Um dos poemas mais famosos de Charles Chaplin, que nos oferece uma fabulosa lição sobre o crescimento pessoal, começa assim: “Quando me amei de verdade, eu realmente entendi que, em qualquer circunstância, diante de qualquer pessoa e situação, eu estava no lugar certo e no momento exato. Foi então que eu pude relaxar. Hoje eu sei que isso tem um nome: autoestima”.
Dizem que Charles Chaplin escreveu este poema, “Quando me amei de verdade”, quando tinha 70 anos de idade.
Alguns dizem que não é da sua autoria, mas sim uma adaptação livre de
um parágrafo que aparece no livro de Kim e Alison McMillen “Quando eu me
amei de verdade”. Seja como for, este não é o único texto de Chaplin
que utiliza argumentos tão bonitos, requintados e enriquecedores sobre o
poder e o valor da nossa mente.
Na verdade, também temos o poema “Vida”, onde ele nos diz, entre outras coisas, que o mundo pertence a aqueles que se atrevem,
que viver não é simplesmente passar pela vida, mas lutar, sentir,
experimentar, amar com determinação. Portanto, realmente não importa se
este poema é uma adaptação de outro já existente ou se saiu da mente e
do coração desse gênio icônico que nos cativou com o seu jeito de
caminhar, seu bigode e sua bengala.
Carlitos, aquele personagem desengonçado, um vagabundo solitário,
poeta e sonhador sempre em busca de uma diversão ou uma aventura, tinha
uma mente muito lúcida: um homem com ideias muito claras sobre o que queria transmitir. E o que ele nos mostrou nas suas produções integra-se perfeitamente em cada uma das palavras desse poema.
Charles Chaplin sempre tentou nos conscientizar através da inocência do seu personagem, nos fazer acordar para entendermos os complexos paradoxos do nosso mundo. Um lugar onde apenas nossas forças humanas e psicológicas poderiam enfrentar a insensatez, a desigualdade, a presença do mal. Algo que vimos sem dúvida em “O Grande Ditador”, em que ele nos convidava a nos conectarmos muito mais com nós mesmos e com os outros seres humanos, defendendo os nossos direitos e os direitos do nosso planeta.
Até hoje, e isso não podemos negar, o legado de Chaplin não se desfez; sempre será necessário e indispensável. Porque as lições transmitidas através da tragicomédia são aquelas que mais nos fazem pensar, e poemas como “Quando eu me amei de verdade” são presentes para o coração, convites diretos para melhorarmos como pessoas.
‘Quando me amei de verdade’, Charles Chaplin
Quando me amei de verdade,
compreendi que em qualquer circunstância eu estava no lugar correto e
no momento preciso. E então, consegui relaxar. Hoje sei que isso tem
nome… Autoestima.
Quando me amei de verdade, percebi que a
minha angústia e o meu sofrimento emocional não são mais que sinais de
que estou agindo contra as minhas próprias verdades. Hoje sei que isso
é… Autenticidade.
Quando me amei de verdade, deixei de desejar
que a minha vida fosse diferente e comecei a perceber que tudo o que
acontece contribui para o meu crescimento. Hoje sei que isso se chama… Maturidade.
Quando me amei de verdade, compreendi por
que é ofensivo forçar uma situação ou uma pessoa só para alcançar aquilo
que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou que a pessoa (talvez
eu mesmo) não está preparada. Hoje sei que isso se chama… Respeito.
Quando me amei de verdade, me libertei de tudo que não é saudável:
pessoas e situações, tudo e qualquer coisa que me empurrasse para baixo.
No início a minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que
isso se chama… Amor por si mesmo.
Quando me amei de verdade, deixei de me
preocupar por não ter tempo livre e desisti de fazer grandes planos,
abandonei os megaprojetos do futuro. Hoje faço o que acho correto, o que
eu gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é… Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos. Assim descobri a… Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar
revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora me mantenho no
presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. E
isso se chama… Plenitude.
Quando me amei de verdade, compreendi que a
minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a
serviço do meu coração, é uma aliada valiosa. E isso é… Saber viver!
Fonte: A Mente é Maravilhosa
Fonte: A Mente é Maravilhosa