“Afinidade é algo que não se explica. Quando acontece, dá-se numa fluidez na qual tudo parece se encaixar sem esforço. Essa sensação de afinidade vem de um reconhecimento inconsciente de uma vibração energética semelhante à nossa. Quando vibramos parecido, não há necessidade de nos explicarmos ao outro. Acho tão bom quando não preciso me explicar... Dá uma leveza boa poder ser apenas quem sou, sentir que o outro compreende minha forma de ser. Isso abre um espaço onde a espontaneidade pode se manifestar, um espaço onde posso relaxar, baixar qualquer defesa, confiar que o melhor virá. Quando há afinidade sempre vemos a faceta mais iluminada de nós mesmos refletida naquilo que o outro é. Não ficamos distorcendo as coisas, inventando problemas ou criando pesos desnecessários. Há uma espécie de pureza na relação, que se torna um espaço de cura. Todos precisamos ter nosso círculo de amor, esses espaços seguros onde podemos nos abrigar dos constantes desafios desse mundo tão vasto e cheio de perigos. Cansa termos que nos proteger o tempo todo. Que coisa boa é poder relaxar, baixar a guarda, virar criança e apenas brincar."
Patrícia Gebrim
