Tenho um jeito meio estranho de lidar comigo. Nem sempre me aceito, nem sempre me entendo, nem sempre me dou a mão. E como é essencial a gente se dar a mão, meu Deus! Olhar para dentro pode ser desesperador e doído. A gente carrega muitas coisas no peito, nas costas, na memória. E é preciso tentar viver bem com passado, presente e futuro batidos e misturados dentro da coqueteleira interna. Não é tarefa fácil, não. Requer esforço e uma capacidade bonita de perdoar.
Clarissa Corrêa