Um estudo inédito vem comprovar como a palmada, infelizmente, faz parte do histórico de muitas famílias. O levantamento, divulgado pela Fiocruz, foi feito com 3 mil pessoas de 143 cidades e a conclusão é de que 44% tem pelo menos uma história de abuso físico na infância. Os pesquisadores também concluíram que 26% dos entrevistados - maiores de 14 anos e de diferentes classes sociais - foi exposto a alguma maneira de violência parental (sejam ameaças verbais recebidas diretamente ou entre os pais).
Outros dados encontrados pelos pesquisadores é de que 34% dos entrevistados sofreu abuso físico moderado (apanhou) na infância e 10% vivenciou história de abuso severo (apanhou com algum objeto, foi queimado, ameaçado ou vítima de faca ou outro tipo de arma). Além disso, 7,5% dos entrevistados testemunhou situação moderada de violência parental e 18,6% presenciou algum caso severo.
Palmada não é a melhor solução
Ao adotar a palmada, os pais passam a idéia de que a violência física é a maneira de lidar com conflitos e frustrações. E não é apenas o ato violento que provoca danos ao desenvolvimento da criança. A agressão “psicológica”, como são chamadas as ameaças verbais, também são prejudiciais. As crianças que sofrem humilhações, chantagens e que também vivenciam esses comportamentos nos pais, acabam tornando-se verdadeiras “bombas-relógio”, prestes a explodir. “Elas vão se sentir sempre em estado de alerta, esperando por outra discussão. Como consequência, elas podem ter dificuldade em confiar nas pessoas, tornam-se muito ansiosas e vulneráveis”, as humilhações feitas pelos pais do tipo" você não faz nada certo", "você é muito chato(a)", você é burro(a)"...com esses tipos de afirmações a criança fica com a sensação de inutilidade, podendo tornar-se um adulto complexado, com autoestima baixa e isso repercutir na sua vida pessoal e profissional.
No caso de discussões entre os pais, outra consequência acaba surgindo: a criança se sente pressionada a escolher um lado - o pai ou mãe? “É um estresse psicológico muito grande, já que, para a criança, tanto o pai quanto a mãe têm a sua importância e ela não quer se sentir dividida”. E não para por aí: quando se tornar adulto, quem passou por esse tipo de violência poderá reproduzir o mesmo comportamento. Ou seja, em vez de discutir e ponderar, vai discutir e ser violento para conseguir o que deseja.
Portanto, a melhor saída é lidar com muita conversa. Se você não sabe o que fazer, confira dicas para não apelar para a palmada.
Compreensão: Crianças aprendem as regras de acordo com o convívio. Testar limites faz parte desse aprendizado e os pais precisam ter uma certa flexibilidade na hora de reprimir os comportamentos indesejados. Autoridade não é autoritarismo.
Clareza nos limites: Não se deve reprimir uma atitude e, logo em seguida, permiti-la. Muitos pais esticam os limites até eles se tornarem insuportáveis. Só se dão conta disso quando batem na criança.
Bom humor: Transformar a manha em brincadeira pode ser uma boa saída. Logo a criança deixa aquele comportamento de lado.
Tolerância: Na hora que for perder a calma, saia do ambiente, respire fundo e conte até dez, depois volte para conversar.
Outros dados encontrados pelos pesquisadores é de que 34% dos entrevistados sofreu abuso físico moderado (apanhou) na infância e 10% vivenciou história de abuso severo (apanhou com algum objeto, foi queimado, ameaçado ou vítima de faca ou outro tipo de arma). Além disso, 7,5% dos entrevistados testemunhou situação moderada de violência parental e 18,6% presenciou algum caso severo.
Palmada não é a melhor solução
Ao adotar a palmada, os pais passam a idéia de que a violência física é a maneira de lidar com conflitos e frustrações. E não é apenas o ato violento que provoca danos ao desenvolvimento da criança. A agressão “psicológica”, como são chamadas as ameaças verbais, também são prejudiciais. As crianças que sofrem humilhações, chantagens e que também vivenciam esses comportamentos nos pais, acabam tornando-se verdadeiras “bombas-relógio”, prestes a explodir. “Elas vão se sentir sempre em estado de alerta, esperando por outra discussão. Como consequência, elas podem ter dificuldade em confiar nas pessoas, tornam-se muito ansiosas e vulneráveis”, as humilhações feitas pelos pais do tipo" você não faz nada certo", "você é muito chato(a)", você é burro(a)"...com esses tipos de afirmações a criança fica com a sensação de inutilidade, podendo tornar-se um adulto complexado, com autoestima baixa e isso repercutir na sua vida pessoal e profissional.
No caso de discussões entre os pais, outra consequência acaba surgindo: a criança se sente pressionada a escolher um lado - o pai ou mãe? “É um estresse psicológico muito grande, já que, para a criança, tanto o pai quanto a mãe têm a sua importância e ela não quer se sentir dividida”. E não para por aí: quando se tornar adulto, quem passou por esse tipo de violência poderá reproduzir o mesmo comportamento. Ou seja, em vez de discutir e ponderar, vai discutir e ser violento para conseguir o que deseja.
Portanto, a melhor saída é lidar com muita conversa. Se você não sabe o que fazer, confira dicas para não apelar para a palmada.
Compreensão: Crianças aprendem as regras de acordo com o convívio. Testar limites faz parte desse aprendizado e os pais precisam ter uma certa flexibilidade na hora de reprimir os comportamentos indesejados. Autoridade não é autoritarismo.
Clareza nos limites: Não se deve reprimir uma atitude e, logo em seguida, permiti-la. Muitos pais esticam os limites até eles se tornarem insuportáveis. Só se dão conta disso quando batem na criança.
Bom humor: Transformar a manha em brincadeira pode ser uma boa saída. Logo a criança deixa aquele comportamento de lado.
Tolerância: Na hora que for perder a calma, saia do ambiente, respire fundo e conte até dez, depois volte para conversar.
Procurar ajuda: Se os momentos em família estão virando uma guerra campal, um psicólogo pode ajudar a torná-los mais harmoniosos.