''O amor não precisa fazer barulho.
Ele não é escandaloso, porém tampouco é mudo. É como uma melodia a dois, serena e profunda, que aquece o coração.
O amor de verdade até tem suas declarações, seus grandes gestos. Mas ele mora mesmo é nos detalhes.
Porque o amor não está no tamanho do que se faz, mas na importância e significado daquilo que é feito.
Ele está no olhar manso que pousa no ser amado sem pressa. Que acolhe suas nuances, e dança com suas virtudes e imperfeições.
Está no sorriso cansado no fim do dia que conforta e faz valer a pena o peso da rotina.
Está no ombro amigo das horas difíceis, na escuta que acolhe as aflições, na palavra que reergue o ânimo quando já não acreditamos em nós mesmos.
Está no “bom dia”, no “como você está?”, no “me avisa se chegou bem”, no “fiz aquela comida que você gosta”, no “vi isso e lembrei de você”.
O amor mora nos “detalhezinhos” do dia a dia, que fazem a gente se sentir especial. Que faz com a gente sinta que não está sozinho nesse mundo tão grande, e as vezes, tão assustador.
Ele está no encanto com as particularidades do outro, no afeto com aspectos tão banais, mas que nosso coração sabe que é aquilo que torna o ser amado quem é, e por isso, único no mundo. Por isso que o amor não é para os apressados, para os que buscam perfeição, para os que pensam que ele só reside nos grandes feitos. O amor é para quem está atento a enxergá-lo nos detalhes, nos gestos que verdadeiramente importam, e que revelam o amor em toda sua força e intensidade.
A gente sabe que é amado não quando alguém nos diz “eu te amo”, mas quando nos entrega esse amor nos detalhes.''
Alexandro Gruber