
“Eu sou do mato, sou da brisa. Sou da relva, da montanha, da água, dos pés descalços, do simples, do café quentinho no bule, do olhar pela janela. Do dia amanhecer com a canção dos pássaros, da prosa leve, da pipa no céu, do sorriso da criança… Sou das árvores, das flores, de colher a fruta no pé, do animal de estimação, da amizade gratuita, do amor comprometido, do bilhetinho, de mãos dadas... Do vestidinho leve, do chinelo no pé. Sou do tempo em que o amor fazia a festa. Sou da fase da fidelidade, do poema livre da gramática, mas preso à sensibilidade. Sou do tempo da paz, sou tal como diz a canção: “Por tanto amor, por tanta emoção a vida me fez assim...” Desculpa-me mundo, mas sou do tempo da inocência, dos sonhos e da alegria.”