Muitas coisas influenciam o modo como cada pessoa enxerga a vida. Não existe uma única causa, é sempre um conjunto de fatores internos e externos. Entre os principais, estão: história pessoal, biologia, cultura, emoções, relações, crenças, experiências, personalidade e propósito. É como um mosaico, nenhuma peça explica tudo sozinha.
Experiências de vida: Tudo o que alguém vive, sucesso, perdas, traumas, apoios, oportunidades, molda a forma como interpreta o mundo. Duas pessoas podem reagir de maneira oposta à mesma situação dependendo do que já viveram.
Personalidade: traços como introversão/extroversão, sensibilidade emocional, impulsividade ou racionalidade influenciam a maneira de perceber, sentir e responder aos acontecimentos.
Cultura e ambiente: país, família, valores sociais, religião, amigos, normas culturais e até o período histórico em que a pessoa vive, afetam o que ela considera importante, certo ou errado, seguro ou ameaçador.
Biologia e cérebro: genética, hormônios, funcionamento do sistema nervoso e até diferenças individuais na percepção sensorial moldam o modo como cada um sente emoções e processa informações.
Educação e conhecimento: o nível de escolaridade, acesso à informação e a diversidade de ideias expande ou limita perspectivas. Novos conhecimentos podem mudar a forma de interpretar a realidade.
Crenças e valores: as crenças sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o mundo, sejam conscientes ou não, influenciam decisões, expectativas e julgamentos.
Estado emocional e saúde mental: ansiedade, depressão, estresse ou bem-estar alteram radicalmente a forma como alguém vê a vida. Um mesmo evento parece gigante ou simples dependendo do estado emocional.
Relações e conexões: as pessoas ao redor, família, amores, amigos, colegas, influenciam diretamente a forma de ver o mundo, seja oferecendo apoio, crítica, afeto ou conflito.
Propósito e interesses: o que a pessoa valoriza, suas metas e o que dá sentido à sua vida afetam sua perspectiva. Alguém guiado pela arte enxerga o mundo diferente de alguém guiado pela lógica ou pela racionalidade.
Experiências dolorosas podem levar à hipervigilância, ao medo ou ao pessimismo. Enquanto que, experiências de apoio criam confiança, esperança e abertura para o novo.
Duas pessoas em um mesmo evento podem ver coisas completamente diferentes porque estão “lendo” a situação através de mapas internos que foram construídos ao longo de décadas. É como se cada um tivesse lentes emocionais únicas moldadas pela própria história. Por exemplo: pessoas sensíveis percebem nuances emocionais. Racionais priorizam lógica e coerência. Introvertidos observam mais antes de agir ou falar. Extrovertidos veem a vida pelo prisma da interação. Não é uma escolha, é o modo básico de processamento do mundo. É como se cada pessoa tivesse um software interno com configurações diferentes. Percebe agora, como somos únicos e complexos? Por isso, é necessário não julgar ninguém. Cada um com suas lentes e visão de mundo. Mas posso dizer uma coisa: dá para melhorar, com vontade, terapia e desenvolvimento pessoal, que posso chamar também de autoconhecimento, regulação emocional, criar novos hábitos, ter relações mais saudáveis e que gerem bem-estar, grupos sociais variados para ter novos aprendizados, além de viajar, conhecer novas culturas e perspectivas de vida, autocompaixão, meditação, desenvolvimento de novos conhecimentos, experiências e propósitos, entre outros.
Nossas relações moldam nossa imagem de mundo e de nós mesmos. Relações abusivas criam medo, desvalor, tristeza e desconfiança. Relações seguras criam coragem, amor e abertura. Relações nutritivas estimulam crescimento, amor, paz de espírito e autoconfiança. O outro é um espelho que ajuda (ou atrapalha) como enxergamos a vida. Escolha com sabedoria seus relacionamentos e interações. 😉😘
