É curioso que a gente passe a ser mais feliz quando deixamos de procurar pela felicidade e passamos a nos preocupar mais em sermos nós mesmos, a desacelerar o passo, a estar mais no presente e a valorizar as conexões verdadeiras, principalmente a conexão que temos com o nosso próprio coração.
A gente passa a ser mais feliz - ou a ter mais paz - quando a gente entende que felicidade não é questão de ser alegre o tempo todo, e sim de não se forçar a isso.
Buscamos tanto um estado pleno de felicidade que boa parte das nossas angústias são por acreditar que falhamos nesse objetivo. Que não somos felizes o suficiente, que não estamos atingindo a meta, que na corrida por ser feliz todos estão a nossa frente. Ninguém é feliz o tempo todo, e nem precisa ser. Há momentos felizes, e outros nem tanto. Precisamos aprender a acolher todos os nossos processos: nossas dores, angústias, tristezas, dúvidas, paixões, euforias e alegrias. Nossos medos e nossa ousadia. Cada estado faz parte da nossa vivência, tem um sentido de ser, e algo a nos passar.
Quando gerenciamos as nossas emoções com carinho e acolhimento, baixando as nossas cobranças, abandonando o jogo das competições do mundo, valorizando o que realmente tem sentido e significado para nós, nossa vida vai ganhando um novo sentido, e passa a ser uma deliciosa jornada de autodescoberta, onde cada passo do caminho e cada situação que nos chega é algo mágico e divino.
A vida não é sobre ter algo, ou sobre chegar a algum lugar. É sobre se cuidar, sobre ser fiel a si, sobre estar aberto as vivências, sobre aprender, sobre nem sempre buscar um sentido, é sobre sentir e simplesmente se permitir SER!
Alexandro Gruber