"Aquele que conhece os outros é sábio. Aquele que conhece a si mesmo é iluminado. Aquele que vence os outros é forte. Aquele que vence a si mesmo é poderoso. Aquele que conhece a alegria é rico. Aquele que conserva o seu caminho tem vontade. Seja humilde, e permanecerás íntegro. Curva-te, e permanecerás ereto. Esvazia-te, e permanecerás repleto. Gasta-te, e permanecerás novo. O sábio não se exibe, e por isso brilha. O sábio não se faz notar, e por isso é notado. O sábio não se elogia, e por isso tem mérito. E não está competindo porque ninguém no mundo pode competir com ele."
Lao-Tsé
Embora filósofos já tivessem escrito antes sobre o Tao, foi com o filósofo chinês Lao Tsé que a filosofia do taoísmo realmente começou. A época exata de sua existência é incerta. Os estudiosos acreditam que Lao Tsé, cujo verdadeiro nome era Li Erh, tenha vivido entre os anos 600 e 300 a.C.
Lao Tsé é uma espécie de título honroso que significa “Velho Mestre” ou “Velho Filósofo”. Seus conselhos sábios atraíam seguidores, mas ele se recusava a transcrever suas ideias para o papel. Não queria que suas palavras se transformassem em dogmas formais: queria que sua filosofia continuasse sendo um modo natural de viver a vida com serenidade, respeito e praticando o bem. Ele não acreditava em códigos rígidos de comportamento, mas sim que a conduta de uma pessoa deveria ser governada por seu instinto e consciência.
Lao Tsé acreditava que a vida humana, como tudo mais no Universo, era constantemente influenciada por forças externas. Via a simplicidade como chave para a verdade e a liberdade. Por isso, encorajava seus seguidores a observar e procurar compreender as leis da natureza, a desenvolver sua intuição e a se tornarem mais fortes, utilizando tal força sempre com amor.
Segundo a lenda, Lao Tsé era um “shih”, isto é, o arquivista da corte da dinastia Chou. Próximo da velhice, tornou-se um eremita, passando o restante de sua vida estudando e meditando nas montanhas K’un-lun. Consta que, em uma de suas viagens, fora detido pelo lendário guardião das fronteiras do país, Yin, que perguntou se ele carregava algo de valor. “De valor só possuo o meu conhecimento”, respondeu Lao Tsé. Diante disso, o guarda exigiu que, para liberá-lo, o velho teria de registrar em um livro toda essa sabedoria. Lao Tsé passou, então, três dias escrevendo aquele que viria a ser o livro sagrado do taoísmo: o Tao Te Ching (Livro do Caminho e da Virtude).
Hoje, estima-se que, no mundo todo, haja por volta de 20 milhões de pessoas seguidoras de Lao Tsé. A própria extensão territorial da China favoreceu o surgimento de diferentes escolas taoístas. Atualmente, existem mais de 30 ordens, cada uma delas determinada pela linhagem de um mestre espiritual. Na China, predomina a linhagem de Guan Zhen ou Real Integração, fortemente calcada na meditação. No restante da Ásia, a Zhen Yi ou Ortodoxa Unitária, que possui maior número de adeptos, voltada, sobretudo, a trabalhos sociais.
Para um ocidental, não é nada fácil compreender o taoísmo. Podemos dizer que o primeiro passo é entender que está longe de ser uma religião semelhante ao cristianismo – para os taoístas não existem deuses, jejuns, rituais, altares. O taoísmo é um modo de pensar e viver em harmonia com a natureza, uma filosofia mística que propõe um caminho espiritual que objetiva expandir a consciência do ser humano até uni-la ao Absoluto.
Fonte: http://www.triada.com.br/
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Para ganhar conhecimento, adicione coisas todos os dias. Para ganhar sabedoria, elimine coisas todos os dias.
Lao-Tsé