Segundo o Espírito Pai João, há uma espécie de árvore, que nascia nas matas da Bahia em sua época de escravo, denominada pau pereira.
Todas as árvores da mata costumavam dar sementes, muitas delas frutos e flores.
O pau pereira, todavia, não florescia, nem dava frutos com regularidade.
Pai João usualmente compara esse tipo de planta a pessoas que não produzem, não florescem nem se permitem ser felizes. Não adianta somente ser árvore, de acordo com o que afirma Pai João. É preciso florescer, enfim, dar frutos do investimento recebido.
Pai João aconselha tais pessoas, que se acham feito paus pereiras,a se dedicarem ao exercício do autoperdão e do autoamor para que possam sintonizar-se com as leis soberanas da vida e viver em plenitude, a produzir frutos. Experimente o perdão não deixe o rancor tomar conta de seus dias nem a culpa dominar sua mente.
Você precisa se perdoar, meu filho. Experimente o benefício do perdão e você se libertará de tanta coisa arraigada e endurecida dentro do seu coração. Deus, que é sábio e perfeito, não exige tanto de você quanto você mesmo. Que tal parar com essa cobrança intensa e viver com mais simplicidade?
Somos aprendizes da vida, crianças espirituais. Não significa dizer que devemos errar indefinidamente, mas que precisamos urgentemente exercitar o perdão a nós mesmos. Compreender que fomos criados perfectíveis, e não perfeitos — portanto, com a possibilidade do erro inserida em nosso programa evolutivo. Perdoe-se e viva melhor. Ame-se mais e permita-se ser humano.
Quem não exerce o perdão consigo próprio encaixota-se em culpas e respira em clima de autopunição. Existe maior cativeiro que o da escravidão da mente que se acorrenta em culpas? Esse tipo de grilhão mental, não há princesa nem decreto que o rompa, não há força que o arrebente. Somente você poderá se libertar de si mesmo e viver um clima interior de paz. Sem o esforço do autoperdão, meu filho, não há como prosseguir rio aprendizado que a vida proporciona.
Prisioneiro ria culpa, E espírito não precisa de carrasco, feitor ou verdugo, pois ele mesmo dilacera sua própria intimidade, não se permite viver em plenitude nem apreciar as coisas boas belas da vida. A culpa faz com que o mundo ao seu redor pareça esfumaçado e cinzento; o não perdoar tinge o céu interior de nuvens sombrias de pessimismo, desânimo e martírios. A verdadeira libertação é a libertação interior, mental, que, por sua vez, produz filhos com mente sadia, aptos para produzir atitudes de qualidade em suas vidas. Experimente se perdoar e veja como ficará bem melhor a paisagem a sua volta.
Pai João de Aruanda