Eis uma pergunta que você pode ter se feito eventualmente. Provavelmente você ouviu em algum programa de rádio ou TV ou leu em alguma reportagem de jornal ou revista que lavar as mãos seguidamente, revisar várias vezes as portas, janelas ou o gás antes de deitar, não gostar de segurar-se no corrimão do ônibus, evitar usar as toalhas de mão utilizadas pelos demais membros da sua família, não conseguir tocar com a mão no trinco da porta de um banheiro público, ter medo de passar perto de cemitérios ou entrar numa funerária, de deixar um chinelo virado, assim como outros comportamentos semelhantes, podem, na verdade, constituir sintomas do chamado transtorno obsessivo-compulsivo ou TOC. E você deve ter ficado com dúvidas quanto a ser ou não um portador.
Medos e preocupações fazem parte do nosso dia-a-dia. Aprendemos a conviver com eles tomando certos cuidados. Fechamos as portas antes de deitar, lavamos as mãos antes das refeições ou depois de usar o banheiro, desligamos o celular antes da sessão de cinema ou verificamos periodicamente o saldo bancário de nossa conta. Esses mesmos comportamentos e preocupações, entretanto, podem se tornar claramente excessivos, quando repetidos inúmeras vezes em um curto espaço de tempo e quando acompanhados de grande aflição.
Medos e preocupações fazem parte do nosso dia-a-dia. Aprendemos a conviver com eles tomando certos cuidados. Fechamos as portas antes de deitar, lavamos as mãos antes das refeições ou depois de usar o banheiro, desligamos o celular antes da sessão de cinema ou verificamos periodicamente o saldo bancário de nossa conta. Esses mesmos comportamentos e preocupações, entretanto, podem se tornar claramente excessivos, quando repetidos inúmeras vezes em um curto espaço de tempo e quando acompanhados de grande aflição.
O que é o TOC e quais são os seus sintomas?
O TOC é um transtorno mental, entre os chamados transtornos de ansiedade. Manifesta-se sob a forma de alterações do comportamento (rituais ou compulsões, repetições, evitações), dos pensamentos (obsessões como dúvidas, preocupações excessivas) e das emoções (medo, desconforto, aflição, culpa, depressão). Sua característica principal é a presença de obsessões: pensamentos, imagens ou impulsos que invadem a mente e que são acompanhados de ansiedade ou desconforto, e das compulsões ou rituais: comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, realizados para reduzir a aflição que acompanha as obsessões. Dentre as obsessões mais comuns estão a preocupação excessiva com limpeza (obsessão) que é seguida de lavagens repetidas (compulsão). Um outro exemplo são as dúvidas (obsessão), que são seguidas de verificações (compulsão). O TOC inicia-se em geral na adolescência e não há diferença entre os sexos. Aproximadamente 2%, ou seja, 3 millhões de brasileiros podem apresentar os sintomas do TOC durante um ano.
O TOC é um transtorno mental, entre os chamados transtornos de ansiedade. Manifesta-se sob a forma de alterações do comportamento (rituais ou compulsões, repetições, evitações), dos pensamentos (obsessões como dúvidas, preocupações excessivas) e das emoções (medo, desconforto, aflição, culpa, depressão). Sua característica principal é a presença de obsessões: pensamentos, imagens ou impulsos que invadem a mente e que são acompanhados de ansiedade ou desconforto, e das compulsões ou rituais: comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, realizados para reduzir a aflição que acompanha as obsessões. Dentre as obsessões mais comuns estão a preocupação excessiva com limpeza (obsessão) que é seguida de lavagens repetidas (compulsão). Um outro exemplo são as dúvidas (obsessão), que são seguidas de verificações (compulsão). O TOC inicia-se em geral na adolescência e não há diferença entre os sexos. Aproximadamente 2%, ou seja, 3 millhões de brasileiros podem apresentar os sintomas do TOC durante um ano.
O TOC é produto da interação de vários componentes: o primeiro deles é a genética.
Os indivíduos já nascem com maior ou menor propensão a desenvolver o problema.
Os indivíduos já nascem com maior ou menor propensão a desenvolver o problema.
Influências ambientais como infecções por bactérias (estreptococos) e vírus bem como traumatismo craniano, podem desencadear os sintomas.
Outros fatores que podem influenciar no desenvolvimento do problema estão relacionados com o aprendizado e o estresse.
Outros fatores que podem influenciar no desenvolvimento do problema estão relacionados com o aprendizado e o estresse.
Um modelo recente associa os sintomas de TOC a algumas estruturas cerebrais específicas.
A falta da serotonina, um mensageiro químico das células nervosas, nessas regiões cerebrais, estaria associada à origem do problema.
A falta da serotonina, um mensageiro químico das células nervosas, nessas regiões cerebrais, estaria associada à origem do problema.
O que são obsessões?
Obsessões são pensamentos ou impulsos que invadem a mente de forma repetitiva e persistente. Podem ainda ser imagens, palavras, frases, números, músicas, etc. Sentidas como estranhas ou impróprias, as obsessões geralmente são acompanhadas de medo, angústia, culpa ou desprazer. O indivíduo, no caso do TOC, mesmo desejando ou se esforçando, não consegue afastá-las ou suprimi-las de sua mente.
As obsessões mais comuns envolvem:
Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação
Dúvidas
Preocupação com simetria, exatidão, ordem, sequência ou alinhamento
Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir outras pessoas
Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios, relacionados a sexo (comportamento sexual violento, abusar sexualmente de crianças, falar obscenidades, etc.)
Preocupação em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar
Preocupações com doenças ou com o corpo
Religião (pecado, culpa, escrupulosidade, sacrilégios ou blasfêmias)
Pensamentos supersticiosos: preocupação com números especiais, cores de roupa, datas e horários (podem provocar desgraças)
Palavras, nomes, cenas ou músicas intrusivas e indesejáveis
O que são compulsões ou rituais?
Compulsões ou rituais são comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, executados em resposta a obsessões, ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente. Os exemplos mais comuns são lavar as mãos, fazer verificações, contar, repetir frases ou números, alinhar, guardar ou armazenar objetos sem utilidade, repetir perguntas, etc. As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade associada às obsessões, levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por uma obsessão. Por esse motivo se diz que as compulsões têm uma relação funcional (de aliviar a aflição) com as obsessões. E, como são bem sucedidas, o indivíduo é tentado a repeti-las, em vez de enfrentar seus medos, o que acaba por perpetuá-los, tornando-se ao mesmo tempo prisioneiro dos seus rituais.
Nem sempre as compulsões têm uma conexão realística com o que desejam prevenir (p ex., alinhar os chinelos ao lado da cama antes de deitar para que não aconteça algo de ruim no dia seguinte; dar três batidas em uma pedra da calçada ao sair de casa, para que a mãe não adoeça). Nesse caso, por trás desses rituais existe um pensamento ou obsessão de conteúdo mágico, muito semelhante ao que ocorre nas superstições.
Obsessões são pensamentos ou impulsos que invadem a mente de forma repetitiva e persistente. Podem ainda ser imagens, palavras, frases, números, músicas, etc. Sentidas como estranhas ou impróprias, as obsessões geralmente são acompanhadas de medo, angústia, culpa ou desprazer. O indivíduo, no caso do TOC, mesmo desejando ou se esforçando, não consegue afastá-las ou suprimi-las de sua mente.
As obsessões mais comuns envolvem:
Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação
Dúvidas
Preocupação com simetria, exatidão, ordem, sequência ou alinhamento
Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir outras pessoas
Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios, relacionados a sexo (comportamento sexual violento, abusar sexualmente de crianças, falar obscenidades, etc.)
Preocupação em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar
Preocupações com doenças ou com o corpo
Religião (pecado, culpa, escrupulosidade, sacrilégios ou blasfêmias)
Pensamentos supersticiosos: preocupação com números especiais, cores de roupa, datas e horários (podem provocar desgraças)
Palavras, nomes, cenas ou músicas intrusivas e indesejáveis
O que são compulsões ou rituais?
Compulsões ou rituais são comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, executados em resposta a obsessões, ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente. Os exemplos mais comuns são lavar as mãos, fazer verificações, contar, repetir frases ou números, alinhar, guardar ou armazenar objetos sem utilidade, repetir perguntas, etc. As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade associada às obsessões, levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por uma obsessão. Por esse motivo se diz que as compulsões têm uma relação funcional (de aliviar a aflição) com as obsessões. E, como são bem sucedidas, o indivíduo é tentado a repeti-las, em vez de enfrentar seus medos, o que acaba por perpetuá-los, tornando-se ao mesmo tempo prisioneiro dos seus rituais.
Nem sempre as compulsões têm uma conexão realística com o que desejam prevenir (p ex., alinhar os chinelos ao lado da cama antes de deitar para que não aconteça algo de ruim no dia seguinte; dar três batidas em uma pedra da calçada ao sair de casa, para que a mãe não adoeça). Nesse caso, por trás desses rituais existe um pensamento ou obsessão de conteúdo mágico, muito semelhante ao que ocorre nas superstições.
As compulsões mais comuns são:
De lavagem ou limpeza
Verificações ou controle
Repetições ou confirmações
Contagens
Ordem, simetria, sequência ou alinhamento
Acumular, guardar ou colecionar coisas inúteis (colecionismo), poupar ou economizar
Compulsões mentais: rezar, repetir palavras, frases, números
Diversas: tocar, olhar, bater de leve, confessar, estalar os dedos.
De lavagem ou limpeza
Verificações ou controle
Repetições ou confirmações
Contagens
Ordem, simetria, sequência ou alinhamento
Acumular, guardar ou colecionar coisas inúteis (colecionismo), poupar ou economizar
Compulsões mentais: rezar, repetir palavras, frases, números
Diversas: tocar, olhar, bater de leve, confessar, estalar os dedos.
Compulsões Mentais
Algumas compulsões não são percebidas pelas demais pessoas, pois são realizadas mentalmente e não mediante comportamentos motores, observáveis. Elas têm a mesma finalidade: reduzir a aflição associada a um pensamento. Alguns exemplos:
Repetir palavras especiais ou frases
Rezar
Relembrar cenas ou imagens
Contar ou repetir números
Fazer listas
Marcar datas
Tentar afastar pensamentos indesejáveis, substituindo-os por pensamentos contrários.
Algumas compulsões não são percebidas pelas demais pessoas, pois são realizadas mentalmente e não mediante comportamentos motores, observáveis. Elas têm a mesma finalidade: reduzir a aflição associada a um pensamento. Alguns exemplos:
Repetir palavras especiais ou frases
Rezar
Relembrar cenas ou imagens
Contar ou repetir números
Fazer listas
Marcar datas
Tentar afastar pensamentos indesejáveis, substituindo-os por pensamentos contrários.
Obsessões e Compulsões mais comuns :
Preocupação com sujeira, contaminação, medo de contrair doenças e lavagens excessivas
Uma das obsessões mais comuns é a preocupação excessiva com sujeira ou contaminação, seguida de compulsões por limpeza, lavações excessivas e da necessidade de evitar tocar em objetos, ou de frequentar lugares considerados sujos ou contaminados. Manifesta-se sob diversas formas, como as relacionadas a seguir:
Lavar as mãos inúmeras vezes ao longo do dia;
Lavar imediatamente as roupas que tenham sido usadas fora de casa (mesmo limpas);
Lavar as mãos imediatamente ao chegar da rua;
Trocar excessivamente de roupa;
Tomar banhos muito demorados, esfregando demasiadamente o sabonete;
Usar sistematicamente o álcool para limpeza das mãos ou do corpo;
Lavar as caixas de leite, garrafas de refrigerantes, potes de margarina, antes de guardá-los na geladeira;
Passar o guardanapo nas louças ou talheres do restaurante antes de servir-se;
Usar xampu, sabão, desinfetante ou detergente de forma excessiva;
Preocupação com sujeira, contaminação, medo de contrair doenças e lavagens excessivas
Uma das obsessões mais comuns é a preocupação excessiva com sujeira ou contaminação, seguida de compulsões por limpeza, lavações excessivas e da necessidade de evitar tocar em objetos, ou de frequentar lugares considerados sujos ou contaminados. Manifesta-se sob diversas formas, como as relacionadas a seguir:
Lavar as mãos inúmeras vezes ao longo do dia;
Lavar imediatamente as roupas que tenham sido usadas fora de casa (mesmo limpas);
Lavar as mãos imediatamente ao chegar da rua;
Trocar excessivamente de roupa;
Tomar banhos muito demorados, esfregando demasiadamente o sabonete;
Usar sistematicamente o álcool para limpeza das mãos ou do corpo;
Lavar as caixas de leite, garrafas de refrigerantes, potes de margarina, antes de guardá-los na geladeira;
Passar o guardanapo nas louças ou talheres do restaurante antes de servir-se;
Usar xampu, sabão, desinfetante ou detergente de forma excessiva;
Evitações
Os pacientes que têm obsessões relacionadas com sujeira ou contaminação, ou mesmo medos supersticiosos exagerados, adotam com muita frequência comportamentos evitativos (evitações), como forma de não desencadearem suas obsessões. Esses comportamentos, se por um lado evitam ansiedades e aflições, acabam causando problemas que podem chegar a ser incapacitantes, em razão do comprometimento que acarretam à vida diária. Tais restrições são em geral impostas aos demais membros da família o que acaba inevitavelmente provocando conflitos.
Alguns exemplos de evitações comuns em portadores do TOC que têm obsessões por limpeza e medo de contaminação:
Não tocar em trincos de portas, corrimãos de escadas ou de ônibus; não tocar nas portas, nas tampas de vasos, descargas ou torneiras de banheiros (ou usar um lenço ou papel para tocá-los);
Isolar compartimentos e impedir o acesso dos familiares quando estes chegam da rua; obrigá-los a tirar os sapatos, trocar de roupas, lavar as mãos ou tomar um banho quando chegam da rua;
Restringir o contato com sofás (cobri-los com lençóis, não sentar com a roupa da rua ou com o pijama);
Não sentar em bancos de praça ou de coletivos;
Não encostar roupas usadas “contaminadas”, nas roupas “limpas” dentro do guarda-roupa;
Evitar sentar em salas de espera de clínicas ou hospitais (principalmente em lugares especializados em câncer ou AIDS);
Não usar talheres de restaurantes ou de outras pessoas da família;
Não usar telefones públicos;
Não cumprimentar determinadas pessoas (mendigos, pessoas com câncer, etc.);
Não utilizar banheiros que não sejam os da própria casa;
Evitar pisar no tapete ou piso do banheiro em casa ou no escritório;
Não frequentar piscinas coletivas ou tomar banhos no mar.
Na verdade, a preocupação com sujeira, germes, doenças e contaminação é o tema dominante nos pensamentos e preocupações dessas pessoas.
Os pacientes que têm obsessões relacionadas com sujeira ou contaminação, ou mesmo medos supersticiosos exagerados, adotam com muita frequência comportamentos evitativos (evitações), como forma de não desencadearem suas obsessões. Esses comportamentos, se por um lado evitam ansiedades e aflições, acabam causando problemas que podem chegar a ser incapacitantes, em razão do comprometimento que acarretam à vida diária. Tais restrições são em geral impostas aos demais membros da família o que acaba inevitavelmente provocando conflitos.
Alguns exemplos de evitações comuns em portadores do TOC que têm obsessões por limpeza e medo de contaminação:
Não tocar em trincos de portas, corrimãos de escadas ou de ônibus; não tocar nas portas, nas tampas de vasos, descargas ou torneiras de banheiros (ou usar um lenço ou papel para tocá-los);
Isolar compartimentos e impedir o acesso dos familiares quando estes chegam da rua; obrigá-los a tirar os sapatos, trocar de roupas, lavar as mãos ou tomar um banho quando chegam da rua;
Restringir o contato com sofás (cobri-los com lençóis, não sentar com a roupa da rua ou com o pijama);
Não sentar em bancos de praça ou de coletivos;
Não encostar roupas usadas “contaminadas”, nas roupas “limpas” dentro do guarda-roupa;
Evitar sentar em salas de espera de clínicas ou hospitais (principalmente em lugares especializados em câncer ou AIDS);
Não usar talheres de restaurantes ou de outras pessoas da família;
Não usar telefones públicos;
Não cumprimentar determinadas pessoas (mendigos, pessoas com câncer, etc.);
Não utilizar banheiros que não sejam os da própria casa;
Evitar pisar no tapete ou piso do banheiro em casa ou no escritório;
Não frequentar piscinas coletivas ou tomar banhos no mar.
Na verdade, a preocupação com sujeira, germes, doenças e contaminação é o tema dominante nos pensamentos e preocupações dessas pessoas.
Necessidade de fazer verificações
As verificações devem ser consideradas sintomas de TOC quando repetidas ou quando o indivíduo sente grande aflição caso seja impedido de executá-las. As situações mais críticas, nas quais o impulso de realizá-las é mais intenso são: a hora de sair de casa, antes de deitar, ao estacionar o carro e ao sair do trabalho.
As verificações devem ser consideradas sintomas de TOC quando repetidas ou quando o indivíduo sente grande aflição caso seja impedido de executá-las. As situações mais críticas, nas quais o impulso de realizá-las é mais intenso são: a hora de sair de casa, antes de deitar, ao estacionar o carro e ao sair do trabalho.
As verificações mais comuns estão listadas a seguir:
Portas e janelas antes de deitar ou ao sair de casa;
Eletrodomésticos (ferro de passar, fogão, chapinha de alisar os cabelos, TV), gás, geladeira etc;
Se as torneiras estão bem fechadas, seguido da necessidade de apertá-la (às vezes de forma demasiada, a ponto de quebrá-la) ou de passar a mão por baixo para se certificar de que não está saindo nenhuma gota de água;
Acender e apagar novamente lâmpadas apagadas; ligar e desligar o celular ou a TV de novo, com receio de que não tenham ficado “bem” desligados;
A bolsa ou a carteira, para certificar-se que não faltam documentos, chaves, etc.;
Se atropelou ou não com o carro alguém que passava na calçada ou ao lado, seguida da necessidade de verificar no espelho retrovisor ou até mesmo de refazer o trajeto para certificar-se de que o fato não ocorreu;
Se as portas e os vidros do carro ficaram bem fechados, testando cada uma delas mesmo vendo que os pinos de segurança estão abaixados.
É comum que, além de fazer verificações repetidas, os pacientes toquem com as mãos ou olhem demoradamente os objetos (botões do fogão, torneira do gás, portas da geladeira, lâmpadas). Esses comportamentos não deixam de ser formas sutis de verificação e de eliminação de dúvidas.
Obsessões ou compulsões de conteúdo supersticioso
Se você não sai de casa de forma alguma ou se sair é com grande aflição, nos dias que contém o número 3, o número 7, ou números ímpares, ou necessita interromper completamente suas atividades quando o ponteiro dos relógios estiver ultrapassando o número 6, caso contrário poderá ocorrer alguma desgraça, então você pode ter as chamadas obsessões de conteúdo supersticioso ou mágico.
Portas e janelas antes de deitar ou ao sair de casa;
Eletrodomésticos (ferro de passar, fogão, chapinha de alisar os cabelos, TV), gás, geladeira etc;
Se as torneiras estão bem fechadas, seguido da necessidade de apertá-la (às vezes de forma demasiada, a ponto de quebrá-la) ou de passar a mão por baixo para se certificar de que não está saindo nenhuma gota de água;
Acender e apagar novamente lâmpadas apagadas; ligar e desligar o celular ou a TV de novo, com receio de que não tenham ficado “bem” desligados;
A bolsa ou a carteira, para certificar-se que não faltam documentos, chaves, etc.;
Se atropelou ou não com o carro alguém que passava na calçada ou ao lado, seguida da necessidade de verificar no espelho retrovisor ou até mesmo de refazer o trajeto para certificar-se de que o fato não ocorreu;
Se as portas e os vidros do carro ficaram bem fechados, testando cada uma delas mesmo vendo que os pinos de segurança estão abaixados.
É comum que, além de fazer verificações repetidas, os pacientes toquem com as mãos ou olhem demoradamente os objetos (botões do fogão, torneira do gás, portas da geladeira, lâmpadas). Esses comportamentos não deixam de ser formas sutis de verificação e de eliminação de dúvidas.
Obsessões ou compulsões de conteúdo supersticioso
Se você não sai de casa de forma alguma ou se sair é com grande aflição, nos dias que contém o número 3, o número 7, ou números ímpares, ou necessita interromper completamente suas atividades quando o ponteiro dos relógios estiver ultrapassando o número 6, caso contrário poderá ocorrer alguma desgraça, então você pode ter as chamadas obsessões de conteúdo supersticioso ou mágico.
Compulsões por ordem, simetria, sequência ou alinhamento
Uma paciente, ao entrar em casa, sentia-se obrigada a contar os quadros da sala em uma determinada ordem (sempre a mesma); uma outra se obrigava ao entrar no edifício e em seu apartamento fazendo sempre o mesmo trajeto: passando entre duas colunas e depois, no apartamento, repassar na mesma ordem todas as peças da casa.
Uma paciente, ao entrar em casa, sentia-se obrigada a contar os quadros da sala em uma determinada ordem (sempre a mesma); uma outra se obrigava ao entrar no edifício e em seu apartamento fazendo sempre o mesmo trajeto: passando entre duas colunas e depois, no apartamento, repassar na mesma ordem todas as peças da casa.
Armazenar, poupar, guardar ou colecionar objetos inúteis (colecionismo)
Nós todos guardamos certos objetos que tem algum valor afetivo. Os portadores do TOC, entretanto, não conseguem distinguir entre objetos de valor afetivo e lixo. Guardar papéis ou recortes de jornais pode ser útil em algumas circunstâncias. Porém, ter prateleiras ou até peças da casa cheias de revistas ou jornais velhos, caixas de sapato vazias, embalagens e garrafas de vazias, recibos de contas vencidas e pagas há muito tempo, roupas que não servem mais ou que estão fora de moda, sapatos que não serão mais usados, etc., pode caracterizar um sintoma do TOC: o colecionismo, ou seja, a tendência a guardar e armazenar coisas inúteis. No caso do TOC são objetos efetivamente sem valor real.
Nós todos guardamos certos objetos que tem algum valor afetivo. Os portadores do TOC, entretanto, não conseguem distinguir entre objetos de valor afetivo e lixo. Guardar papéis ou recortes de jornais pode ser útil em algumas circunstâncias. Porém, ter prateleiras ou até peças da casa cheias de revistas ou jornais velhos, caixas de sapato vazias, embalagens e garrafas de vazias, recibos de contas vencidas e pagas há muito tempo, roupas que não servem mais ou que estão fora de moda, sapatos que não serão mais usados, etc., pode caracterizar um sintoma do TOC: o colecionismo, ou seja, a tendência a guardar e armazenar coisas inúteis. No caso do TOC são objetos efetivamente sem valor real.
Lentidão obsessiva
É comum, em portadores do TOC, a lentidão ao executar tarefas. Essa lentidão pode ocorrer em razão de dúvidas, repetições para “fazer a coisa certa ou exata...” (tirar e colocar a roupa várias vezes, sentar e levantar, sair e entrar, etc.), verificações repetidas (trabalho, listas, documentos), banho demorado, tempo demasiado para se arrumar (perfeccionismo), ou do adiamento de tarefas devido à indecisão (necessidade de ter certeza).
É comum, em portadores do TOC, a lentidão ao executar tarefas. Essa lentidão pode ocorrer em razão de dúvidas, repetições para “fazer a coisa certa ou exata...” (tirar e colocar a roupa várias vezes, sentar e levantar, sair e entrar, etc.), verificações repetidas (trabalho, listas, documentos), banho demorado, tempo demasiado para se arrumar (perfeccionismo), ou do adiamento de tarefas devido à indecisão (necessidade de ter certeza).
O tratamento do TOC
Até bem pouco tempo não se dispunha de um tratamento efetivo para o TOC. Felizmente, foram desenvolvidos tratamentos que conseguem melhorar a vida de mais de 80% dos pacientes e, em muitas situações, eliminar os sintomas por completo. No entanto, alguns dos portadores, infelizmente não melhoram, ou melhoram muito pouco.
Os tratamentos mais modernos consistem de uma associação entre duas modalidades: medicamentos (antidepressivos que inibem a recaptação da serotonina aumentando sua disponibilidade no cérebro) e terapia cognitivo-comportamental (TCC), razão pela qual em todo mundo muito se pesquisa ainda para conhecer melhor a etiologia do TOC e desenvolver métodos mais eficazes de tratamento.
Os tratamentos mais modernos consistem de uma associação entre duas modalidades: medicamentos (antidepressivos que inibem a recaptação da serotonina aumentando sua disponibilidade no cérebro) e terapia cognitivo-comportamental (TCC), razão pela qual em todo mundo muito se pesquisa ainda para conhecer melhor a etiologia do TOC e desenvolver métodos mais eficazes de tratamento.
O filme "Melhor Impossível" com Jack Nicholson retrata a vida de uma pessoa com TOC.