❝Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana.❞ (Jung) ❝Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas.❞ (Goethe) Aqui você encontrará textos de Psicologia, Autoconhecimento, Reflexões, Poesias, Espiritualidade, Músicas, Filmes, Livros e muito mais... Seja bem-vindo(a)! ♥
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domingo, 28 de fevereiro de 2021
Fazer o outro ver com clareza e só...
sábado, 27 de fevereiro de 2021
"Ame aquilo que você é por dentro. Ame teus espinhos, tuas limitações. Ame o teu desassossego... Ame-se. Infinitamente. Como se fosse amor à primeira vista." (Ju Fuzetto)
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
Identidade de gênero e orientação sexual: a construção do sujeito e sua subjetividade. Respeitar, exercitar a empatia e o amor fraterno é fundamental...
Orientação Sexual e Identidade de Gênero
Orientação sexual diz respeito ao interesse sexual por outras pessoas. Pode ser por pessoas do mesmo gênero (homoafetivo/homossexual), por pessoas do gênero oposto (heteroafetivo/heterossexual), por ambos os gêneros (biafetivo/bissexual) ou por pessoas de ambos os gêneros e pessoas não binárias (pan-afetivo/pansexual). Identidade de gênero é a forma como a pessoa se vê, sente e se identifica ao gênero (cisgênero, transgênero, não-binário).
Tipos de Identidade de Gênero:
Cisgênero: é a pessoa que se identifica com o sexo biológico designado no momento de seu nascimento - (homem ou mulher). O prefixo cis-, acrescentado à palavra “gênero”, vem do latim e significa “do lado de cá”.
Transgênero: é quem se identifica com um gênero diferente daquele atribuído no nascimento. Pensando no significado etimológico, o prefixo trans- significa “além de”, “para além de”, “o outro lado” ou “o lado oposto”.
Não-binário: é alguém que não se identifica completamente com o “gênero de nascença” nem com outro gênero. Esta pessoa pode não se ver em nenhum dos papéis comuns associados aos homens e as mulheres bem como pode vivenciar uma mistura de ambos.
A identidade de gênero não determina a orientação sexual de alguém. Assim, um homem transexual (que nasceu com o corpo feminino e o transformou em um corpo masculino) pode tanto ser homossexual (gostar de homens) quanto heterossexual (gostar de mulheres), ou bissexual (gostar dos dois).
A importância da sigla
Significado da sigla LGBTQIA+
L = Lésbicas
São mulheres que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outras mulheres.
G = Gays
São homens que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outros homens.
B = Bissexuais
Diz respeito aos homens e mulheres que sentem atração afetivo/sexual pelos gêneros masculino e feminino.
T = Transexuais
A transexualidade não se relaciona com a orientação sexual, mas se refere à identidade de gênero. Dessa forma, corresponde às pessoas que não se identificam com o gênero atribuído em seu nascimento. As travestis também são incluídas neste grupo. Porém, apesar de se identificarem com a identidade feminina constituem um terceiro gênero.
Q = Queer
Pessoas com o gênero 'Queer' são aquelas que transitam entre as noções de gênero, como é o caso das drag queens. A teoria queer defende que a orientação sexual e identidade de gênero não são resultado da funcionalidade biológica, mas de uma construção social.
I = Intersexo
A pessoa intersexo está entre o feminino e o masculino. As suas combinações biológicas e desenvolvimento corporal - cromossomos, genitais, hormônios, etc - não se enquadram na norma binária (masculino ou feminino). Nascer com algum tipo de ambiguidade sexual não é tão incomum quanto se imagina. Estima-se que 1 em cada 2.500 nascidos vivos no Brasil tenha essa condição. Há muito mais indivíduos com intersexualidade que albinos, por exemplo. O termo “hermafrodita” já foi usado para designar a ocorrência dessa variação, mas atualmente é questionado no meio médico por seu cunho pejorativo. Falar sobre intersexo é um tema que requer cuidado. Isso porque são pessoas que tendem a sofrer diversas violências médicas e que ainda são pouco compreendidas.
Assexual
Assexuais não sentem atração sexual por outras pessoas, independentemente do gênero. Existem diferentes níveis de assexualidade e é comum que estas pessoas não veem as relações sexuais humanas como prioridade.
+
O + é utilizado para incluir outros grupos e variações de sexualidade e gênero. Aqui são incluídos os pansexuais, por exemplo, que sentem atração por outras pessoas, independentemente do gênero.
Para alguns, LGBTQIA+ pode ser apenas letras, mas o intuito é que um número cada vez maior de pessoas se sintam representadas pelo movimento e as suas pautas defendidas na sociedade. Cada letra representa um grupo de pessoas na sociedade que sofrem diferentes tipos de violência simplesmente pelo fato de não se adequarem aquilo que foi normatizado como sendo o normal na sociedade.
São todos os indivíduos cuja identidade de gênero não corresponde ao seu sexo biológico. De maneira geral, essas pessoas sentem um grande desconforto com seu corpo por não se identificar com seu sexo biológico. Por isso, têm a necessidade de adotar roupas características do gênero com o qual se identificam, se submetem a terapia com hormônios e realizam procedimentos para a modificação corporal, tais como: a colocação de implantes mamários, a cirurgia plástica facial... etc. Na maioria das vezes, desejam realizar a cirurgia de redesignação sexual (cirurgia genital). O termo também pode ser usado para todas as identidades não cisgêneras (transexual, travesti, não binário, crossdresser).
Drag queen
São homens que se vestem como mulher de maneira caricata com o intuito de realizar performances artísticas, que incluem canto e dança, geralmente em festas e casas noturnas.
Drag king
São mulheres que se vestem como homem de maneira caricata com o intuito de realizar performances artísticas, que incluem canto e dança, geralmente em festas e casas noturnas.
O que é ser travesti e transexual ou trans?
Outro termo, mais comum em países como Brasil, Portugal e Espanha, para falar sobre mulheres transgêneros. Travesti é uma pessoa que tem o sexo biológico masculino, mas se identifica como uma figura feminina, muitas vezes mantendo seu órgão genital de origem. Transexual ou Trans se identifica internamente com o gênero oposto ao do seu nascimento, sentindo um desejo persistente de viver e ser aceito como uma pessoa do sexo oposto, além de apresentar sofrimento significativo e uma inadaptação com o seu corpo e sexo anatômico, almejando redefíni-lo com hormonioterapia ou cirurgia de redesignação sexual.
Por volta do segundo ano de vida as crianças já conseguem se identificar como meninos ou meninas e apresentam brincadeiras relacionadas ao seu gênero. Entre os dois e três anos, no entanto, é que tem início a construção da identidade de gênero que, é uma experiência pessoal e profunda que abarca aspectos emocionais, psíquicos, culturais e sociais. Entre os 6 e 7 anos, as crianças passam a ter consciência do seu gênero e de que ele permanecerá o mesmo. A identidade de gênero é oriunda do nascimento. Uma pessoa que “de repente” se descobre transgênero muito provavelmente já vinha lutando contra seus próprios preconceitos e conflitos internos e, finalmente, consegue se expressar como realmente é.
Acolhimento no SUS – Existe no Brasil, na rede pública de saúde, serviços ambulatoriais especializados destinados aos transgêneros, mas infelizmente o acesso a esses serviços ainda é escasso. De acordo com o Ministério da Saúde, os hospitais que podem realizar cirurgias de redesignação sexual, no Brasil pelo SUS são o Hospital das Clínicas de Porto Alegre, o HC da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, o HC da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, o HC da Universidade de São Paulo e o Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro. Além disso, a demora se deve à complexidade do processo, que demanda avaliações psicológicas e psiquiátricas durante um período de até 2 a 3 anos, com acompanhamentos semanais e diagnóstico final que pode encaminhar ou não o paciente para a cirurgia tão aguardada. As novas regras indicam que para todas as pessoas, a idade mínima para os procedimentos ambulatoriais é de 16 anos (psicoterapia + hormonioterapia). Para os procedimentos cirúrgicos (de redesignação de sexo), ela aumenta para os 18 anos. Nesse caso, qualquer indivíduo pode procurar o sistema de saúde e é seu direito receber atendimento humanizado, acolhedor e livre de discriminação, gratuitamente. O tratamento cirúrgico melhora a qualidade de vida da maioria dos que optaram por ele. Quando bem indicado, apenas 1% a 2% confessam arrependimento.
ELE OU ELA? COMO DEVO TRATAR UMA PESSOA TRANS?
Aqui é importante ressaltar a empatia e o respeito. Trate a pessoa pelo gênero com o qual ela se identifica, independentemente de ela ter operado ou de ter retificado seus documentos. Tratar uma mulher trans como homem não só é desrespeitoso, como é transfobia. Na dúvida, o importante é aceitar a definição que a pessoa tem de si e respeitar.
Além disso, o termo “opção sexual” não deve ser usado, já que a sexualidade não é uma escolha. Ninguém escolhe ser heterossexual ou homossexual, por exemplo. Cada um é o que é.
HOMOSSEXUALIDADE OU HOMOSSEXUALISMO?
O sufixo de origem grega “ismo”, denota “condição patológica”, ou seja, doença. Mas ser homossexual não é doença. No dia 17 de maio de 1990 a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista internacional de doenças, deixando de existir também o termo “homossexualismo”. E vale lembrar: não dá para curar quem não está doente! Por isso quando for falar, que seja sobre a Homossexualidade.
Diferenças entre ser associal e antissocial...
Ser antissocial não é a mesma coisa que ser associal, assim como ser antissocial não é o mesmo que ter um transtorno de personalidade antissocial. O que está escondido por trás desses conceitos? Qual é a diferença entre eles?
Você já deve ter ouvido a expressão: “Não seja tão antissocial!” Curiosamente, é uma expressão que muitas vezes utilizamos de maneira incorreta, pois usamos o termo antissocial para nos referirmos a alguém associal (com dificuldade ou desinteresse em se relacionar). Este termo (antissocial) é (mal) utilizado, por exemplo, para se referir a amigos que de repente não querem sair ou que são mais “eremitas” do que o normal. No entanto, as diferenças entre ser associal e antissocial são notórias e, neste artigo, falaremos sobre elas para distinguir entre esses dois conceitos.
Na verdade, são dois termos que compartilham apenas o sufixo (-social). Embora ambos os conceitos tenham a ver com a maneira de ser de alguém, eles não têm nada a ver entre si.
O que é ser antissocial?
Quando falamos de alguém antissocial, referimo-nos a uma pessoa que se dedica a quebrar as regras estabelecidas a nível legal e social, que vai contra a ordem social. Ou seja, alguém rebelde, que, embora integrado à sociedade, mostra essa tendência para alterar a paz social.
Além disso, é frequente que realizem esse tipo de comportamento através da violência. Devemos diferenciar aqui uma pessoa antissocial (ou com tendência a mostrar traços de personalidade antissocial) de uma pessoa com transtorno de personalidade antissocial (TP).
Transtorno de personalidade antissocial
Neste último caso, estamos falando de um transtorno tipificado como tal no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). É caracterizado por um padrão dominante com pouco respeito pelos direitos dos outros, e só pode ser diagnosticado a partir dos 18 anos. Antes dessa idade, se encaixa no Transtorno de Conduta e Transtorno de Oposição Desafiante.
O TP antissocial se manifesta por meio de uma série de sintomas (critérios), como tendência a mentir, impulsividade, irresponsabilidade, não cumprir normas sociais, irritabilidade e agressividade, falta de remorso, etc. Em outras palavras, um TP antissocial é muito mais sério do que simplesmente ser antissocial.
E associal?
Por outro lado, quando falamos de alguém associal, referimo-nos a uma pessoa que tem dificuldade de se integrar e se relacionar com a sociedade (ou que não tem interesse em fazê-lo). Ou seja, eles não burlam regras como os antissociais, mas têm dificuldade (ou não têm interesse) em se integrar, participar de grupos, se relacionar, etc. São pessoas que preferem a solidão.
Como dissemos, em muitos casos, ser associal não é uma dificuldade, mas sim uma falta de motivação por parte da pessoa, que prefere exercer as atividades sozinha e que não tem interesse nas relações sociais. Se levarmos esse jeito de ser ao extremo, encontraremos transtornos do espectro do autista (TEA) ou até mesmo o transtorno de personalidade esquizoide.
Transtorno de personalidade esquizoide
Neste último caso, as pessoas com TP esquizoide, também classificadas como tal no DSM-5, apresentam um padrão dominante de distanciamento nas relações sociais, bem como pouca variedade de expressão de emoções em contextos interpessoais.
Em outras palavras, no TP esquizoide, não falamos apenas em ser “associal” em um grau extremo, mas também incluímos outros tipos de sintomas. Alguns deles são os seguintes: desfrutar de pouca ou nenhuma atividade, mostrar pouco interesse em ter experiências sexuais com alguém, não querer ou não desfrutar de relacionamentos íntimos, quase sempre optar por atividades solitárias, ser indiferente a elogios ou críticas dos outros, etc.
Como podemos ver, as diferenças entre ser associal e antissocial são óbvias. São duas maneiras muito diferentes de ser. Enquanto o associal apresenta desmotivação para participar das interações sociais, bem como uma preferência por atividades solitárias, o antissocial atua violando as normas sociais, muitas vezes de forma violenta.
Neste segundo caso, às vezes falamos de pessoas que até cometem crimes, como roubos (nos casos mais extremos, alguém com TP antissocial pode matar). Assim, para ilustrar esses dois conceitos, pensemos de forma gráfica e muito simplificada no antissocial como o clássico delinquente ou vândalo e no associal como o eremita que prefere viver na solidão.
No entanto, uma pessoa antissocial também pode ser associal, embora esta não seja uma regra. Ou seja, são fenômenos que não precisam aparecer juntos. O que devemos ter claro é que o antissocial pode ser alguém muito sociável (longe da associalidade) e, no entanto, violar os direitos dos outros ou as normas sociais, o que também pode dificultar a sua inserção na sociedade (como aconteceria com a pessoa associal, embora por razões claramente diferentes).
Fonte: A Mente é maravilhosa
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
''Chega um tempo em que você para de olhar, aprende a enxergar. Para de correr, aprende a caminhar. Para de gritar, aprende a assoviar.'' (Renata Fagundes)
Nada é tão definitivo assim e a gente nunca é, a gente está. [...] A gente vai experimentando aqui e acolá, vai sentindo o ritmo, o tempo, tendo cuidado com algumas coisas e desrespeitando as placas de aviso de perigo de outras. A gente cai, levanta, chora, celebra. A gente vive. A gente se conhece através das reações dos outros a nós mesmos. A gente se trabalha ou estagna, regride ou evolui. A escolha é sempre nossa!
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021
Os 9 hábitos que matam os nossos neurônios...
Com aproximadamente 86 bilhões de neurônios, cada qual dotado de cerca de 10 mil conexões com outros neurônios, o cérebro humano é o objeto material mais sofisticado em estudo pela ciência contemporânea.
Um aspecto de sua sofisticação é a chamada “neuroplasticidade”: a capacidade que o cérebro possui de reorganizar seus caminhos sinápticos, em resposta a novos estímulos sensoriais, aportes de informações, mudanças nos parâmetros ambientais ou danos na estrutura previamente estabelecida.
Você sabia que alguns hábitos matam neurônios e que o estilo de vida tem um impacto direto na saúde mental?
Conheça 9 hábitos que são potencialmente prejudiciais para o cérebro.
A saúde cognitiva vai diminuindo conforme passam os anos; o que faz com que, em idades mais avançadas, ocorra uma perda de memória e dificuldades para realizar tarefas comuns, que antes eram muito simples. No entanto, há quem apresente este tipo de problema ainda quando é jovem; devido à deterioração que sofrem pela prática constante de atividades que comprometem a função cerebral. Embora em quase todos os casos os efeitos não ocorram de imediato, saiba que, a longo prazo, estes hábitos podem gerar danos irreversíveis.
Em suma, é importante manter uma função neuronal adequada para conservar a boa saúde cerebral.
1- O estresse
O estresse é um dos principais hábitos que matam neurônios. O estresse é definido como uma sensação de tensão física e emocional. Consiste, por sua vez, em um mecanismo que é acionado quando uma pessoa se depara com situações que excedem seus recursos pessoais. Ou seja, aparece quando nos sentimos oprimidos. Esse mecanismo, principalmente se durar por muito tempo (estresse crônico), pode matar neurônios, pois quando estamos estressados o corpo libera uma grande quantidade de cortisol (o hormônio do estresse). Esse hormônio é usado para desviar recursos para os processos biológicos necessários para enfrentar situações de urgência. Mas o que acontece quando o corpo libera grandes quantidades de cortisol e faz isso por muito tempo? Os neurônios são deixados sem vigilância e o sistema imunológico fica enfraquecido.
2- Consumir açúcar
O hábito de ingerir grandes quantidades de açúcar também tem sido associado à morte neuronal (além de outros problemas de saúde). O excesso de açúcar retarda a absorção de outros nutrientes e interrompe as atividades cerebrais. Consumir açúcar não é prejudicial, mas em excesso, sim.
3- A falta de estimulação é outro dos hábitos que matam neurônios
A falta de estimulação (seja física, sensorial ou cognitiva, mas principalmente as duas últimas), ou seja, a monotonia, também é um hábito que mata neurônios.
Nesse sentido, pensar é a melhor forma de estimular o cérebro. Isso inclui fazer exercícios mentais, estudar, escrever, ler um livro, etc. São atividades que ajudam nosso cérebro a “funcionar” e a prevenir patologias graves.
4- Desidratação
Estar continuamente desidratado é outro dos hábitos que matam neurônios. Assim, quando estamos com sede, é importante saciá-la o mais rápido possível. Por quê? Porque, do contrário, o organismo começará a extrair água das células do corpo, e isso aumenta a probabilidade de que algumas delas sejam destruídas (inclusive os neurônios).
5- Fumar, abusar de bebidas alcóolicas e drogas ilícitas
Esse hábito tóxico, além de prejudicar a saúde, também pode destruir os seus neurônios, gerando um vício significativo. Além disso, pode causar danos permanentes aos neurônios e até mesmo matá-los.
6- Poluição
Respirar em ambientes poluídos não prejudica apenas o sistema respiratório, mas também pode matar neurônios. Isso ocorre porque o cérebro é um dos órgãos do corpo que mais consomem recursos. Quando respiramos em ambientes poluídos, absorvemos uma grande quantidade de partículas tóxicas.
Essas partículas chegam ao cérebro (apesar de a barreira hematoencefálica nos proteger de algumas delas). Por isso é tão bom sair de vez em quando das grandes cidades (ou quem sabe até viver em ambientes naturais como o campo).
7- Dormir pouco é outro dos hábitos que matam neurônios
Dormir pouco, ou dormir mal, também é um dos hábitos que matam neurônios. Muitas pesquisas têm relacionado a privação de sono prolongada à morte neuronal, bem como à diminuição de algumas partes do cérebro (como o hipocampo).
8- Não tomar um bom café da manhã
O café da manhã não apenas desempenha um papel fundamental no metabolismo e no peso corporal, mas também é necessário para ativar o cérebro na primeira hora da manhã.
A falta de proteínas, vitaminas e nutrientes no café da manhã, pode causar uma degeneração cerebral, que mais tarde causa a morte de neurônios devido à sobrecarga de trabalho e falta de energia.
9- Não praticar atividade física
O sedentarismo é outro dos maus costumes que causam problemas na saúde cerebral. A inatividade do corpo diminui a liberação de várias substâncias químicas importantes, e posteriormente se traduz na perda de habilidades.
A longo prazo, esses danos podem causar problemas de memória, dificuldades de concentração, etc.
Como vimos, a vida que levamos afeta diretamente a saúde do nosso cérebro. O cérebro está conectado à nossa realidade e aos nossos hábitos, e uma vida saudável pode nos proteger de muitas doenças.
Nesse sentido, sabemos que muitos dos distúrbios que afetam a saúde cerebral têm sua origem em fatores hereditários, idade ou algum tipo de lesão. No entanto, hábitos como os explicados também podem influenciar o seu surgimento, uma vez que os neurônios precisam funcionar adequadamente para que o nosso cérebro também funcione.
- A meditação favorece certas capacidades cognitivas como, por exemplo, a atenção, a memória e a concentração.
- Nos ajuda a estar mais presentes, a canalizar o estresse e a ansiedade.
- Com a meditação, além disso, nosso cérebro funciona com outra frequência: produz ondas alfa maiores, as quais pouco a pouco geram ondas gama.
- Leia todos os dias, aumente em você o interesse e a curiosidade por novos assuntos.
- Aprenda um idioma novo.
- Aprenda a tocar um instrumento.
- Mantenha uma visão crítica sobre as coisas e busque sua própria verdade.
- Desenvolva uma mente aberta, seja receptivo a tudo que o envolve, socialize, viaje, descubra, apaixone-se pela vida.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Mais de 23 milhões de pessoas sofrem de algum transtorno mental no Brasil, e a maioria não procura ajuda, seja por medo, estigma, ignorância, preconceito, ou por não ter acesso ao atendimento adequado...
Transtornos psíquicos, depressão e tantos outros temas que envolvem a questão da saúde mental costumam nos chegar carregados de preconceitos e complexidades – que na maioria das vezes prejudicam justamente a parte mais necessitada: a pessoa em sofrimento, que carece de ajuda. Mais de 23 milhões de pessoas sofrem de algum transtorno mental no Brasil, (ou seja, 12% da população) e a maioria não procura ajuda, seja por medo, estigma, ignorância, preconceito, ou por não ter acesso ao atendimento adequado. Hoje o assunto será sobre a Esquizofrenia.
A esquizofrenia é um doença mental que afeta a forma como as pessoas pensam, sentem e percebem o mundo.
A esquizofrenia é um dos principais transtornos mentais humanos e aflige cerca de 1% da população mundial, podendo atingir pessoas de qualquer gênero, raça, classe social e país. Os primeiros sintomas acontecem entre os 15 e 35 anos de idade. A doença pode ocorrer em crianças, mas esses casos são raros. Portanto, a esquizofrenia atinge uma parcela significativa da população em idade produtiva, sendo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a terceira doença que mais afeta a qualidade de vida da população entre 15 e 44 anos.
Sintomas:
- alucinações;
- delírios;
- agitação corporal;
- pensamentos desordenados;
- redução da capacidade de expressar emoções;
- falta de vontade de exercer atividades que antes eram prazerosas;
- dificuldade de se manter concentrado em uma atividade;
- redução da fala;
- lentidão intelectual;
- incapacidade de tomar decisões.
- Como por exemplo, ver coisas que não são reais ou ouvir vozes, desconfiança excessiva ou mania de perseguição, paranoia, em alguns casos automutilação... etc.
Veja essa matéria...
O que é a Esquizofrenia?
É um transtorno mental caracterizado por psicose (perda do contato com a realidade), alucinações (percepções falsas do ambiente), delírios (crenças falsas), perda do juízo crítico, embotamento afetivo (dificuldade em expressar sentimentos e emoções), déficits cognitivos (comprometimento na capacidade de racionalizar) e disfunção ocupacional e social.
Principais características
- Alucinações, delírios, fala e comportamento desorganizados, afeto comprometido e disfunção nas relações sociais em alguns casos.
- Alto índice de suicídio.
- Recomendação de uso de antipsicóticos no tratamento.
- Com a psicoterapia o paciente poderá entender e tratar seus sintomas e dificuldades advindas do transtorno, além de auxiliar na utilização e conscientização dos medicamentos.
- Com o devido tratamento, um terço dos pacientes apresentam melhora significativa a médio e longo prazo.
Há predisposição genética para a doença?
Há fortes evidências de componentes genéticos e ambientais, porém a causa ainda é desconhecida. Geralmente os sintomas têm início na adolescência ou no início da vida adulta, raramente na infância.
Pacientes com familiares em 1º grau que tenham esquizofrenia apresentam risco de 10% a 12% de desenvolver o transtorno, assim como gêmeos monozigóticos tem uma prevalência em torno de 45%.
Já os fatores externos (abuso de substâncias, desemprego, relacionamento, sair de casa, alistamento, entre outros) influenciam no desencadeamento da doença, porém é relativo de pessoa a pessoa (considerando a predisposição à doença). Os sintomas devem permanecer por no mínimo 6 (seis) meses antes que qualquer diagnóstico seja feito.
Quais os primeiros sinais da doença?
A fase inicial se caracteriza pela sensação de que algo está acontecendo, mas o paciente não sabe o quê, e esse desconhecimento inicial gera tensão e ansiedade. Em determinado momento, porém, os sintomas podem agravar-se, iniciando com pequenos delírios ou alucinações. Por exemplo, ele pode mencionar a sensação de que algo está sendo tramado contra si, que estão sabotando alguma coisa, ou que está sendo perseguido e que o mandam fazer algo.
O paciente percebe que algo está acontecendo a seu redor, mas imagina que é o resultado de alguma ação de outros querendo prejudicá-lo. Na verdade, nesse momento, ele não tem consciência crítica de que está adoecendo.
Como a esquizofrenia é diagnosticada?
Quanto mais cedo o diagnóstico é feito, melhor o resultado. O diagnóstico é feito por um especialista a partir da manifestação dos sintomas do transtorno. Obtenção de informações de familiares, amigos e colegas de trabalho auxilia enormemente no diagnóstico.
Não há como diagnosticar o transtorno a partir de exames laboratoriais como exame de sangue, raio X, tomografia, eletroencefalograma etc. No entanto, tais exames podem ser úteis para um diagnóstico diferencial do transtorno, ou seja, para descartar transtornos com sintomas semelhantes à esquizofrenia. Alguns testes psicológicos podem ser úteis para identificar algumas sintomatologias, como o teste de Rorschach para a compreensão da dinâmica de personalidade, através do levantamento dos aspectos intelectuais, afetivo-emocionais e relacionais; e o Programa de Investigação Neuropsicológica – PIEN (elaborado por Pena Casanova) para a compreensão das funções cognitivas.
Quais os tratamentos disponíveis?
O tratamento é feito com fármacos antipsicóticos, reabilitação (treinamento na comunidade, serviços de suporte, etc.) e psicoterapia. Quando tratados precocemente o paciente responde de forma mais rápida e completa.
O uso contínuo de antipsicóticos pode reduzir o reaparecimento da doença em até 1 (um) ano para 30% dos casos. Toda medicação deve ser regulada pelo psiquiatra responsável para adequação da dosagem utilizada pelo paciente.
Devido a recorrência e a longa duração do transtorno, torna-se necessário ensinar ao paciente habilidades de manejo para lidar da melhor forma possível com os sintomas. A realização de treinamentos de habilidades psicossociais (fazer compras, higiene pessoal, afazeres domésticos etc.) e reabilitação vocacionais auxiliam na adaptação social e no desenvolvimento cognitivo. Também é de fundamental importância a psicoeducação dos cuidadores para obtenção de maior efetividade no tratamento.
Quando há necessidade de internação?
A preocupação maior reside nos surtos mais graves, quando o paciente pode representar risco em algum grau, devido ao seu comportamento imprevisível. Tudo pode piorar quando as pessoas ao redor não entendem a situação ou não sabem como lidar com ela. Hoje, há restrições quanto ao tempo de internação e às condições em que ela pode ocorrer.
Um procedimento comum é a internação temporária, mas que ocorre apenas quando o paciente apresenta riscos para si ou para terceiros. O recurso hospitalar é muitas vezes necessário e benéfico, desde que usado com critérios clínicos rigorosos, assim como o restante do tratamento. A Lei 10.216, de 2001 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais define três modalidades de internação psiquiátrica:
- internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;
- internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiros;
- internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
Por que alguns pacientes não melhoram apesar de já terem usado várias medicações?
Como acontece com frequência, os casos clínicos não são uniformes, cada caso é um caso. A falta de resposta ao tratamento medicamentoso (antipsicóticos) pode ser devido ao próprio curso da doença, o que torna o paciente refratário (sem a reposta clínica esperada) ao tratamento. Isto acontece em aproximadamente 30% dos pacientes tratados adequadamente.
Outra causa pode ser a falta de adesão, isto é, a falta de frequência no uso, a dosagem incorreta ou administrada incorretamente pode afetar a efetividade do tratamento. Eventualmente, este comportamento leva o paciente a se tornar refratário ao tratamento.
Outro fator de igual importância é o uso de drogas (maconha, cocaína, crack, entre outras) que provocam os sintomas que as medicações combatem. Fatores como comorbidade (outras doenças relacionadas que afetam a doença primária) e reações a eventos externos também podem interferir na resposta ao tratamento.
Fonte: Psicologia Viva
Bom dia meus queridos! Não existe uma causa única para o desencadear do transtorno, o prognóstico é incerto para muitos casos, tendo geralmente causa multifatorial. Admite-se hoje que várias causas concorrem entre si para o aparecimento, como: quadro psicológico; o ambiente; complicações no parto, histórico familiar da doença e de outros transtornos mentais; traumas; depressão, e mais recentemente, tem-se admitido a possibilidade de uso de substâncias psicoativas (como a maconha, por exemplo), poderem ser responsáveis pelo desencadeamento de surtos e afloração de quadros psicóticos. O transtorno caracteriza-se por uma grave desestruturação psíquica, em que a pessoa perde a capacidade de integrar suas emoções e sentimentos com seus pensamentos, podendo apresentar crenças irreais (delírios), percepções falsas de ambiente (alucinações) e comportamentos que revelam a perda do juízo crítico. A doença produz também dificuldades sociais, como as relacionadas ao trabalho e relacionamento, com a interrupção das atividades produtivas da pessoa. A esquizofrenia não causa a morte, mas o índice de tentativas de suicídio entre pacientes esquizofrênicos é dez vezes maior do que no de pessoas sem o transtorno psiquiátrico; cerca de 50% dos acometidos pelo transtorno ao menos tentam o suicídio. A explicação vem do fato de a grande maioria dos esquizofrênicos também desenvolverem depressão e outros transtornos psíquicos; o preconceito e a exclusão social também os encorajam a acabar com a própria vida, o que 20% dos que tentam conseguem fazer. É uma doença que precisa ser muito bem analisada e diagnosticada, pois há muitas variações ou tipos de Esquizofrenia. Para ajudar inicialmente, é bom estimular o paciente a buscar atendimento especializado com um psiquiatra e um psicólogo. A família geralmente descobre a esquizofrenia num ente querido, quando ele começa a perder a noção da realidade e ter comportamentos bizarros.
E para finalizar, algumas dicas de filmes que abordam esse tema: Uma Mente Brilhante (2001); Janela Secreta (2004); O Solista (2009); Ilha do Medo, com Leonardo DiCaprio (2010); Cisne Negro (2010) e Nise: O Coração da Loucura (2015).