Não sou mais a mesma. Aliás, não somos mais os mesmos de alguns anos e até dias atrás. Mudamos. O tempo todo. E eu, particularmente, acho isso fantástico. Acontece que de uns tempos para cá percebi um certo estranhamento, de mim para mim, entende? Percebi que muita coisa havia mudado. Gostos. Rotina. Prioridades. E sim eu percebi que estava me tornando seletiva. Não era todo lugar que estava disposta a ir e nossa, “será que estou ficando velha?” Perguntava eu. Depois percebia que não me sentia bem, no sentido de me sentir à vontade, com todas as pessoas. O que antes acontecia. Agora não mais. Fui ficando “chata”. Não era qualquer lugar, qualquer pessoa, qualquer tempo… Eu era exigente. Eu me tornei seletiva. No começo eu me culpei bastante.
Achei que estava sendo chata, mas depois comecei a perceber que na verdade eu estava me priorizando. Sim. Primeiro, porque não são com todas as pessoas que nos sentimos bem. E ESTÁ TUDO BEM. Segundo, porque não preciso sempre estar disposta a sair, às vezes a gente só quer a calmaria do nosso lar, uma boa série rsrs e uma boa noite de sono. Terceiro, que a gente precisa parar de se cobrar tanto socialmente. E por último e não menos importante (e aí vem o ponto que talvez muitos não entendam, ainda). Depois de um tempo, você percebe que o tempo é realmente algo valioso. Com tantas coisas para fazer, dar conta, tantos compromissos. Rotina... Você começa a priorizar o tempo que sobra com o que realmente importa. Com quem realmente te faz bem e aí meu querido leitor, não é qualquer lugar que cabe. Não é qualquer pessoa que serve e sim, a gente se torna seletivo. Que bom. Uma pena que demoramos tanto tempo para priorizar o que importa. Ninguém consegue focar em inúmeras relações. Se queremos nos aprofundar precisamos dedicar tempo. Precisamos saber quem nos faz bem. Quem não faz. Quem acrescenta e quem nos diminui. Isso é se priorizar também. Aprendi isso. Dói muito, mas a gente aprende que só se ama os outros, amando a si mesmo.