Enxaqueca diminui perda cognitiva após os 50 anos
Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins mostra que declínio da memória e da capacidade de resolver problemas é mais lento em pessoas que enfrentam fortes dores de cabeça
Enxaquecas são um tormento. Mas as pessoas que sofrem desse desconforto – ou, que por serem sujeitas a ele, empenham-se em evitá-lo – podem ter pelo menos uma compensação: a desaceleração da perda cognitiva após os 50 anos. A pesquisa, desenvolvida por cientistas da faculdade de saúde pública da Universidade Johns Hopkins e publicada no periódico Neurology, mostrou que o declínio da memória e da capacidade de resolver problemas é mais lento em pessoas com esse tipo de cefaléia. O desempenho é ainda mais preservado nos pacientes que apresentam a chamada enxaqueca com aura (na qual a pessoa sofre de distúrbios visuais durante algum momento da crise). Os especialistas têm duas hipóteses para explicar a constatação. Uma delas é que o estilo de vida mais saudável de pessoas constantemente preocupadas em evitar as fortes dores de cabeça, previne o decréscimo cognitivo. Outra possibilidade é que os medicamentos utilizados para controlar a enxaqueca podem ter efeitos benéficos para a preservação das habilidades cerebrais a longo prazo.