A gratidão é muito mais do que dizer “obrigada/obrigado”. É um estado de presença e reconhecimento, é a capacidade de perceber o valor do que já existe, mesmo que a vida não esteja perfeita.
A gratidão é um sentimento profundo que surge quando você reconhece o que tem, o que viveu, o que aprendeu, inclusive nos momentos difíceis.
Os benefícios da gratidão comprovados pela ciência são que ela: Reduz a ansiedade e a depressão. Aumenta a qualidade do sono. Fortalece as relações afetivas, pois as pessoas gratas são mais de bem com a vida, são bem humoradas e felizes. Promove mais resiliência emocional. Aumenta a autoconfiança e o otimismo.
Praticar a gratidão muda a forma como o cérebro enxerga a vida. É como trocar lentes cinzentas por lentes mais claras.
E não se engane, a gratidão é um exercício diário. Ela não surge apenas quando tudo vai bem. Na verdade, ela se torna mais forte quando você aprende a agradecer mesmo em meio à dor, às turbulências e aos desafios.
E você pode dar o primeiro passo querendo agradecer pelas coisas simples da vida, todos os dias.
Tenha um diário da gratidão ou todos os dias pense em coisas para agradecer. Podem ser simples: um banho quente, um café gostoso, um abraço, uma conversa leve, a sua saúde, a vida, a sua família bem. Todos chegaram em segurança de volta para casa, a cama limpa e cheirosa, pela proteção divina… etc. Motivos para agradecer é que não vão faltar.
Olhe para os aprendizados, mesmo nas situações difíceis, pergunte: “O que isso me ensinou?” “O que permaneceu, apesar da dor?”
Agradecer por quem você é também é importante. Não só pelo que tem ou recebe. Mas por quem você está se tornando. Pela coragem, pelos recomeços, pela sabedoria, pela força adquirida, pela fé, pela sua alma em desenvolvimento, pela alegria de viver, pela sua paz de espírito… etc.
A Gratidão é presença. Ela te traz para o agora. Te ancora no que é real. E te conecta ao que nenhuma perda pode te tirar: a capacidade de ver com amor. De encontrar sentido. De continuar, com o coração desperto. E isso é grandioso, apesar de.
Às vezes, ela chega devagar,
sem fazer barulho,
como o sol entrando pela fresta da janela.
É a gratidão.
Não aquela que grita em dias de festa,
mas a que sussurra em dias comuns:
“Olha... você está viva.”
“Tem café quente na xícara.”
“Tem alguém que te chama pelo nome com afeto.”
A gratidão não precisa de espetáculo.
Ela se contenta com um céu limpo,
um silêncio leve,
um gesto gentil.
Ela nasce quando a alma entende
que não precisa mais correr tanto,
nem esperar a vida ser perfeita
pra reconhecer o que já é milagre.
E então, sem aviso,
agradeço até pela dor,
não porque gosto dela,
mas porque ela me transforma.
Agradeço pelo que foi,
pelo que ficou,
e pelo que ainda virá com pés mansos.
A gratidão mora em mim
como uma vela acesa.
Mesmo em noite escura,
ela insiste em iluminar...