Boa tarde meus amores! Adivinha o que anda acontecendo comigo? Tomando cappuccino a toda hora, como se não houvesse amanhã. E já ganhei uns dois quilos na balança. Essa semana não treinei nada. Está muito difícil acordar cedo, frio demais e à noite também. 🤷🏻♀️ Eu gosto de caminhar na praia e esses dias não está dando não. E aí na sua cidade, também está fazendo frio? Me conta! 😉
Fizeram essa pergunta ontem: “por que todo mundo quer amor, mas na hora que encontram profundidade, desistem?”
Olá minha queridinha. Não podemos generalizar não, algumas pessoas sim, outras não. Há vários fatores para esse tema, e cada pessoa tem sua história de vida e seus traumas vivenciados. Então, fica difícil chegarmos a uma conclusão. Mas muitos tem medo de sofrer, se sofreram em relacionamentos passados, se já foram traídos, o medo é maior ainda. Podem se sabotar, tem muitos problemas emocionais, desajustes envolvidos nessa simples pergunta, você já ouviu falar em reatância psicológica?
A reatância psicológica pode ser explicada nesse caso específico. O sujeito não tem medo de se relacionar, mas tem muito medo de perder a própria liberdade, ao se relacionar com alguém. Seria o seguinte, mesmo eu te explicando sobre esse assunto e pessoas que passam por isso, podem ler essa postagem, podem entender essa situação cognitivamente, porém, ainda tendem a não conseguir sair desses padrões repetitivos, porque há fatores inconscientes e há fatores que se repetem na sua vida de uma forma natural, sem se darem conta disso. É um processo bem complexo. Muitos que passam por isso, precisam de ajuda especializada. Não é querendo sair disso, que a pessoa vai poder sair, leva-se um tempo e há a necessidade de mudar pensamentos, sentimentos, emoções e comportamentos. Há traumas que precisam ser curados, é preciso ir mais a fundo para entender, porque esses medos, conflitos internos, autossabotagem, autocontrole e essa reatância psicológica estão ali. Qual é o papel deles na vida do sujeito que vive assim? Será que você me entende? Uma simples conversa até pode ajudar, trazer uma clareza imediata, mas não resolveria essa questão facilmente. É preciso chegar nas profundezas para saber o que tem debaixo dessas águas, que na sua superfície está bem calma, aparentemente, mas mergulhando mais, você consegue enxergar que as águas lá embaixo, estão muito agitadas e se você não tomar cuidado, você pode se afogar. Não é um tema tão simples quanto parece. Envolve infância, família, comportamentos, tipos de apegos, hábitos, crenças, humor, personalidade, caráter, etc. Então, eu poderia apenas responder que é um medo, ou uma forma de se proteger do sofrimento, mas tem muita coisa a se desvendar. Só uma terapia que poderá ajudar pessoas que se comportam dessa maneira. O meu conselho seria: não tenha medo, mergulhe! Mas eu poderia dizer isso para quem não sabe nadar? É lógico que não! A pessoa pode morrer! É a mesma coisa, a pessoa sente que vai morrer, o corpo envia um alerta e ela paralisa ou foge quando sente que algo vai lhe afetar de alguma forma prejudicial. E isso muitas vezes, está no seu inconsciente. E vem à tona, nas piores formas possíveis.
Vivemos numa época de gratificação imediata. As pessoas querem sentir-se bem rápido, e quando o amor exige paciência, construção e trabalho emocional, elas se frustram. Profundidade leva tempo; e tempo hoje virou quase um luxo. As pessoas querem amores líquidos, rápidos e instantâneos. Outros ainda confundem o amor idealizado com o amor real e quando caem em si, percebem que não estavam apaixonados pela pessoa, mas por alguém que eles mesmos idealizaram nas suas próprias mentes e que a pessoa idealizada nunca existiu. E o outro ainda leva a culpa por não satisfazer essas expectativas infundadas. Isso acontece com mais frequência do que se possa imaginar. Porque o amor verdadeiro pede entrega total, paciência e um confronto com partes de si mesmo e com partes nada agradáveis, do outro, e nem sempre as pessoas estão preparadas para isso, então diante desse cenário, inevitavelmente haverá uma desconexão. E muitos vão embora. É mais cômodo desistir, do que sair da zona de conforto.
Uma outra coisa que lembrei agora, a falta de autonomia emocional ou a falta de autoconhecimento leva a pessoa a se esconder de si mesma, apresentando dificuldades de mostrar suas próprias vulnerabilidades ou não se sentir confortável o bastante, nessas situações, levando ao término dos relacionamentos. E na minha opinião a última questão, mas não menos importante, a insegurança e a falta de maturidade emocional, e aqui não estou me referindo a idade cronológica. Há pessoas maduras com vinte anos e há pessoas imaturas com sessenta anos. A questão da idade é relativa. É só uma questão de como se posicionam nas relações. Pessoas intensas e profundas nos relacionamentos, geralmente tendem a ser mais maduras, não tem tantas encanações ou medos infundados. E se tem, sabe lidar com eles muito bem. São pessoas que não se sentem confortáveis em relacionamentos superficiais, gostam de conexão e estabilidade. Gostam de mergulhar. Ou é tudo, ou é nada. São mais verdadeiras e congruentes com suas escolhas, atitudes e sentimentos. E sim, uma coisa eu preciso concordar com você, encontrar pessoas hoje que querem algo sério, está cada vez mais difícil. Por isso, quando encontrar, faça de tudo para dar certo, para ser um relacionamento leve, feliz e duradouro. Converse, converse sempre tire todas as dúvidas e não tenha medo de mostrar suas fraquezas ou vulnerabilidades para o outro, desde que seja recíproca e verdadeira essa relação.
Amar de verdade significa se abrir, se expor, mostrar suas dores, inseguranças e falhas. Isso assusta. Profundidade implica risco: o risco de ser rejeitado, de perder o controle, de se machucar. Então, muitos preferem manter relações superficiais onde se sentem mais “seguros”.
Minha linda, vou ficando por aqui, espero ter ajudado de alguma forma, mas saiba que para saber mesmo o que acontece com os outros, só tendo uma conversa bem direta e franca ou eles irem em busca de uma explicação mais profunda através da terapia. Bjs no coração! Fica bem, fica em paz! ❤️😘