A existência é um sopro na eternidade. Um não sei quê de aventuras e desventuras. Um dia o coração aperta de alegrias. Noutro aperta de saudades. Nesse descompasso entre a efemeridade da vida e o desejo por mais tempo, somos tragados por ilusões bobas e desperdícios intensos de energia. Poucos sabem existir além do óbvio, do previsível, do comum. Mas a vida não negocia. Acontece. Quanto mais consciência tivermos sobre essa realidade absoluta e incorruptível, maior será a intensidade da entrega em cada instante respirado. Os ponteiros do relógio marcam as horas. As emoções bem vividas esculpem a vida.
Lígia Guerra