O amor chega quando não estamos esperando. Ele chega silencioso, sem fazer barulho, sem ser anunciado. O amor acontece quando estamos distraídos.
Ele entra em nós de mansinho, contorna os bloqueios que fizemos pelas promessas de que nunca íamos amar de novo e faz morada em nosso coração.
O amor, o amor real, não a paixão ou a atração momentânea, mas sim o sentimento profundo e mágico, chega sem ser percebido. Chega sem se importar com as nossas desilusões antigas ou se acreditávamos que ele nunca chegaria.
Ele chega através de alguém cuja presença em nossa vida não era esperada. Quando já havíamos quase desistido da ideia de procurar uma pessoa e estar em uma relação. Ele chega quando perdemos essa possessividade por uma relação, quando entendemos que errado não é estar solteiro, errado é estar preso a uma coisa que não nos faz bem. Ele chega quando amadurecemos e percebemos que a gente se basta, que se tem alguém para caminhar conosco é bom, mas que se não tem o mundo não vai acabar.
O amor chega quando paramos de procurar lá fora e passamos a investir nosso tempo e atenção em nós. Quando entendemos que de nada vale ter alguém, mas não estar de bem consigo mesmo. Quando compreendemos que os outros podem chegar e partir, mas que a gente sempre fica.
O amor chega: nasce primeiro em nós e por nós, e de repente o vemos também nos olhos de alguém.
Porque o amor não chega quando a gente procura. O amor chega quando a gente está pronto para amar.
Alexandro Gruber