“Hoje eu me olho com mais carinho e deixo o amor-próprio transbordar.
É eu mudei. Mudei o corte de cabelo, mudei meu gosto musical, mudei de perfume, mudei de lugares preferidos, mudei de telefone, mudei de e-mail, mudei de ideias, mudei de opiniões, mudei de vontades, mudei de comportamentos, mudei de amizades, mudei, simplesmente mudei.
Para muitos não vai fazer sentido. A verdade é que as pessoas, geralmente, só percebem o quanto gostam de nós e aquilo que gostam em nós, quando mudamos e nos afastamos. Não, eu não mudei por causa de ninguém, nem por culpa de ninguém. Mudei porque precisava mudar, porque fazia sentido mudar. Mudar para mim… por mim.
E fez tão, tão, tão bem. Não que eu tenha mudado 100%. Há pedaços importantes que continuam intactos. Continuo com um coração bom, continuo doce, continuo gentil. Continuo com aquela vontade de ser e fazer feliz. Continuo querendo e vivendo intensamente as oportunidades que a vida oferece. Continuo quebrando a cara com uma frequência ainda absurda. Continuo me apaixonando rapidamente, me entregando perdidamente, querendo viver cada segundo com uma profundidade desmedida. Certas coisas permanecem intactas em mim, e me orgulho muito dessa bagunça, desse caos que mora aqui. É uma bagunça boa, juro. Ainda assim, bagunça. Talvez isso tudo, desagrade alguns, encante outros, por sorte, permita que uns se aproximem. O importante é que ando encantado com aquilo que tenho me tornado. Desenvolvi, depois de muito tempo, a capacidade de me orgulhar e de admirar a mim mesmo. Chamam isso de autoestima elevada e amor-próprio. Eu chamo de amor à segunda vista por mim mesmo.
Que bom que me reencontrei.”
“Todos os dias são oportunidades lindas para continuar, tentar de novo, mudar, crescer, aprender e evoluir…
Amanhã é outro dia, amor, e tudo pode mudar pra melhor…”
Extraído do livro: Pra você que teve um dia ruim, de Victor Fernandes