Fonte: Maria Fernanda Caliani (psiquiatra) - YouTube
O Setembro Amarelo é uma campanha criada com o intuito de informar as pessoas sobre o suicídio, uma prática normalmente motivada pela depressão. Mesmo com tantos casos notórios, crescentes a cada ano, ainda existe uma expressiva barreira para falar sobre o problema.
Todos os dias 30 brasileiros se suicidam.
Todos os dias 30 brasileiros se suicidam.
A cada 40 segundos ocorre um suicídio no mundo, e para cada um que acontece, são mais 20 tentativas, ou seja, a cada 1,6 segundos há uma tentativa de morte.
Busque informações, procure ajuda, fale abertamente sobre as emoções.
O que leva a comportamentos suicidas?
Os comportamentos suicidas são causados por uma situação que as pessoas encaram como devastadoras. Por exemplo:
- Depressão ou transtorno bipolar;
- Morte de uma pessoa querida;
- Trauma emocional;
- Desemprego ou problemas financeiros;
- Algum membro da família que cometeu suicídio;
- Histórico de negligência ou abuso na infância;
- Não aceitação do envelhecimento;
- Término de relacionamentos;
- Não aceitação da orientação sexual ou identidade de gênero;
- Dependência a drogas ou álcool.
Como ajudar?
Para ajudar uma pessoa com comportamentos suicidas, algumas ações são fundamentais, como:
- Ouvir, demonstrar empatia e ficar calmo;
- Ser afetuoso e dar o apoio necessário;
- Levar a situação a sério e verificar o grau de risco;
- Perguntar sobre tentativas de suicídio ou pensamentos anteriores;
- Explorar outras saídas para além do suicídio, identificando outras formas de apoio emocional;
- Conversar com a família e amigos imediatamente;
- Remover os meios para o suicídio em casos de grande risco;
- Contar a outras pessoas, conseguir ajuda;
- Permanecer ao lado da pessoa com o transtorno;
- Procurar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a importância deles;
- Aceitar a queixa da pessoa e ter respeito por seu sofrimento;
- Demonstrar preocupação e cuidado constante.
O que não fazer
Jamais ignore a situação de uma pessoa com comportamentos e pensamentos suicidas. Não entre em choque, fique envergonhado ou demonstre pânico. Não tente dizer que tudo vai ficar bem, diminuindo a dor da pessoa, sem agir para que isso aconteça.
A principal medida é não fazer com que o problema pareça uma bobagem ou algo trivial. Não dê falsas garantias nem jure segredo, procure ajuda imediatamente. Principalmente, não deixe a pessoa sozinha em momentos de crise nem a julgue por seus atos.
Recursos da comunidade e fontes de apoio
Para pessoas com pensamentos suicidas, os primeiras recursos ou fontes de apoio são:
- Família;
- Amigos e colegas;
- Unidades de saúde: CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), Unidades de Saúde Família, Clínicas, Consultórios psicológicos, Urgências psiquiátricas.
- Profissionais de saúde: médicos, psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, agentes de saúde.
- Centros de apoio emocional: CVV (Centro de Valorização da Vida), ligue para o 188.
- Grupos de apoio.
A grande maioria das mortes por suicídios podem ser evitadas e o diálogo sobre o assunto é o melhor jeito de fazer isso. Se você ou alguém que você conhece possui pensamentos suicidas, peça ajuda.