Amor de vidas passadas
O amor de vidas passadas é assim: imagine que você está numa montanha russa. No início está cheio de expectativa, achando que foi a melhor escolha entre todas, a experiência vai ser incrível! De tantas diversões que tem o parque, esta é com certeza a que lhe vai trazer as maiores sensações. Que vai fazer com que as suas emoções fiquem quentes, e encha o seu corpo de adrenalina. Que mesmo que seja muito forte, você vai terminar a viagem completamente revigorado e com aquela sensação inexplicável de que valeu a pena.
Quando o carrinho da montanha russa começa a subir, você percebe que a coisa é mais complexa do que parecia no início. Mais complexa e mais profunda. A subida é imensa, você começa a ver toda a vista dos arredores, uma vista magnífica! A sensação de estar lá no alto, de ser o rei do mundo é incrível! Parece que a implacável lei “tudo o que sobe tem que descer” não se aplica aqui, e que esta sensação de uplifting nunca vai terminar.
Mas essa sensação dura pouco. Logo logo você começa a perceber que a coisa estabilizou e que uma grande descida vem por aí. São pequenos toques, pequenos estremecimentos no caminho que denotam que aquele delírio bom tinha os seus dias contados. Até que em determinado momento, do nada, aparece a descida. Mas é uma senhora descida! “Eu nem tinha percebido que tinha subido tanto!” “Havia assim tanto para descer?”
O amor de vidas passadas é exatamente assim. No início tudo é maravilhoso.
A sensação de proximidade, de intimidade estabelece-se num instante. A sensação de voltar para casa, de que alguém finalmente nos entende, é mágica. Mas normalmente dura pouco. Este relacionamento vai do 8 ao 80 num piscar de olhos. Logo começam as discussões, os ciúmes, o controle e o apego. Parece que já namoram há séculos - o que não deixa de ser uma verdade. A queda da montanha russa faz-se de uma forma abrupta. Até dramática.
Pela rapidez em que o processo se dá, a desilusão é enorme. Muita tristeza. Às vezes até rompimento. Mas a viagem na diversão mais procurada do parque está longe de ter acabado.
Logo a seguir à descida do carrinho, quando os ânimos estão no seu limite, quando o cortisol corre nas veias que estão agora exclusivamente dedicadas a gerir o stress, apresenta-se, subitamente, uma nova subida.
É quando o casal cai em si. Percebe que a vida sem o outro não faz sentido, aquela subida foi tão fantástica, porque não nos dedicamos a viver de subidas, e encerramos o capítulo das descidas abruptas. É nesta hora que cabe o “meu Deus, o que fui fazer”, “desculpa meu amor”, “ eu não vivo sem você” e assim por diante.
E a montanha russa faz jus ao seu nome e voltamos a subir.
Para, inevitavelmente, voltar a descer logo ali à frente.
A diferença entre uma montanha russa e um amor de vidas passadas, é que enquanto a primeira, apesar de intensa, termina em alguns minutos, o segundo pode demorar anos. Pode durar uma vida. E pode esgotar os recursos emocionais dos envolvidos se não for compreendido, corrigido e otimizado.
Regressão: Amor de outras vidas
Mas o que é, então, um amor de outras vidas? Como o próprio nome diz, é uma memória de um amor lá de trás. Um amor que numa vida passada até pode ter corrido bem, mas que na maior parte das vezes acabou mal.
Imagine que numa vida passada - um casal muito apaixonado descobre que ela tem uma doença incurável.
Ela morre. Ele fica o resto da vida prostrado, e acaba morrendo muitos anos depois com uma tristeza sem fim.
Nesta vida quando se conhecem logo acontece o flash! Assim que se encontram a ligação é fortíssima. Conversam como se se conhecessem desde que o tempo foi inventado. As saudades são tantas... Querem estar sempre juntos, o apego é enorme. Imagine que ela lá atrás é um “ele” nesta vida e vice versa. Cada vez que ele sai, ou viaja, ou passa uns dias mais desaparecido devido ao trabalho, ela fica prostrada, incapaz de reagir. Por mais que tente fazer a sua vida, independente como sempre foi, pura e simplesmente não consegue. Só pensa nele e sente um aperto no coração cada vez que ele sai. Um aperto de morte.
E como na outra vida sofreu muito pela morte da parceira, nesta vida cada vez que ele tem que se ausentar, começa a fazer umas cenas incríveis. Como se pura e simplesmente não quisesse que ele tivesse vida. Ele por sua vez, como na outra vida apenas morreu, não chegou a viver a perda, a falta, tem saudades mas não compreende esta obsessão. E começa a criticá-la como se o apego, a dependência emocional que ela tem dele fosse controlável. Fosse evitável.
Porque apesar do véu do esquecimento, não nos deixar lembrar dos eventos, não há véu para as emoções.
Por mais séculos que passem, uma emoção nunca se esquece.
Reconhecer um amor de vidas passadas
Como se reconhece um amor de vidas passadas? Primeiro a montanha russa. Os altos são muito altos e as quedas são muito abruptas. Não conseguem viver juntos. Pois bem, separam-se. Depois não conseguem viver separados. Pois bem, voltam. E esta montanha russa emocional provocada pelas memórias de vidas passadas vai desgastando de tal forma que o fim pode acabar sendo dramático.
Encontro de almas
E como fazer para reverter este processo? Como fazer para que o amor de vidas passadas seja um encontro de almas que se reencontram de tempos em tempos para fazer evoluir as suas energias, para caminharem juntas e felizes nesta jornada linda chamada vida?
Há esperança para o amor de vidas passadas? Há possibilidade de resgatar o melhor de lá de trás, a alegria, a ligação, a cumplicidade, sem que os traumas tomem a frente?
Alma gêmea de outra vida
Almas gêmeas são almas com um tremendo repertório de cumplicidade. Apesar de provavelmente não ser verdade a teoria de que uma alma lá atrás se dividiu em duas e que agora são duas pessoas destinadas a amarem-se para sempre - porque se assim fosse a multiplicidade de experiências que a vida nos propõe com as várias almas que cruzam o nosso caminho seria anulada.
Mas sim, são energias companheiras que trazem um propósito de vida semelhante ou complementar e que beneficiam muito em conseguirem superar as memórias de dor para poderem partilhar experiências e de mãos dadas voar rumo à evolução.
Karma do amor
Um karma é uma dor não chorada - de uma vida passada. Não foi feito o luto. Um karma de amor é uma dor de amor, lá de trás que não foi libertada, que mora em nós e vaza de vida para vida.
Limpar um karma de amor é conseguir chorar essa dor.
Então porque é que aquele casal - o tal que a mulher morre e ele vive o resto da vida prostrado - se encontra nesta vida? Para poderem chorar tudo o que ficou por chorar, sentir tudo o que ficou por sentir, em nome de poderem viver juntos desta vez, matar as saudades imensas que sentem, e conseguirem zerar o trauma passado.
Se não acessarem essa dor, processarem, drenarem, irão viver a experiência da montanha russa para sempre, até voltarem a se perder nesta vida e duplicar a dor a ser resolvida numa vida futura.
Mas se conseguirem compreender o propósito de tão mágico encontro, irão viver uma vida incrível, com a sensação profunda, estalando no peito, de que tocaram na fonte da vida e fizeram com que tudo valesse a pena.
E como diz Cesare Pavese “O amor tem a virtude, não apenas de desnudar dois amantes um em face do outro, mas também cada um deles diante de si próprio.”
Significado de Karma
Karma – ou carma – significa uma dor de uma vida passada da qual não fizemos o luto. Não lhe demos significado lá atrás, quando a perda aconteceu. E como não choramos essa dor, não drenamos essa energia, ela ficou no nosso sistema energético para sempre. Morremos na vida passada, nascemos nesta vida e ela continua aqui.
Karma - Como funciona?
Nesta vida essa dor que está na nossa energia funciona como um imã. Ela nos faz atrair situações que provocam uma dor idêntica à da vida passada para podermos, depois de tanto tempo – às vezes séculos, às vezes milênios – poder chorá-la, para por fim libertar a energia enclausurada.
É importante notar que não atraímos situações idênticas. O que atraímos são situações que até podem ser diferentes, mas que provocam uma dor idêntica à da vida passada. A tal dor que precisa ser libertada.
Karma e o Véu do esquecimento
Mas a verdade é que não conhecemos esta história.
Não nos lembramos de nada das vidas passadas. Não sabemos o que aconteceu.
A única coisa que começamos a conhecer é uma emoção estranha, muito pesada, que de vez em quando aparece. Que nos deixa muito tristes sem razão aparente.
E que é imensamente maior do que o evento que a causou. A sensação é de uma desproporção enorme. Como é que uma situação tão corriqueira pode causar uma dor tamanha? E como é que várias situações tão diferentes podem causar a mesma dor?
Chega uma altura em que já nos dizemos: eu conheço esta tristeza. Eu conheço esta angústia. Não é a primeira vez que a sinto.
Karma - o que fazer com a dor?
E o que fazemos com essa dor? Normalmente uma de duas coisas – seria bom que fizéssemos uma terceira, mas quase nunca é o caso. Tentamos tapando, bloqueando, fugindo. Não sabemos o que fazer com essa dor. Não compreendermos de onde vem. E como consequência, fazemos tudo para não estar frente a frente com ela. E se ela teima em aparecer, em se fazer presente, vamos ao médico. Doutor, dê-me alguma coisa para passar esta angústia.
- Revoltamo-nos contra essa dor, considerando que o universo – ou o pai, ou mãe, professora, vizinho, enfim – está contra nós e que apenas somos vítimas do acaso por estarmos no lugar errado na hora errada, quando o evento que provocou essa dor aconteceu. Não consideramos que fazemos parte do guião que criou toda esta situação.
Karma e o choro
A terceira possibilidade, seria conseguir chorar essa tristeza sem perguntar de onde ela vem. Mesmo sem saber de nada dela. Chorar e pronto. Chorar tanto que ela teria que se ir embora. E se ela voltasse uns tempos depois, chorar outra vez. E outra vez, e ainda uma outra vez.
E iria chegar o dia que eu já saberia que ela estava a chegar, e começava logo a chorar, e esse choro iria demorar só um minuto. E ia passar. E nessa altura eu iria saber que finalmente consegui compreendê-la, domá-la, encaminhá-la.
Nessa altura a energia da dor enclausurada iria se libertar e o personagem de vidas passadas que sofreu a perda podia finalmente subir. Podia, finalmente, ter paz.
Texto de: Alexandra Solnado (autora portuguesa)
https://www.alexsolnado.com/br
Olá meus amores, boa noite! Lindo esse texto... e no meu caso, mais emocionante ainda, porque eu já fiz regressão de vidas passadas. Vocês entenderam agora as complexidades dos relacionamentos? E além de falarmos de vidas passadas, vamos juntar nesse processo a parte psicológica que envolve em muitos casos: todas as crenças limitantes, o sentimento de não merecimento, a baixa autoestima, a desproporção do dar e receber, as resistências, os medos, os bloqueios, os desafios, os traumas, os desajustes internos, a autossabotagem, as disputas de egos, a imaturidade emocional, o inconsciente... ufa! É por isso que eu leio todos os dias lá nos meus e-mails, que os relacionamentos estão cada vez mais complicados de darem certo. Esse é um ótimo texto para a nossa reflexão, porque além da explicação psicológica que citei, tem a explicação da espiritualidade, das vidas passadas. Por isso, que a chave de tudo é o autoconhecimento sempre, o despertar da consciência e elevarmos a nossa vibração ao máximo todos os dias, porque semelhante atrai semelhante. O medo de enfrentar as sombras internas é um dos motivos da separação dessas almas afins, lembrando que a atração é quase que instantânea quando elas se encontram, mas como um é o espelho do outro, o relacionamento fica bem conturbado durante um tempo, e elas se afastam, pois são opostos da mesma essência, refletindo nesse espelho as falhas, os medos e os traumas de cada um. A aproximação entre chamas gêmeas é dada por uma atração quase que incontrolável, mas pode trazer à tona aquilo que ambos tem de pior para aprendizado, crescimento, transmutação e evolução. Entenderam agora que na maioria das vezes é mais complicado do que parece? E se você encontrou nessa vida a sua chama gêmea, alma afim, ou alma gêmea, (estando juntas ou não, isso não importa), levante as suas mãos para o céu, porque são encontros transformadores.
Para quem quiser aprofundar nesses assuntos, almas afins, chamas gêmeas e almas gêmeas não são a mesma coisa. Há algumas diferenças entre elas. E tem gente que acredita e tem gente que vai achar isso tudo uma grande bobagem. Depende de cada um, e está tudo bem.
Conheci muitas almas gêmeas e há sincronicidades com elas, mas uma chama gêmea está em um nível totalmente diferente. Depois de conhecê-las, será muito difícil NÃO notar. Na chama gêmea, há uma eletricidade palpável, é pensar na pessoa e o corpo todo parece que fica em brasa. Este é um dos sintomas mais reveladores das chamas gêmeas. A comunicação, a identificação, a intimidade, o vínculo, o sentimento de pertencimento, o conforto, a intensidade emocional e a conexão são inexplicáveis... A chama gêmea desafia qualquer explicação, e deixa marcas indeléveis na alma...''
“Uma alma gêmea é alguém cujas fechaduras coincidem com nossas chaves e cujas chaves coincidem com nossas fechaduras”
Entenderam? Nos relacionamentos tanto com almas gêmeas, quanto com chamas gêmeas serão intensos, com muita afinidade, mas as almas gêmeas podem ser mais de uma, e são relacionamentos mais harmoniosos. Já, a chama gêmea só tem uma e é eterna, e os relacionamentos serão mais desafiadores e transformadores, porque são relacionamentos baseados no espelhamento... mas a conexão é a mais profunda de todas. Almas gêmeas podem viver a vida toda juntas ou se separarem quando a missão delas se cumprir ou o aprendizado for suficiente. Ao contrário da alma gêmea, a união com a chama gêmea, não visa a evolução individual, mas o crescimento coletivo. Os dois criam algo juntos para melhorar a consciência planetária.
Que a cada dia busquemos mais e mais informações sobre esses assuntos. Pensar 'fora da caixinha' é fundamental. Ai ai, eu adoro esses temas. rs Um ótimo despertar para todos nós! Bjs meus queridos! Estejam em paz!