Segundo Carl Gustav Jung, a vida se expressa em nós e ao nosso redor por meio de símbolos: imagens, sonhos, coincidências (sincronicidades), mitos, artes, arquétipos, que carregam sentidos mais profundos do que aquilo que vemos literalmente. Para Jung: O inconsciente fala em símbolos: quando sonhamos, por exemplo, não recebemos mensagens diretas, mas representações simbólicas de processos internos. Um rio pode simbolizar o fluxo da vida; uma casa, o próprio “eu”.
O mundo externo também reflete o interno: através da sincronicidade, acontecimentos “externos” se alinham com estados internos, revelando significados. Não é acaso puro, mas uma comunicação simbólica entre o indivíduo e a totalidade.
Escutar a vida exige atenção à linguagem simbólica: Jung propunha que, em vez de interpretar de forma literal, devemos perguntar: “O que isso quer me dizer? Que parte de mim ou do meu caminho está sendo refletida aqui?”
A imaginação ativa: um método junguiano de escuta é dialogar conscientemente com imagens, sonhos ou fantasias, dando voz ao símbolo, como se fosse uma presença com algo a nos ensinar.
O símbolo conecta consciente e inconsciente: é como uma ponte viva entre aquilo que sabemos e o que ainda precisa ser revelado.
Para “escutar a vida” segundo Jung, precisamos cultivar atenção ao simbólico, àquilo que se apresenta em sonhos, arte, intuições, repetições de padrões e coincidências significativas. É menos uma lógica racional e mais uma abertura poética ao sentido escondido nos sinais.
Vamos entender isso na prática? Vem comigo! 😉
Escolha o símbolo: Pode ser um sonho recente, uma imagem que apareceu na sua mente, um animal que cruza seu caminho com frequência, uma coincidência marcante ou até um objeto/arquétipo que chamou sua atenção. Exemplo: vamos supor que você sonhou com uma chave, ou encontrou repetidas vezes imagens de borboletas por aí. Isso, com certeza quer te dizer algo, mas o quê, afinal?
Anote a experiência: Escreva em um caderno: o que aconteceu, como foi, quais detalhes chamaram sua atenção. Descreva sem interpretar ainda. Apenas registre.
Sinta antes de pensar: Feche os olhos e traga a imagem à mente. Pergunte-se: “Que emoção essa imagem desperta em mim?” Note se surge calma, medo, esperança, mistério, raiva… O sentimento é a porta de entrada.
Dialogue com o símbolo (imaginação ativa): Imagine que o símbolo é um ser vivo com algo a dizer. Pergunte: “O que você quer me mostrar? O que você representa na minha vida agora?” Escreva as respostas que vierem, mesmo que pareçam inventadas, o inconsciente fala através da imaginação. Porém, não se preocupe tanto, pois a resposta virá e se não for na hora, vem depois, em alguns dias.
Relacione com sua vida: Pergunte-se: “De que parte da minha vida esse símbolo está falando? O que preciso aprender, transformar ou acolher agora?” Exemplo: uma chave pode simbolizar novas possibilidades ou o desbloqueio de algo interno. Ou um fechar de porta para algo ou um abrir de porta para o novo… tudo vai depender da sua vida. Um símbolo que significa algo para você, não vai significar a mesma coisa para uma outra pessoa, porque somos únicos e cada um está vivendo um processo diferente na vida. Lembra? Uma borboleta, por exemplo, pode falar de transformação, mudança e leveza. Ou um convite para soltar algo que está te aprisionando. Um mesmo símbolo pode ter vários significados. Tudo vai depender de você.
Agradeça e integre: Acolha a mensagem como orientação, dessa forma você o traz para o mundo consciente.
Esse processo não é sobre encontrar uma “resposta única e definitiva”, mas sobre abrir espaço para o diálogo entre o consciente e o inconsciente, como Jung ensinava.
Para quem não sabe as sincronicidades da vida começam bem sutis, mas se elas vem e não damos muita atenção, elas começam a ser mais constantes e se não entendemos o recado, chega uma hora que vem com um chacoalhão bem forte, até você “acordar”, mudar e ir em busca de um despertar, e se nem assim você entender… aí você estará em apuros, porque tudo o que vem, vem para ensinar algo importante, para o nosso despertar de consciência e evolução. Para vocês entenderem melhor, as sincronicidades são como “sussurros do universo”, lembrando que não estamos separados do todo, e que a vida fala conosco através de símbolos vivos, tanto no mundo interno quanto no externo. Finalizando, as sincronicidades funcionam como mensagens simbólicas da vida. São convites para percebermos conexões ocultas e para confiarmos que há um sentido maior em nossa trajetória.
Vou ficando por aqui, e agora ficou mais fácil para vocês entenderem o que o Universo quer lhes dizer?
Eu vivo vendo horas iguais. E hoje na hora do almoço, eu vi um lindo beija-flor voando na janela da minha casa. Parecia até que ele queria entrar, mas a minha janela estava fechada. Que coisa mais maravilhosa! 🥰 Gente, eu moro no 8º andar, que eu saiba beija-flor não voa tão alto assim. Pelo menos, eu nunca tinha visto. Passarinhos, muitos. Beija-flor, foi a primeira vez. Se isso não são sinais do universo, eu não sei o que é… O beija-flor simboliza cura, renovação, transformação, amor incondicional… Eu só sei que o meu dia ficou mais feliz! Bjs no coração! 💓