Quando a dor vier, abrace-a.
A dor é um prestimoso instrumento pedagógico para a nossa evolução. Esteja atento aos seus acenos. Pois a dor nos educa e nos alerta sobre os perigos que nos espreitam quando negligenciamos os conselhos do espírito. A dor é uma nobre mensageira que denuncia a ignorância, o apego, a ilusão. Purificadora, ela desnuda a nossa resistência à mudança.
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As dores corrigem os nossos passos para a direção correta. Chamam nossa atenção para os pesos que há muito impedem a elevação. Quando bem aproveitadas, esclarecem as questões profundas cuja apreciação ainda adiamos. Toda dor é uma oportunidade. Um aviso benfazejo. Não devem, as dores, jamais, ser negligenciadas, rejeitadas, tampouco reprimidas. Pois desejar fugir da dor sem compreendê-la é desejo paralisante; só faz fortalecer o sofrimento. Se há dor, abra bem os ouvidos e escute sua mensagem. Até que se derrubem as paredes que sufocam o entendimento.
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Enquanto nos desviamos do caminho, as dores manifestam-se de forma proporcional à força da nossa rebeldia. Não se trata de punição, mas de medida corretiva lançada pelo nosso eu superior para estimular o necessário progresso. Elas nos ensinam sobre as nossas debilidades, sobre nosso orgulho, sobre todas as falsidades que consagramos tão reais. Destroem as bases para que os peregrinos se refaçam em renovados alicerces. Expõem a fragilidade das certezas. No inevitável morrer, convidam os caídos ao renascimento.
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Quando aqui despertamos, as dores nos reformam sucessivas vezes, até que, enfim destruído o invólucro, possamos emergir libertos em paisagens ensolaradas. Das repetidas quedas, erguem-se triunfantes perante o abismo. A dor era um convite para as asas que, por tanto tempo, recusaram o voo da redenção.
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Fonte: Xamanismo Sete Raios
Dessa vida a gente leva só a alma, cuidemos bem da nossa! Que as forças do Universo nos abençoe.