Boa tarde meus amores! Essa postagem vai dar o que falar, já estou até sentindo o zum-zum-zum... rs, pois já quero chegar para desmistificar uma palavrinha que chama-se superação, essa qualidade que todo mundo adora, quando sai de uma dor dilacerante, e usa, para dizer que superou tal coisa. ''Isso, eu já superei''. Só que tem coisas na vida que são insuperáveis... vi uma entrevista da Cissa Guimarães outro dia, onde ela falava de sua dor, da perda de seu filho, não vou dizer aqui 'in totum', o que ela disse, mas fiquei concordando com ela, a morte de um filho, por exemplo, a qual ela passou, é insuperável, nesses casos, não existe essa de superação. Essa palavra superação é muito linda na teoria, na prática, é muito diferente. Há coisas nas nossas vidas que vamos achar que superamos, mas talvez não superaremos, nunca. E cada um vai saber onde se machucou mais, onde sofreu mais. Por isso, é fundamental olharmos para dentro de nós mesmos, e é só dentro, que estão todas as nossas respostas.
É ilusão acharmos que somos completos, porque não somos. Precisamos abraçar e aceitar a nossa incompletude; e deixar de achar que um dia seremos completos se tivermos isso ou aquilo, viver essa vida ou aquela, pois isso é uma ilusão. E digo mais, não é porque as pessoas estão casadas ou namorando alguém, que nunca mais na vida vão se sentir sozinhas, porque isso não é a realidade... e não tem nenhuma relação com crise existencial aqui... é que somos humanos e teremos sim momentos de solidão, onde estaremos sozinhos tentando resolver nossos processos intrínsecos inacabados. É só isso, nós precisaremos fazer isso para não projetarmos nossas frustrações no outro. Simples assim. Entendendo que tudo tem uma dualidade (um lado bom e um lado ruim) e isso faz parte da nossa individuação. Nós precisamos desse tempo de solitude para melhorar alguns aspectos da nossa individualidade aqui e ali, enxergar as coisas por um outro prisma, mudar alguns paradigmas, crenças limitantes, mas essa incompletude sempre nos acompanhará, talvez não hoje, mas em algum momento da vida, ela irá bater na sua porta, porque faz parte do ser humano. Não somos bem resolvidos, se fôssemos, não teríamos nascido aqui nesse planeta escola, chamado Terra. Por isso, olhe para a sua sombra (a sombra é aquilo que você verdadeiramente é, mas não quer mostrar para as outras pessoas ou não quer enxergar em si mesmo), aceite suas limitações, contradições, defeitos, prisões mentais, bloqueios, medos, saiba analisar tudo o que te acontece de maneira mais humana e positiva, e entenda que tudo é perfeito do jeito que está. A vida é feita de altos e baixos, haverá construções, demolições e reconstruções incessantes, quando se trata de processos psíquicos. Às vezes, estaremos num poço fundo e escuro, outras vezes num labirinto sem saída, mas tenha certeza que você encontrará a paz e a luz do sol de novo, porém, algum tempo depois, vai se deparar com gatilhos que virão à tona, quando você nem esperar, relembrando traumas e dores do passado para te tirar o sono novamente. Isso, é a sua sombra te convidando para você parar de negar algo, revisitar situações que ainda te machucam, para assumir suas próprias vulnerabilidades, olhar bem para elas, analisar todo o cenário e perceber o que ainda não foi curado… e que precisa de cura. A sombra vem para você integrá-la e aceitá-la, para que você caia em si... exemplo: ''sim, eu sou isso mesmo, eu me aceito profunda e completamente assim desse jeito - vulnerável e humano''... Essa tomada de consciência precisa acontecer, mas antes disso tudo, virá a dor, virá o choro, virá o desespero e será você com você, você por você. Tem coisas que ninguém poderá fazer por nós, por mais que nos amem incondicionalmente. Esse processo chama-se individuação, (é o sofrimento te chamando novamente para o realinhamento do ego e do self); e é um processo individual e intransferível. Será você sozinho no seu quarto, ou na sua sala ou numa sessão de terapia, não importa o contexto, e não adianta querer fugir. Não é esse o caminho, será necessário elaborar alguns lutos, perdas, dissabores, desafios, traumas que a vida nos impõe. Por isso, que vou repetir somos uma eterna incompletude e precisamos prestar atenção em nossos “amortecedores emocionais” que tem a função de nos amortecer momentaneamente, a evitar as nossas dores, como os nossos vícios mais preponderantes… excessos na comida, bebida, compras, jogos, sexo, internet, trabalho, etc. Esse é um enfrentamento inadiável. E cada um saberá onde o sapato aperta mais.
Muitas vezes, nem são coisas dessa vida, são muitas de vidas passadas que precisamos entender, ressignificar… passar pelos mesmos traumas, acontecimentos e situações para curar, aceitar, e se possível, não repetir os mesmos erros do passado, (quem já fez regressão de vidas passadas, vai entender, eu já fiz algumas sessões, muitos anos atrás, pois é, tive que lidar com 4 encarnações, e 2 delas, me impactaram muito). E hoje eu posso dizer com exatidão, que não foi nada agradável, é uma dor dilacerante, que ficou na minha alma, (acho que não estava preparada para o choque/trauma tão forte), eu fiz mesmo, porque na época, a minha terapeuta insistiu muito. Por isso, que estou falando aqui de coisas insuperáveis, eu vi coisas que fiz, que talvez não venha superar. Porém, aprendi que lição não aprendida em outras vidas, é lição repetida (não necessariamente agora, mas em alguma época da nossa existência). Tudo vai depender da espiritualidade, achar que você já está preparado para levar outro tranco agora, e se já aprendeu, não precisará passar por isso de novo.
Eu não tenho vergonha nenhuma de dizer isso aqui e também não tenho medo do julgamento das pessoas, até porque, um julgamento não me define em nada, só revela quem a outra pessoa é. Por isso que eu disse que essa postagem iria causar um zum-zum-zum: Numa vida passada minha, eu era um homem, e a minha esposa, cometeu suicídio, eu não aguentei, passou um tempo, eu enlouqueci com a falta dela, ficava vagando pelas ruas, conversando sozinho, e anos depois eu me joguei de um penhasco. O que eu aprendi com todas essas vidas pregressas minhas, foi... não voltar a praticar os mesmos erros. Ela se suicidou por minha culpa, eu era viciado em jogo e álcool, e perdi a casa numa aposta de jogo, ficamos sem teto para morar, com os 4 filhos... enfim. Hoje eu sei que terapia de vidas passadas, não é para qualquer um. Numa outra vida, eu era uma jovem mulher, casada com 6 filhos, e o meu marido foi para a guerra lutar e eu criei as crianças sozinha, até elas crescerem, e todas as noites eu me sentava perto da janela e ficava olhando lá fora, esperando por ele e foi assim, até a minha morte (ele nunca mais voltou, mas dentro de mim ele estava mais vivo do que nunca). Ufa! Meu corpo inteiro começa a doer... volta tudo. Eu poderia ficar aqui falando, falando, mas duas vidas por hoje, já está bom... (não é fácil reviver isso, vem uma dor incalculável). Então, relembrando aqui, todas as minhas 4 vidas passadas, 2 delas, tem em comum o sentimento de perda, luto, abandono e rejeição... é essa uma das minhas ''provas de fogo'', saber lidar com essas questões da melhor e mais elevada maneira possível. Aceitar a finitude da vida, aceitar o abandono, aceitar as perdas, aceitar o luto, com muita calma e equilíbrio. E não sucumbir aos vícios. Quando eu relembro essas vidas passadas, eu choro sim que nem criança, pô, eu vivi tudo isso... foram minhas vidas, (aqui eu só estou contando fragmentos, alguns pedacinhos de memórias, mas me lembro de alguns lugares, (e um dia, eu quero visitar esses lugares), foi legal a experiência, apesar da dor... Não fiquem preocupados comigo, eu não vou cometer nenhum desatino... jamais, isso foi muitos séculos atrás, está fora de cogitação. Essas memórias vieram à tona naquela época de regressão, para eu me curar. Eu estou bem hoje e consciente das minhas fraquezas e faço de tudo para agir e pensar diferente e não sucumbir aos mesmos erros.
Eu quero mesmo é sair dessa Roda de Samsara (que é essa roda de encarnações repetidas infinitamente, que só cessa, quando você aprender a lição necessária e não cair nos mesmos erros novamente). Descortinar o véu de Maya (ou seja, parar de viver nas ilusões do ego e se enxergar como verdadeiramente é, um ser eterno). E qual é o objetivo disso tudo, afinal? Tornarmos seres humanos melhores, mais equilibrados, amorosos, empáticos, para expandirmos a nossa consciência, através das nossas virtudes mais profundas e inatas. E se precisarmos passar pelos mesmos desafios, que seja com mais fé, resiliência, sem negação e resistências, com coragem, amor, perdão, entendimento e esperança... buscando o nosso lado luz e não o nosso lado sombra, que habita em nós. Que venham à tona as nossas melhores qualidades e não as piores possíveis. Já parou para pensar: Quem é você? O que veio fazer aqui? Qual é o seu propósito? O que veio aprimorar? Quais são seus maiores medos? Quais são seus dons e virtudes? O que você está negando para si próprio? Quem você precisa perdoar? Enfim, essa lista do autoconhecimento é interminável.
Portanto, só olhando, aceitando e integrando a nossa sombra que encontraremos a nossa luz. ✨''Ah, Cristiane, eu nunca fiz regressão de vidas passadas e nunca farei''... E está tudo bem, não é essa a minha intenção aqui. Compartilhar isso com vocês me deixou mais leve, fazia tempo que eu queria desabafar, só isso. Nós não podemos adivinhar o que acontecerá amanhã, mas saibamos ser mais amorosos, equilibrados e pacíficos hoje. Façamos a nossa parte da melhor maneira possível e sejamos honestos, verdadeiros conosco e com os outros e mais conscientes. Uma boa jornada de transformação para todos nós, é o meu desejo. Que Deus nos abençoe, proteja, guie e nos fortaleça.
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