Estar só não é um castigo, estar só é uma oportunidade. Passamos a vida pensando em conhecer lugares incríveis, e esquecemos de conhecer justamente a nós mesmos. Traçamos rotinas que nos movem para o trabalho, para os estudos, para as pessoas, para os lugares de entretenimento e nenhum caminho que leve até nós. Olhar para dentro de si, ficar consigo e fazer de si mesmo a sua melhor companhia é mais do que um exercício espiritual, é uma necessidade psíquica e emocional. O problema não é estar só, e sim se sentir estranho de si mesmo. Quem tem problemas em ficar sozinho não percebe o quanto se fez refém das opiniões do mundo. Tem gente que foge de si. Tem gente que precisa do barulho... daquele barulho que cala toda avaliação interna, daquele barulho que nos distrai de pensar as questões essenciais: quem sou? O que sou? Para onde vou? Você vive ou se distrai de si mesmo?
É esse medo de olhar para si e reconhecer na própria vida um estranho, que construiu um personagem para se adaptar a sociedade e que já não se sente encaixado em lugar nenhum. Esse medo de não ser amado que julga, que se compara, que se minimiza, que se cobra e que sempre faz com que nos sintamos que nunca somos suficientes.
Quando foi a última vez que você se visitou? Qual foi a última vez que você foi para dentro, buscou se encontrar, se reconhecer, se valorizar e aprender que você não necessita de nada ou alguém exclusivamente para ser feliz?
Quando foi a última vez que você fez de si mesmo o seu apoio, o seu lar, o seu refúgio?
Quando foi a última vez que você olhou para dentro de si e amou o que viu?
Vai! Ainda há tempo!
Deixa de lado toda essa necessidade de um olhar do mundo e aprende a olhar a si mesmo.
Se conhece, se elogia, se ama, se abraça, faz o que gosta por si e para si e aproveita essa unicidade, essa estranheza, essa combinação única que é você.
Faça de si a sua melhor companhia, e você nunca mais vai se sentir sozinho. O melhor lugar para se visitar é o lado de dentro!
Alexandro Gruber