11 maneiras de ajudar na alfabetização do seu filho
Contar histórias, deixar bilhetinhos na geladeira, fazer lista de compras em voz alta - essas são apenas algumas situações que tornam o espaço de convivência da criança mais... alfabetizador! E isso é fundamental para o aprendizado.
Você pode, isso sim, tornar o ambiente de convivência da criança repleto de atos de leitura e escrita, de forma a inseri-la desde cedo no mundo das letras. Em suma, deixar o ambiente doméstico mais alfabetizador. “Isso acontece quando, por exemplo, a mãe deixa bilhetinhos na porta da geladeira, apontando a finalidade do ato para a criança: ‘vamos deixar esse recadinho para o papai avisando-o que iremos nos atrasar para o jantar’. Ou quando, antes de começar um novo jogo (de tabuleiro, por exemplo), ela propõe ao filho que eles leiam as regras juntos.
A criança que cresce em constante contato com a leitura e a escrita acaba se apropriando da língua escrita de maneira mais autoral e adquirindo experiências que vão fazer a diferença na hora de ela aprender a ler e a escrever efetivamente. Isso explica o fato de, numa mesma sala de 1º ano, professores se depararem com algumas crianças praticamente alfabetizadas e outras que sequer entendem a função do bilhetinho na porta da geladeira ou que a linguagem escrita se relaciona com a oral, porque viveram experiências muito discrepantes em casa.
Leia abaixo as 11 maneiras de deixar o ambiente de sua casa mais alfabetizador, ajudando seu filho a passar com tranquilidade pela alfabetização o que, aliás, é fundamental para ele ter sucesso nas etapas futuras do aprendizado e do conhecimento.
1- Deixar bilhetes ou escrever cartas
Que outra função tão importante tem a escrita que não a de comunicar? Pois desde bem cedo a criança pode perceber isso, pelas atitudes dos pais. Deixe recadinhos na porta da geladeira, escreva cartas e estimule-a a fazer o mesmo (mesmo que saiam apenas rabiscos. Lembre-se: nessa fase do desenvolvimento, não se erra, se tenta acertar). 'Vou escrever uma carta para a vovó contando como estamos. O que você quer que eu conte para ela?'. Recebeu uma carta ou encontrou um recadinho em casa? Leia em voz alta. "Procure incluir a criança sempre que uma situação de comunicação escrita se apresentar na casa", aconselha a educadora Maria Claudia.
2- Ler histórias
Leia com frequência para seu filho: gibis, revistas, contos de fadas... Leia mais de uma vez o mesmo livro, pois isso é importante para a criança começar a recontar aquela história depois, no papel de leitora, inclusive passando as páginas do livro corretamente.
O que pouca gente lembra é que o ato de leitura deve começar muito cedo, com crianças que ainda estão longe de serem alfabetizadas.
3- Preparar receitas culinárias na presença da criança
Na culinária isso pode acontecer de maneira descontraída e divertida. Durante a receita de um bolo, por exemplo, vá perguntando para a criança: "Vamos ver o que falta colocar? Ah, ainda preciso colocar 3 ovos, está escrito aqui".
4- Ser um modelo de leitor
Essa é a premissa mais básica de qualquer ambiente alfabetizador. A criança forma valores a partir de bons modelos e, assim, ter pais leitores é fundamental para ela aderir à leitura. Estante de livro não pode parecer santuário. As crianças têm de observar que os pais estão sempre mexendo ali, escolhendo um livro, lendo-o e comentando-o com a família.
5- Explorar rótulos de embalagens
Alguns produtos são recorrentes na dispensa de nossas casas e as crianças acabam se acostumando com a presença deles. Aproveite momentos de descontração, como durante as refeições, para ler os rótulos junto com seu filho. "Com o tempo, ele começa a ler por imagem, por associação.
6- Fazer listas de compra com seu filho
Esta aí uma tarefa pra lá de corriqueira: fazer a lista de compras do supermercado. Num ambiente alfabetizador, o momento pode ser aproveitado: chame a criança para preencher a lista com você e faça com que ela perceba que você anota no papel as coisas que irá comprar, para consultar lá no mercado (uma forma de ela relacionar a linguagem oral com a escrita). Vá conversando com ela: "Vamos anotar para não esquecer. O que mais vamos ter de comprar? Então, vamos escrever aqui". Deixe que ela acompanhe com os olhos o que você está escrevendo e vá falando em voz alta.
7- Aproveitar as situações da rua
Placas de trânsito, destino de ônibus, outdoors, letreiros, panfletos, faixas... onde quer que frequentemos estaremos sempre em contato com o mundo letrado e é ótimo que os diferentes elementos sejam aproveitados com a criança. "Dá para levar em forma de brincadeira. 'Olha filho, tem uma placa igual a essa em frente à nossa casa. Sabe o que está escrito nela?'’ ou ainda 'Olha, filho, esse ônibus vai para Cajuru. Cajuru também começa com Ca, igual o nome da mamãe, Carolina'. É por meio dessas situações que a criança vai percebendo as diferentes funções da escrita e fazendo associações.
8- Fazer os convites de aniversário com a criança
Escrever nos convitinhos de aniversário é uma etapa da festa da qual a criança precisa participar. Pergunte a ela: "o que teremos de escrever nos convites? Precisamos dizer onde vai ser e a que horas". Isso pode ser feito desde o primeiro aniversário da criança, repetindo nos anos seguintes, até chegar a vez em que ela própria irá querer escrever sozinha, com sua letrinha.
9- Montar uma agenda telefônica
A agenda telefônica é um bom objeto a ser explorado com as crianças. Ela mostra, claramente, o que é texto e o que é número, com a função de cada um deles. O texto é usado para escrever o nome das pessoas ou dos lugares, enquanto o número é utilizado para informar o telefone. No dia a dia, chame a criança para observar essa diferença. "Olha filho, deste lado ficam os nomes das pessoas e deste o número do telefone delas. Vamos ver qual o número da casa da titia?".
10- Apontar outros materiais escritos
Brinquedinhos com palavras e números, calendários, jogos de computador, álbum de fotografia com legendas, scrapbook, tudo isso pode estar no ambiente de convivência da criança, mas... desde que realmente sejam usados por ela, e não funcionem como meros enfeites do seu quarto. A criança tem de perceber a função de cada um dos elementos que é posto para ela. Houve um tempo em que pais e professores acreditavam que bastava etiquetar os objetos (etiqueta com a palavra cama na cama, com a palavra armário no armário) para as crianças se familiarizarem com a língua. Mas as pesquisas mais atuais mostraram que os diversos gêneros textuais precisam estar presentes e serem usados dentro de uma função comunicativa. Portanto, quando for montar um álbum com fotos de uma viagem, chame a criança para legendar cada foto com você. "Você lembra como se chamava este lugar? Vamos escrever aqui para sabermos daqui a um tempo".
11- Respeitar o ritmo da criança
Sabe o que mais pode ajudar na alfabetização de seu filho? Compreender o seu ritmo! Isso mesmo. Investir no ambiente alfabetizador é importante para que as crianças ganhem mais intimidade com a língua escrita (e dessa forma encontrem menos dificuldade quando estiverem aprendendo a ler a escrever), mas isso não quer dizer que o processo será, necessariamente, acelerado, e é importante que os pais tenham isso em mente. Lembre-se: começar a ler e a escrever mais tardiamente não representa problema de aprendizagem ou falta de inteligência. Na maioria dos casos, significa apenas que a criança ainda não atingiu um nível necessário de maturidade.
Fonte:Educar para Crescer
Contar histórias, deixar bilhetinhos na geladeira, fazer lista de compras em voz alta - essas são apenas algumas situações que tornam o espaço de convivência da criança mais... alfabetizador! E isso é fundamental para o aprendizado.
Você pode, isso sim, tornar o ambiente de convivência da criança repleto de atos de leitura e escrita, de forma a inseri-la desde cedo no mundo das letras. Em suma, deixar o ambiente doméstico mais alfabetizador. “Isso acontece quando, por exemplo, a mãe deixa bilhetinhos na porta da geladeira, apontando a finalidade do ato para a criança: ‘vamos deixar esse recadinho para o papai avisando-o que iremos nos atrasar para o jantar’. Ou quando, antes de começar um novo jogo (de tabuleiro, por exemplo), ela propõe ao filho que eles leiam as regras juntos.
A criança que cresce em constante contato com a leitura e a escrita acaba se apropriando da língua escrita de maneira mais autoral e adquirindo experiências que vão fazer a diferença na hora de ela aprender a ler e a escrever efetivamente. Isso explica o fato de, numa mesma sala de 1º ano, professores se depararem com algumas crianças praticamente alfabetizadas e outras que sequer entendem a função do bilhetinho na porta da geladeira ou que a linguagem escrita se relaciona com a oral, porque viveram experiências muito discrepantes em casa.
Leia abaixo as 11 maneiras de deixar o ambiente de sua casa mais alfabetizador, ajudando seu filho a passar com tranquilidade pela alfabetização o que, aliás, é fundamental para ele ter sucesso nas etapas futuras do aprendizado e do conhecimento.
1- Deixar bilhetes ou escrever cartas
Que outra função tão importante tem a escrita que não a de comunicar? Pois desde bem cedo a criança pode perceber isso, pelas atitudes dos pais. Deixe recadinhos na porta da geladeira, escreva cartas e estimule-a a fazer o mesmo (mesmo que saiam apenas rabiscos. Lembre-se: nessa fase do desenvolvimento, não se erra, se tenta acertar). 'Vou escrever uma carta para a vovó contando como estamos. O que você quer que eu conte para ela?'. Recebeu uma carta ou encontrou um recadinho em casa? Leia em voz alta. "Procure incluir a criança sempre que uma situação de comunicação escrita se apresentar na casa", aconselha a educadora Maria Claudia.
2- Ler histórias
Leia com frequência para seu filho: gibis, revistas, contos de fadas... Leia mais de uma vez o mesmo livro, pois isso é importante para a criança começar a recontar aquela história depois, no papel de leitora, inclusive passando as páginas do livro corretamente.
O que pouca gente lembra é que o ato de leitura deve começar muito cedo, com crianças que ainda estão longe de serem alfabetizadas.
3- Preparar receitas culinárias na presença da criança
Na culinária isso pode acontecer de maneira descontraída e divertida. Durante a receita de um bolo, por exemplo, vá perguntando para a criança: "Vamos ver o que falta colocar? Ah, ainda preciso colocar 3 ovos, está escrito aqui".
4- Ser um modelo de leitor
Essa é a premissa mais básica de qualquer ambiente alfabetizador. A criança forma valores a partir de bons modelos e, assim, ter pais leitores é fundamental para ela aderir à leitura. Estante de livro não pode parecer santuário. As crianças têm de observar que os pais estão sempre mexendo ali, escolhendo um livro, lendo-o e comentando-o com a família.
5- Explorar rótulos de embalagens
Alguns produtos são recorrentes na dispensa de nossas casas e as crianças acabam se acostumando com a presença deles. Aproveite momentos de descontração, como durante as refeições, para ler os rótulos junto com seu filho. "Com o tempo, ele começa a ler por imagem, por associação.
6- Fazer listas de compra com seu filho
Esta aí uma tarefa pra lá de corriqueira: fazer a lista de compras do supermercado. Num ambiente alfabetizador, o momento pode ser aproveitado: chame a criança para preencher a lista com você e faça com que ela perceba que você anota no papel as coisas que irá comprar, para consultar lá no mercado (uma forma de ela relacionar a linguagem oral com a escrita). Vá conversando com ela: "Vamos anotar para não esquecer. O que mais vamos ter de comprar? Então, vamos escrever aqui". Deixe que ela acompanhe com os olhos o que você está escrevendo e vá falando em voz alta.
7- Aproveitar as situações da rua
Placas de trânsito, destino de ônibus, outdoors, letreiros, panfletos, faixas... onde quer que frequentemos estaremos sempre em contato com o mundo letrado e é ótimo que os diferentes elementos sejam aproveitados com a criança. "Dá para levar em forma de brincadeira. 'Olha filho, tem uma placa igual a essa em frente à nossa casa. Sabe o que está escrito nela?'’ ou ainda 'Olha, filho, esse ônibus vai para Cajuru. Cajuru também começa com Ca, igual o nome da mamãe, Carolina'. É por meio dessas situações que a criança vai percebendo as diferentes funções da escrita e fazendo associações.
8- Fazer os convites de aniversário com a criança
Escrever nos convitinhos de aniversário é uma etapa da festa da qual a criança precisa participar. Pergunte a ela: "o que teremos de escrever nos convites? Precisamos dizer onde vai ser e a que horas". Isso pode ser feito desde o primeiro aniversário da criança, repetindo nos anos seguintes, até chegar a vez em que ela própria irá querer escrever sozinha, com sua letrinha.
9- Montar uma agenda telefônica
A agenda telefônica é um bom objeto a ser explorado com as crianças. Ela mostra, claramente, o que é texto e o que é número, com a função de cada um deles. O texto é usado para escrever o nome das pessoas ou dos lugares, enquanto o número é utilizado para informar o telefone. No dia a dia, chame a criança para observar essa diferença. "Olha filho, deste lado ficam os nomes das pessoas e deste o número do telefone delas. Vamos ver qual o número da casa da titia?".
10- Apontar outros materiais escritos
Brinquedinhos com palavras e números, calendários, jogos de computador, álbum de fotografia com legendas, scrapbook, tudo isso pode estar no ambiente de convivência da criança, mas... desde que realmente sejam usados por ela, e não funcionem como meros enfeites do seu quarto. A criança tem de perceber a função de cada um dos elementos que é posto para ela. Houve um tempo em que pais e professores acreditavam que bastava etiquetar os objetos (etiqueta com a palavra cama na cama, com a palavra armário no armário) para as crianças se familiarizarem com a língua. Mas as pesquisas mais atuais mostraram que os diversos gêneros textuais precisam estar presentes e serem usados dentro de uma função comunicativa. Portanto, quando for montar um álbum com fotos de uma viagem, chame a criança para legendar cada foto com você. "Você lembra como se chamava este lugar? Vamos escrever aqui para sabermos daqui a um tempo".
11- Respeitar o ritmo da criança
Sabe o que mais pode ajudar na alfabetização de seu filho? Compreender o seu ritmo! Isso mesmo. Investir no ambiente alfabetizador é importante para que as crianças ganhem mais intimidade com a língua escrita (e dessa forma encontrem menos dificuldade quando estiverem aprendendo a ler a escrever), mas isso não quer dizer que o processo será, necessariamente, acelerado, e é importante que os pais tenham isso em mente. Lembre-se: começar a ler e a escrever mais tardiamente não representa problema de aprendizagem ou falta de inteligência. Na maioria dos casos, significa apenas que a criança ainda não atingiu um nível necessário de maturidade.
Fonte:Educar para Crescer