesmo depois de anos, de milênios, de silêncio, aqueles amantes que terminaram, mas que houve um sentimento verdadeiro podem ficar tranquilos, pois o amor que viveu nos dois, irá encontrar outros amantes para cumprir a sua função de amar.