Crianças que gostam mais de doce podem desenvolver depressão e alcoolismo
Que as crianças gostam muito de doce, já se sabe. Mas o que os cientistas americanos descobriram agora é que aquelas que têm uma queda maior pelo açúcar podem ser mais propensas a ter depressão e problemas futuros com o alcoolismo.
Para o estudo, coordenado pelo centro americano Monell Chemical Senses e publicado na revista especializada Addiction, pesquisadores pediram que 300 crianças provassem cinco bebidas distintas que continham diferentes quantidades de açúcar. Depois, perguntavam a elas qual tinha o melhor gosto. Em seguida, elas respondiam a um questionário sobre sintomas depressivos.
Ao total, 37 crianças responderam que a melhor bebida era a mais doce, aquela que continha o equivalente a 14 colheres de chá de açúcar dissolvidas em um copo de água - mais que o dobro que um refrigerante comum. Após a análise os questionários, a equipe viu então que todas as crianças com predileção acima da média por doces tinham problemas de alcoolismo na família e apresentavam sintomas de depressão. O que os cientistas ainda não sabem é se esse gosto pelo açúcar tem uma explicação química ou se é resultado do processo de criação.
Segundo os pesquisadores, os sabores doces e o álcool agem de maneira muito parecida no cérebro, ativando muitos circuitos em comum. "Sabemos que o doce é recompensador para todas as crianças e as fazem sentir bem", disse a autora do estudo, Julie Mennella. "No entanto, certos grupos de crianças são especialmente atraídas pela doçura intensa devido a uma razão biológica ainda oculta". Os cientistas afirmam ainda que alcoólatras apresentam um gosto mais acentuado por doces, mas essa ligação entre as crianças ainda não está clara.
Dor - Durante o estudo, os cientistas realizaram ainda outro experimento para averiguar se o açúcar interferia de alguma maneira na reação das crianças à dor ou ao desconforto já que estudos anteriores sugerem que o açúcar pode agir como anestésico e como uma espécie de estimulante, melhorando o humor. Após os testes, constatou-se que as crianças que não apresentavam sintomas de depressão eram capazes de aguentar por mais tempo as mãos na água gelada se recebessem uma dose de açúcar.
Médicos e especialistas receberam a novidade com entusiasmo, mas alertam para o risco de se fazer conclusões ou generalizações a partir de um único estudo.
Que as crianças gostam muito de doce, já se sabe. Mas o que os cientistas americanos descobriram agora é que aquelas que têm uma queda maior pelo açúcar podem ser mais propensas a ter depressão e problemas futuros com o alcoolismo.
Para o estudo, coordenado pelo centro americano Monell Chemical Senses e publicado na revista especializada Addiction, pesquisadores pediram que 300 crianças provassem cinco bebidas distintas que continham diferentes quantidades de açúcar. Depois, perguntavam a elas qual tinha o melhor gosto. Em seguida, elas respondiam a um questionário sobre sintomas depressivos.
Ao total, 37 crianças responderam que a melhor bebida era a mais doce, aquela que continha o equivalente a 14 colheres de chá de açúcar dissolvidas em um copo de água - mais que o dobro que um refrigerante comum. Após a análise os questionários, a equipe viu então que todas as crianças com predileção acima da média por doces tinham problemas de alcoolismo na família e apresentavam sintomas de depressão. O que os cientistas ainda não sabem é se esse gosto pelo açúcar tem uma explicação química ou se é resultado do processo de criação.
Segundo os pesquisadores, os sabores doces e o álcool agem de maneira muito parecida no cérebro, ativando muitos circuitos em comum. "Sabemos que o doce é recompensador para todas as crianças e as fazem sentir bem", disse a autora do estudo, Julie Mennella. "No entanto, certos grupos de crianças são especialmente atraídas pela doçura intensa devido a uma razão biológica ainda oculta". Os cientistas afirmam ainda que alcoólatras apresentam um gosto mais acentuado por doces, mas essa ligação entre as crianças ainda não está clara.
Dor - Durante o estudo, os cientistas realizaram ainda outro experimento para averiguar se o açúcar interferia de alguma maneira na reação das crianças à dor ou ao desconforto já que estudos anteriores sugerem que o açúcar pode agir como anestésico e como uma espécie de estimulante, melhorando o humor. Após os testes, constatou-se que as crianças que não apresentavam sintomas de depressão eram capazes de aguentar por mais tempo as mãos na água gelada se recebessem uma dose de açúcar.
Médicos e especialistas receberam a novidade com entusiasmo, mas alertam para o risco de se fazer conclusões ou generalizações a partir de um único estudo.