Olá meus queridos, bom dia. Hoje vou responder um e-mail aqui, assim vocês podem aprender algo e entender algumas questões, mas é claro que vou resumir bastante a história, mas espero que todos compreendam que cada um irá lidar com suas próprias emoções pelas experiências que aprenderam na infância, pois os pensamentos, sentimentos, emoções e comportamentos foram criados nessa fase, através das nossas vivências com nossos pais, irmãos, avós, amigos, professores… etc., e não é a minha intenção entrar nesses detalhes aqui, senão esta postagem ficará imensa. Também quero esclarecer que seria necessário fazer uma terapia para entender mais a questão…
Você acabou de sair de um relacionamento e viu a pessoa seguindo em frente rapidamente? Você não disse quem terminou com quem no e-mail. Mas vamos lá… Eu entendo que isso é devastador para você. Eu sei, mas calma. Vou te explicar algo para que você entenda. É como se você sentisse que a pessoa nunca tenha te amado, certo? Errado! As pessoas sofrem, mas de formas diferentes. Processam os sofrimentos conforme foram criadas. Umas serão mais emocionais, outras mais racionais, mas isso não significa que não estejam sofrendo. Sofrem de um jeito sem transparecer, pois aprenderam ou tiveram que lidar com os seus próprios sentimentos dessa maneira que vem lá de suas infâncias. Isso é até uma forma de se protegerem emocionalmente. Uma coisa que eu quero entender melhor. Vocês terminaram e por que a pessoa não pode seguir em frente? Qual é o problema? Todos têm o direito de seguir suas vidas. Ou você acha que as pessoas precisam ficar estagnadas, chorando eternamente por causa de um relacionamento que não deu certo? Cuidado com o egoísmo, apego e posse! Um alerta aqui para você! Todos têm o direito de recomeçarem as suas vidas, quando quiserem!
Essa ansiedade é natural, eu sei, sabe por quê?
Enquanto você sofre com o apego emocional, a outra pessoa está sofrendo do mesmo jeito, só que com o apego evitativo. Ou seja, vai fazer de tudo para te esquecer rapidamente, para não sofrer novamente e vai evitar todas as situações que tragam sofrimento e dor, principalmente se foi você quem resolveu dar um basta nisso tudo. É certo? É errado? Dentro das terapias, não existe certo nem errado, existe o que é possível. Não há verdades absolutas. E espero que você entenda isso. Os dois sofrem, mas de maneiras distintas. Um parou totalmente a vida. O outro “aparentemente” continuou. Nos dois casos, há sofrimento, mas resolvem os conflitos internos completamente diferentes. Porque são pessoas completamente únicas e singulares, o que é muito normal. Que vocês parem de julgar uns aos outros por causa disso. E aqui eu não estou falando de nenhum transtorno de personalidade, estou falando de pessoas com problemas emocionais. Quero deixar muito claro isso aqui, (pois quem apresenta o Transtorno de Personalidade Narcisista, Borderline, Histriônica ou Antissocial) não se encaixa nesse texto. Aqui estou falando de pessoas sem nenhum transtorno psicológico.
Então vamos lá, voltando aqui… Uns vão sofrer e todo mundo do seu convívio vai ficar sabendo, já outros, estarão sofrendo, mas calados, não vão demonstrar para os outros, só para os mais próximos... E, nesse caso aqui, ambos saberão tirar lições preciosas desse sofrimento, pois nada é em vão. Tudo vem para o crescimento, o amadurecimento emocional e a expansão de consciência. É um processo necessário… viver, elaborar a dor, o luto da separação desses quase cinco anos juntos, (para quem não sabe, toda separação é uma forma de luto), se houve amor sincero, haverá dor e toda dor precisa ser elaborada e ressignificada. O que isso quer dizer? Que precisa ser olhada de um outro jeito, analisada, aceita e não negada e nem negligenciada, ou seja, toda dor precisa ser enfrentada. Cada um terá um tempo para se curar e voltar a ser feliz. Aqui não cabe julgamento, pois cada pessoa sabe a delícia e a dor de ser o que é. Quanto mais consciência da dor e souber enfrentá-la e aceitá-la, mais forte a pessoa se torna. Pode demorar um pouco, mas a cura vem. Freud dizia: “Não escolhemos o outro ao acaso. Escolhemos aqueles que já existem em nosso inconsciente.” É fundamental olhar para a dor com aceitação, amor, resignação, coragem, paciência e querer resolvê-la, solucioná-la e isso demanda tempo. Não se cobre tanto. Tenha calma com você mesmo e com esse processo. E procure terapia se achar necessário, principalmente se esses padrões de comportamento estão se repetindo na sua vida.
Acredite, você vai sofrer, vai doer agora… mas com o tempo tudo passa. E se não passar, é porque tem algo que você precisa resolver aí dentro de você mesmo, olhar com mais calma, não fugir, não negar e sim, aceitar… Se perdoar! Fale com você mesmo, como falaria com alguém que ama. E aprenda a perdoar os outros também, porque cada um está fazendo o melhor que pode, do jeito que sabe. Entenda que ser assertivo na vida, nem sempre é acertar. É fazer o que é possível. Como o relacionamento já acabou, é hora de focar no que você aprendeu com tudo isso, o que você aprendeu de bom com a pessoa que você se relacionou, priorizar a sua cura e você; para não repetir os mesmos erros nos próximos relacionamentos e principalmente, não “sangrar” em quem nunca te feriu. Será que você consegue? É, não projetar nos outros os seus traumas e bloqueios. Chore o que tiver que chorar, aceite a dor, o luto da separação e dê a volta por cima, quando puder. O segredo é focar apenas no que foi bom. E eu entendo que isso demanda tempo e às vezes, muito tempo. Viva os seus processos com calma, é preciso passar por todas as estações para florescer de novo! E tenta sair, se divertir, encontrar os amigos e vai ocupar a sua mente com coisas boas. Gratidão pela sua confiança. Espero ter ajudado de alguma forma. Tudo vai se ajeitar dentro de você, tenha fé. Como diz a música: “Não se afobe não, que nada é pra já…”
Isso daqui não é terapia, é apenas um bate papo. Terapia é algo mais complexo, a terapia seria você saber quais são as suas necessidades básicas (temos 7 no total), identificá-las, aprender a satisfazê-las, além de desconstruir tudo o que você pensa que é a seu respeito, para ir em busca do que realmente você é; que foi construído lá na nossa infância e muitas vezes, de uma maneira distorcida, esse é um dos pilares da terapia.
Aprender a olhar, ver e aceitar-se com amor incondicional, aprender a SER… mais presente, mais consciente, congruente com as emoções, pensamentos, sentimentos, palavras e ações, isso é fundamental nesse processo. Você vai conseguir, confia!
Um ótimo domingo! 😘
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“Quando as águas serenarem, você vai enxergar as estrelas e a lua espelhadas em teu ser.” (Rumi)