Olá meus amores. Tudo bem com vocês?
Esse é um tema bem recorrente por aqui e sim, todos nós podemos ter bloqueios emocionais e/ou mentais. Se a sua vida está travada em alguma área ou você quer mudar algo dentro de si e não consegue, provavelmente é por causa desses bloqueios. Vamos entender e tentar melhorar essa situação? Vem comigo! 😉
Os bloqueios emocionais são barreiras internas que impedem a pessoa de sentir, expressar ou processar suas emoções de forma saudável. E os bloqueios mentais são padrões de pensamentos disfuncionais, bem negativos ou limitantes que se repetem, impedindo a tomada de decisões mais assertivas, impedindo a pessoa de realizar seus objetivos ou de lidar melhor com as situações da vida. As causas mais comuns dos bloqueios emocionais e mentais são os nossos traumas ou uma educação muito disfuncional ou situações negativas recorrentes durante a vida. E aqui não estou julgando família nenhuma. Até porque somos vítimas de vítimas. Precisamos apenas fazer o que está nas nossas mãos. E o que seria isso? Quebrar ou romper com esses padrões que se repetem na nossa ancestralidade e fazer diferente com os nossos descendentes também. Vou dar um exemplo: Pense numa criança. A criança é livre, alegre, dinâmica, autêntica e um pouco barulhenta. Essa é a sua natureza. E quando vamos sendo obrigados, cerceados, moldados a ser o que não somos, pode acontecer de sermos criticados, silenciados, desvalorizados, limitados ou reprimidos… e essa natureza espontânea, alegre e divertida pode ir sumindo aos poucos, ou se apagando, conforme o tempo e vamos perdendo a nossa verdadeira essência, o nosso brilho e a nossa capacidade de se expressar, sentir… para agradar ou satisfazer a vontade dos outros a nossa volta. Precisamos nos encaixar em certos moldes para sermos aceitos. E fazendo isso, já estamos bloqueando a nossa liberdade. Liberdade essa, de ser quem realmente somos. As crianças precisam de limites? Sim, com toda certeza, porém necessitam de liberdade nas suas expressões para que não se anulem tanto como pessoas, precisam sim falar e expressar o que sentem sem que sintam aprisionadas numa gaiola. E infelizmente, há muitos adultos que continuam vivendo dessa forma, em relações falidas ou abusivas. Pois muitos desses padrões foram aprendidos ou moldados lá na infância, e continuam reverberando até hoje, para serem ou sentirem amados, respeitados ou aceitos. Sutilmente, começam a se tornar quem não são para agradar os outros à sua volta. Quero que vocês entendam que desde a infância, há famílias que já vão tolhendo as emoções das crianças e dos adolescentes e eles entram nesses padrões de comportamento sem saber lidar com isso quando crescem. Não sabem o que fazer e nem como se expressar, pois foram ensinados a serem pessoas “educadas”. Você deve conhecer alguém que pensa A, age como se quisesse B, fala como se quisesse C, e se comporta como se quisesse D, ou seja, lá dentro de si há uma enorme confusão, indecisão, porque não sabe o que é seu, o que é do outro. E nessa confusão, nesse conflito interno, há bloqueios. Porque ela nunca pode ser quem ela quis ser realmente. Muitas vezes, faz as coisas somente para agradar as outras pessoas ao seu redor e esquece de si. A pessoa teve que usar tantas máscaras para agradar os outros, que não se reconhece mais. Onde está seu Eu essencial? Onde estão suas vontades, anseios e desejos? Quem é você para você? Estão conseguindo entender? O nome disso tudo chama-se bloqueios. Outro dia eu perguntei para uma pessoa, se aquilo que você quer muito, acontecer… o que você faria? E ela simplesmente teve que pensar muito, pois ela não estava preparada. E quando eu perguntei: aconteceu o que você mais queria e agora? Qual é o próximo passo? Ela entrou em desespero. Ou seja, aquilo que ela dizia que queria tanto, na verdade, não era uma vontade do seu coração, é mais um capricho, para satisfazer os desejos do ego.
Nós temos uma alma, nós temos um espírito e nós temos um corpo, certo? Isso daqui não tem a ver com religião. É uma questão de querer explicar que uma pessoa com bloqueios ela está perdida. É como se o seu GPS interno estivesse com defeito, pois ela não tem tempo para se sentir, ouvir, para saber o que ela quer ou almeja de verdade e nem sabe que direção tomar. Os outros tomam conta da vida dela por ela. Ou é o inverso, ela fica se distraindo com a vida dos outros, se comparando com as outras pessoas, para não ter que olhar ou cuidar da própria vida. Ela muitas vezes, não sabe se impor ou dizer não. E se algo sair do seu controle, suas estruturas internas já ficam abaladas. Sua intuição está certa sempre, mas ela não tem consciência e nem condições de ouvir. A intuição vem do nosso espírito, chegando na nossa alma e trazendo essas informações, esses insights, para a nossa mente. Como é que uma pessoa vai ter clareza em relação a sua situação, se está cheia de bloqueios? Precisamos resolver isso.
Há vários tipos de bloqueios, mas eu não vou entrar nesses detalhes com vocês. Só quero que vocês entendam de onde vem o seu bloqueio? Família disfuncional, é um bloqueio herdado. Abandono, rejeição, traição? Um bloqueio afetivo com traumas e medos de voltar a confiar nas pessoas. Medo de se arriscar, falar, mostrar sentimentos e ser quem você verdadeiramente é? Bloqueio criativo. Bloqueio de autoestima: medo de se expor medo de se machucar, não agradar ou não ser bom o suficiente? Bloqueio afetivo: dificuldade de se apegar, de se apaixonar ou se relacionar profundamente com alguém. Bloqueio de raiva: engole tudo o que sente, não diz e não confronta. Bom, temos muitos tipos de bloqueios. Mas o fundamental aqui é saber identificar e entender. Silenciar a mente e olhar para dentro também pode ajudar.
O importante aqui é que você saiba identificar de onde vem os seus bloqueios. Faça uma pausa e tente identificar, qual seria o seu bloqueio? E aqui está alguns pontos que desencadeiam esses bloqueios: medo, insegurança, procrastinação, autossabotagem, baixa autoestima, comparação, estagnação, não querer entrar em contato com seus próprios sentimentos, frieza emocional, não se sentir suficiente, ou digno… etc.
Não vou falar sobre isso hoje, mas quero deixar um alerta aqui! Tome cuidado, porque dependendo do seu bloqueio, ele pode desencadear, através de um sofrimento significativo, doenças psicossomáticas como dor de estômago, enxaqueca, psoríase, fibromialgia, infecções recorrentes, e problemas mais sérios como insônia, ansiedade, depressão, síndrome do pânico… etc. Sinalizando que seu corpo já entrou em colapso total. Se esse for o seu caso, passou da hora de procurar ajuda especializada.
Bom, vamos a prática. Lembrando sempre que isso daqui não é uma terapia, mas que pode ajudar em casos menos sérios…
“De onde isso está vindo?” “Como começou ou o que foi que desencadeou tudo isso pela primeira vez?” “Do que estou fugindo ou resistindo?”
E o que fazer? Enfrentar! Não tem outro jeito.
Por exemplo: pessoas que tem dificuldades de mostrar seus sentimentos, que são mais racionais do que emocionais, podem começar a ver filmes mais tristes. Se o choro vier… ótimo! Mas o exercício aqui é: “não engolir o choro”, como foi aprendido lá na infância ou aquele papo de “homens não choram”. E deixar fluir, não tentar resistir, negar ou disfarçar. O objetivo é sentir a emoção. Entenderam?
Quero que vocês entendam uma coisa: toda emoção precisa ser sentida, para ser dissolvida. Ressignificada. Se não for assim, não haverá uma melhora.
Outra forma é a escrita terapêutica, sei lá, escreva uma carta para alguém e desabafe tudo. Não é necessário mandar a carta, só se você quiser. Mas o intuito aqui, é você liberar-se desses seus bloqueios.
Mexer o corpo também libera tensões crônicas. A fibromialgia, por exemplo, que é uma dor terrível pelo corpo é uma doença psicossomática, ou seja, é uma dor emocional. Não adianta tratá-la apenas com remédios. Precisa-se tratá-la com terapia, exercícios físicos leves e meditação.
As emoções reprimidas ficam no nosso corpo e podem surgir das piores maneiras possíveis, como por exemplo, a fibromialgia (já citada), dor no peito, respiração curta, taquicardia, exaustão… etc. Nesses casos, sempre procure um médico.
O que fazer? Mudança de mentalidade, monitore seus pensamentos, tirando crenças limitantes e substituindo-as por crenças fortalecedoras. Não se culpar, nem se julgar pelo passado. Não se atormentar com acontecimentos futuros. Viver apenas o agora. O passado não existe mais, existe, mas só na sua memória, e isso pode estar lhe causando mais sofrimento, pois você fica o tempo inteiro cutucando a ferida que está querendo se curar, e dessa forma ela nunca vai cicatrizar. Eu sei que é um processo delicado e difícil, principalmente em casos de lutos ou perdas, mas tente dar pequenos passos, o ideal é permanecer apenas no aqui e agora. Aprender a se amar mais, a ter autonomia emocional e autocompaixão. Evitar ou se afastar de pessoas que te julgam, te criticam ou te deixam para baixo, é um outro ponto importante. Aproxime-se de pessoas que te querem bem.
Tenha uma rede de apoio confiável, com família ou amigos que você se sinta acolhido, apoiado e respeitado, e tenha relações saudáveis com pessoas, que te proporcionem confiança, bem-estar, segurança e paz. Ou procure um grupo de apoio na sua cidade.
Algumas frases que indicam bloqueios… veja se você tem alguma delas com você… “Não consigo chorar.” “Não sei o que estou sentindo.” “Tenho medo de me apegar.” “Eu travo na hora de agir.” “Não sinto nada, só um vazio.” “Não sei o que fazer.” “Não sei realmente o que quero.” “Me sinto perdido.” “Não consigo confiar em ninguém.” “O que adianta sentir? Depois vão me deixar!” “Eu vivo melhor sozinho.” “Eu não vou me apaixonar.” “Eu não posso ter sentimentos.” “Eu preciso fingir que não sinto nada.” “Sentir não vai mudar nada.” “Melhor manter distância.” “Ninguém me entende.”
Se você se identificou com alguma delas, talvez esteja na hora de começar um processo de desbloqueio emocional.
Talvez a escrita terapêutica seja a primeira coisa a se fazer. Depois, começar a movimentar seu corpo levemente. Aprimorar o autoconhecimento ou desenvolvimento pessoal, também é importante. E se estiver muito difícil, procure uma terapia. Lembre-se: conhecimento é poder. Invista em você. Aceitar-se ser emocional não significa ser tolo. Significa ser humano. Você só conhecerá alguém profundamente, quando parar com esses medos infundados, ou com essa insegurança. Enfrente-se! Quem não sabe de si, tem medo do outro. Não coloque o seu poder pessoal nas mãos de ninguém. Você é suficiente!
Amores, esse tema é tão complexo, importante e vasto. Que hoje só lancei uma sementinha para vocês refletirem. Falar de bloqueios é como se fosse a pontinha do iceberg, porque tudo fica lá embaixo, no nosso inconsciente. E poucos fragmentos vêm à tona. E remexer nisso, pode gerar um desassossego. Percebam como andam os seus pensamentos, quais são os seus gatilhos no dia a dia? Suas emoções e reações? Pois, quanto mais você se conhecer internamente, mais você entenderá o que se passa aí dentro de si… combinado?
Lembre-se disso sempre: algumas pessoas podem tirar tudo de você, menos algumas coisas preciosas que são o seu jeito de pensar, de ser, de se expressar, sua autenticidade e generosidade, seu conhecimento e sua capacidade de se reinventar, são muito valiosos. Invista sempre em você, apesar de todas as circunstâncias contrárias.
Nunca se esqueça que você é forte, é resiliente e pode vencer isso! Resgate sua essência!
Bjs no coração, fiquem com Deus e paz na alma! ❤️ Até a próxima postagem! 🌻