Autossabotagem: 7 sinais de que você está boicotando a própria vida...
"Síndrome do Impostor" já ouviu falar? Ela é muito comum. Felizmente ela pode ser detectada. Se você sente constantemente que o que você faz não é bom o suficiente, você pode ter a chamada Síndrome do Impostor. É um termo psicológico que descreve um padrão de comportamento no qual você duvida de suas realizações e tem um medo persistente de ser exposto como uma fraude, como incompetente. É uma forma de autossabotagem.
Hoje, nos deparamos com frequência com profissionais que passaram por algumas situações semelhantes às descritas acima e que têm uma autoconfiança baixa. Além disso, descobrimos que não importa o nível ou cargo em qual esta pessoa está, qualquer um pode experimentar a síndrome. Veja como:
1. Não reconhecer suas próprias conquistas
Batalhamos e batalhamos para atingir objetivos. Todo santo dia.
Quando finalmente chegamos “lá”, com méritos e bom desempenho, começa a fase de negar elogios e reconhecimentos.
A negação é um estágio que revela uma incompatibilidade entre o que de fato acontece e sua interpretação.
Nesses casos é bom olhar para trás e compreender que sim: você merece comemorar suas vitórias sem medo.
Muitos agem como sabotadores ao longo da vida, por não entenderem suas próprias estratégias mentais. Investir em autoconhecimento é uma forma de se prevenir, de fortalecer a autoestima e auto-eficácia, que é a crença na sua própria capacidade de atingir resultados na vida.
2. Tem necessidade de falar muito sobre suas conquistas para encontrar o senso de merecimento
Comentar com amigos e pessoas próximas sobre seus feitos recentes é saudável.
Exagerar nisso, no entanto, pode ser um exemplo de boicote.
Quando é necessário exaltar a si mesmo de forma forçada ou excessiva, entende-se que você está mais sensível ao elogio do que o normal.
Essa necessidade desmedida de aprovação pode gerar dependência de opiniões alheias.
Sua autoestima, então, será determinada por isso.
3. Se achar “não merecedor”
À medida que essa sensação de fragilidade interfere no dia a dia, você assume o papel de “indigno de conquistas”.
Um dos agravantes do “não merecedor” é uma compulsão por sair do papel considerado inadequado.
São pessoas que abrem mão do autoconhecimento e passam a utilizar máscaras para serem aceitos, podendo, inclusive, se perder de quem são. Desta forma, tornam-se muito vulneráveis ao julgamento do outro.
4. Muita comparação e senso de inferioridade
Nada é suficiente e a comparação com todos ao redor é um comportamento recorrente. O impostor acredita que seu valor está intimamente ligado a sua imagem e não ao que ele é. Ou seja, para ele, cargo, fama e posses são o que o tornam um alguém de verdade.
Caso você sinta que está aliando os dois fatores, o de se colocar para baixo e a insistência em achar pontos em comum com outros, o ideal é reformular sua estratégia do dia a dia.
Além disso, usar a “régua dos outros” para medir situações suas pode ser bastante incoerente.
5. Foca sempre no que falta (e não no que está bem)
E como driblar a mania?
Um dos pilares da síndrome de impostor é sempre olhar “o lado ruim das coisas”.
Isso gera perda de foco e, principalmente, erro na hora de saber onde direcionar a atenção.
É importante valorizar pequenas conquistas, ou melhor, percebê-las. Compartilhar isso com o seu círculo social, interagir com as conquistas alheias sem comparações e simplesmente celebrá-las. Ser grato pelo que você e os que você quer bem conquistam.
6. Medo de falhas impede que se cultive relacionamentos
Errar é humano.
Quando o medo toma conta, é fácil entender que nosso círculo social será afetado.
Seja na vida amorosa ou em reuniões formais, é fato que precisamos fazer uma distinção entre fracasso e deslizes (para não surtarmos).
Os relacionamentos acabam se tornando veículos para a autossabotagem. Vemos e atraímos no outro aquilo que pensamos sobre nós mesmos. Muitas vezes, o sentimento padrão de um indivíduo é negativo. Ele pensa e age movido, por exemplo, pela culpa. Nesse caso a cabeça age primeiro com repulsa para depois analisar exatamente o que aconteceu.
7. Tem necessidade excessiva de controle
Querer controlar tudo nunca é um bom sinal — tanto para você, como para quem está próximo.
Quando tudo está sob sua visão e comando, é mais fácil manipular a realidade e, assim, ser “convencido” de que tudo está bem (ainda que não esteja).
Em relação às pessoas bem-sucedidas, que necessitam mais e mais de controle sobre tudo e todos, e ainda assim se sentem impotentes, acabando por produzir situações de sabotagem, o ideal é questionar-se se realmente existe a influência e controle sobre a situação, ou se isso não passa de uma simples zona de preocupação.
Fonte: Revista Exame
Bom dia a todos! Um bom artigo para a nossa reflexão. Além do que foi falado aqui, quero citar mais dois casos que são relevantes, o uso excessivo de álcool ou drogas para tentar mascarar as emoções, é uma forma de autossabotagem. E também, quando o relacionamento começa a ficar mais sério e a pessoa desiste da relação sem motivos, pode ser por medo de se magoar. Isso pode estar a nível consciente ou inconsciente. Eu diria que a autossabotagem está muito ligada e enraizada nas nossas crenças limitantes, na culpa, no medo, na vergonha, na procrastinação, na não valorização e aceitação de si. Através do autoconhecimento, do autocontrole, da capacidade de gerenciar nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações, vamos adquirindo inteligência emocional para resolver essas questões internas e sabotadoras. Mudando o nosso mindset, vamos criando crenças fortalecedoras, e com isso, ganhamos uma vida mais equilibrada, autoconfiante e serena. Não temos escapatória, ou mudamos ou tudo na nossa vida se repete. É aquilo que dizia sabiamente Caio F. Abreu: ''Em frente ou enfrente. Você me entende?'' Nesse caso, um grande aliado pode ser a Psicoterapia.